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quinta-feira, 7 de abril de 2011

ESPAÇO VAMOS ORAR POR ESSA SITUAÇÃO - Aos pais de Realengo

Hoje pela manhã ao entrar e me sentar na sala de espera do dentista, me deparei com a televisão ligada e com a Ana Maria Braga encerrando seu programa, pedindo orações pelas famílias envolvidas na tragédia.

Apesar dela não ter usado a expressão Deus ou mesmo Jesus, ficou claro na sua petição, que no seu entendimento, só uma ajuda vinda do “auto” poderia neste momento fazer alguma diferença na vida das tais famílias.

Confesso que o tom de sua voz me assustou, mesmo sem ter conseguido entender o conteúdo da sua fala, visto que só cheguei ao consultório no final de seu programa.Infelizmente minha interrogação não durou muito tempo, já que a programação da emissora foi totalmente alterada para dar destaque aos acontecimentos.

Sem muita demora entrou em cena uma cobertura completa dos acontecimentos ocorridos em Realengo, numa escola pública onde um atirador abriu fogo contra os alunos sem nenhuma trégua, utilizando dois revólveres de calibre 38 e muita munição, deixando até agora um saldo de 11 alunos mortos e 13 feridos, além de sua vida retirada por ele mesmo.

O que parecia ser um acontecimento típico do hemisfério norte – principalmente nos Estados Unidos -, passou por baixo da linha do Equador e abraçou o hemisfério sul, utilizando o Brasil como porta de entrada. De uma hora para outra viramos notícia em todo mundo, não da maneira que desejávamos, mas da forma que as coisas são de fato.

Essa realidade que nos choca e que muitas vezes insiste em "bater na nossa cara"mas que continuamos rejeitando admitir- afirma com todas as letras que não estamos seguros de nada nesta vida como sociedade, seja no Brasil ou em qualquer país do mundo, todos nós  estamos vulneráveis a acontecer qualquer tipo de coisa. O que fazer então?

Não estamos imunes a terremotos e tsunamis, apesar da nossa posição geológica privilegiada, não estamos imunes a um vazamento radioativo, apesar de o governo dizer o contrário, não estamos imunes a atos terroristas, apesar de não sermos americanos ou israelenses, não estamos imunes de perder nossos filhos, apesar deles serem nossa vida e acharmos que não conseguiremos viver sem eles.

Ao perceber na televisão o desespero de alguns pais recebendo a notícia sobre o óbito de seus filhos, me coloquei no lugar deles e não pude me conter, chorei ali mesmo na sala de espera do dentista. Fiz isso sem nenhum constrangimento, chorei com esses pais independente deles não verem, com eles que precisarão realmente da ajuda do “auto” para ficarem de pé depois de uma tragédia como esta.

Chorei também porque pensei no Caio e no Miguel, meus dois filhos, duas fontes de alegria na minha vida. Por um momento ousei pensar que poderia ser com deles, o que não é nenhum absurdo, pois não estamos imunes a nada como sociedade e isso, infelizmente é uma realidade.

O Caio tem 22 anos e está se formando em biomedicina. Mora com sua mãe em São Gonçalo e ama sua namorada. Tem planos profissionais com mestrado e doutorado na área de pesquisa, mas... independente de toda essa autonomia que o leva para a faculdade de manhã, para a Fiocruz à tarde ao seu estágio e à noite aos seus estudos complementares, continuo... ligando para ele no final da noite para saber se já chegou e se está tudo bem.Ele cresceu, mas continua sendo meu filho.

Como seria meu final de noite sem essa ligação que tanto me tranqüiliza? Só mesmo uma grande ajuda do “Auto” poderia fazer a diferença numa hora desta.

O Miguel tem 1 ano e cinco meses.Costumo dizer que ele é “um sujeito engraçado” e sua mãe que eu sou o objeto do amor dele. Temos uma ligação incomum eu e o Miguel. Quando olhamos um para o outro, sabemos exatamente o que vai acontecer no minuto seguinte. Apesar do pouco tempo de vida dele, fiquei em pânico hoje pela manhã na sala de espera ao pensar que ele poderia (e pode) sair da minha vida de forma brusca.

Só mesmo um grande ajuda do “Auto” poderia fazer a diferença numa hora desta.

Por isso, quero além de orar por esses pais, como já recomendou a Ana Maria, dizer a eles que não existe como fazer as coisas voltarem atrás, mas existe uma ajuda do “auto” que pode ser obtida nesta momento, para que suas vidsa possam continuar.

Essa ajuda não é uma força ou algo místico, ela é uma pessoa e tem nome, seu nome é Jesus. Só Ele pode fazer a diferença nesta hora em sua vida.

Que Deus derrame de sua graça sobre vocês. Nós estamos solidários a vocês neste momento.

Em Cristo

Pr. Paulo Cesar Nogueira

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