Estamos abertos a convites para:

CONVITES SÃO ACEITOS INDEPENDENTE DO TAMANHO DE SUA IGREJA E LOCALIDADE DELA, SEJA NO BRASIL OU NO EXTERIOR. FALE CONOSCO ATRAVÉS DO E.MAIL(pauloflecha1000@hotmail.com)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

ESPAÇO INTERNACIONAL - Vazamento sim, mas sem nenhuma novidade

A riqueza de detalhes desse vazamento de informações realizado pela organização não governamental WikiLeaks - que você pode ler na íntegra no final da postagem em itálico negro - pode ser uma novidade para nós no Brasil, mas o seu conteúdo não, já que até mesmo esse blog que não tem conotação política, já alertou para o caminho duvidoso que nossas relações exteriores tomaram, veja matéria anterior - ESPAÇO INTERNACIONAL - Quem achou que a Índia foi uma resposta à China, enganou-se, foi uma direta para o governo Brasileiro- Nessa matéria antecipamos como os americanos estão olhando a nossa relação com eles. Para que você possa lembrar do tema central da matéria colocamos abaixo um trecho dela:

É evidente que nesse novo quebra-cabeças por que passa o mundo, a importância da formação de novas alianças . Isso nos parece que já ficou claro para todos os líderes mundiais. O problema está na escolha desses parceiros. Quem se associar com o parceiro errado, vai colher proporcional ao seu erro no cenário internacional talvez muitas vezes mais.

Ficou evidente desde a posse de Barack Obama, que o Brasil havia sido escolhido – não só no cenário latino americano, mas no contexto mundial – por ele para ser um desses parceiros. Muitas aproximações foram tentadas de forma diplomática e até mesmo política, mas a resposta do Brasil se apresentou contrária à essa aproximação ou, melhor dizendo, nova aliança.

Evidentemente todo país é livre para fazer suas escolhas diplomáticas, mas em minha opinião, o Brasil errou em levar o seu “não” para o outro lado do muro, dando fortes indicações que seus principais parceiros seriam aqueles que são nitidamente contrários, não a Obama, mas ao próprio povo americano.

A perguntar agora é como os envolvidos nesse vazamento vão lidar com a notícia que veio à tona? Celso Amorim deixa a Chancelaria, mas não vai deixar de exercer influência nos rumos do governo Dilma. Pelo outro lado, Nelson Jobim permanece no ministério da defesa (será mesmo?), mas a perguntar que fica é : Qual será o poder deste ministério daqui para frente, Já que se ventila tirar a questão aérea dele? Além disso a permanência do Nelson pode ser apenas uma questão estratégica, já que se controla melhor alguém quando ela está próxima de nós.

Sem falar no embaixador americano, que vai ficar numa saia justa, sendo olhado daqui para frente como alguém que não olha com bons olhos a área diplomática do Brasil onde de ele está inserido totalmente. Dura tarefa para ele.

Em tudo oremos por estas questões, elas não são problemas dos ímpios, são assuntos que influênciam a vida de todos nós.

Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira



Telegramas confidenciais de diplomatas dos EUA indicam que o governo daquele país considera o Ministério das Relações Exteriores do Brasil como um adversário que adota uma "inclinação antinorte-americana". Esses mesmos documentos mostram que os EUA enxergam o ministro da Defesa, Nelson Jobim, como um aliado em contraposição ao quase inimigo Itamaraty. Mantido no cargo no governo de Dilma Rousseff, o ministro é elogiado e descrito como "talvez um dos mais confiáveis líderes no Brasil". A Folha leu com exclusividade seis telegramas (leia a íntegra em inglês) de um lote de 1.947 documentos elaborados pela Embaixada dos EUA em Brasília, sobretudo na última década. Os despachos foram obtidos pela organização não governamental WikiLeaks. As íntegras desses papéis estarão hoje no site da ONG, que também produzirá reportagens em português. O site da Folha divulgará os telegramas completos. Num dos telegramas, de 25 de janeiro de 2008, o então embaixador dos EUA em Brasília, Clifford Sobel, relata aos seus superiores como havia sido um almoço mantido dias antes com Nelson Jobim. Nesse encontro, o ministro brasileiro contribuiu para reforçar a imagem negativa do Itamaraty perante os norte-americanos. Indagado sobre acordos bilaterais entre os dois países, Jobim citou o então secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães. Segundo o relato produzido por Clifford Sobel, "Jobim disse que Guimarães 'odeia os EUA' e trabalha para criar problemas na relação [entre os dois países]". Não há nos seis telegramas confidenciais lidos pela Folha nenhuma menção a atos ilícitos nas relações bilaterais Brasil-EUA. São apenas descrições de encontros, almoços e reuniões. Ao mencionar um acordo bilateral, Clifford Sobel diz que caberá ao presidente Lula decidir entre as posições de um "inusualmente ativo ministro da Defesa interessado em desenvolver laços mais próximos com os EUA e um Ministério das Relações Exteriores firmemente comprometido em manter controle sobre todos os aspectos da política internacional". Num telegrama de 13 de março de 2008, Sobel afirma que o Itamaraty trabalhou ativamente para limitar a agenda de uma viagem de Jobim aos EUA. Ao relatar a visita (de 18 a 21 de março de 2008), os EUA pareciam frustrados: "Embora existam boas perspectivas para melhorar nossa relação na área de defesa com o Brasil, a obstrução do Itamaraty continuará um problema".

CAÇAS DA FAB Apesar de elogiado, Jobim nunca apresentou em reuniões nenhuma proposta especial aos EUA a respeito da licitação dos 36 aviões caça que serão comprados pela Força Aérea Brasileira. Em todos os relatos confidenciais os diplomatas dos EUA em Brasília mencionam frases de Jobim que coincidem com o que o ministro declarou em público. Em uma ocasião, por exemplo, os norte-americanos escrevem: "Compras de fornecedores dos EUA serão mais competitivas quando [o país] autorizar uma produção brasileira de futuros sistemas militares". Procurado pela Folha, o Departamento de Estado dos EUA se recusou a comentar as comunicações sigilosas. Uma porta-voz do departamento enfatizou que os países mantêm boas relações. A Casa Branca não respondeu à reportagem até a conclusão desta edição.






Nenhum comentário:

Postar um comentário