Mais de vinte e quatro horas se passaram e tudo ainda parece ser grande pesadelo.
Hoje pela manhã ao acordar tive dificuldades para cair na realidade e confesso que até gostei disso, por um momento mesmo que pequeno, achei que tivesse tido um sonho terrível durante a noite, mas logo, logo, minha razão chamou minha atenção para a realidade dos fatos: “Não foi sonho, ontem aconteceu uma tragédia terrível em Realengo, com 12 crianças mortas e outras 11 feridas fisicamente”.
Hoje pela manhã ao acordar tive dificuldades para cair na realidade e confesso que até gostei disso, por um momento mesmo que pequeno, achei que tivesse tido um sonho terrível durante a noite, mas logo, logo, minha razão chamou minha atenção para a realidade dos fatos: “Não foi sonho, ontem aconteceu uma tragédia terrível em Realengo, com 12 crianças mortas e outras 11 feridas fisicamente”.
Do tiro Emocional que saiu do calibre 38 todos nós fomos vítimas, sejam as outras crianças não atingidas fisicamente da escola ou qualquer pessoa que neste mundo teve acesso à notícia. Como o assunto repercutiu rapidamente pelo mundo, estamos falando aqui de bilhões de pessoas atingidas por um único atirador.
Esse é o outro lado da globalização. Alegramos-nos com as vítimas encontradas com vida no Japão depois do último terremoto, mas em contrapartida, israelenses, árabes, japoneses, ingleses, alemães...estão chorando conosco por saberem o que aconteceu em Realengo. Com apenas dois revólveres, esse cidadão acertou bilhões de pessoas no mundo, como essa terra se tornou pequena e frágil.
Por mais que neste momento tudo pareça ser terrível e aos nossos olhos não existir nada para contrabalancear os fatos dramáticos, creio que quando a nuvem de tristeza abaixar, não acabar, haverá um despertar no sentido de entender que alguma coisa mudou em cada um de nós. Sim, é isso mesmo, você não leu errado. Cada um de nós, que sofreu com a dor de nosso semelhante, esta sendo de certa forma abençoada na sua humanidade ao participar da dor do outro, por mais que você não entenda neste momento o aparente contraste da minha afirmação.
A morte destas doze crianças não foi em vão, apesar de neste momento até parecer. Creio que uma nova consciência em nossa sociedade emergirá deste buraco onde fomos jogados com esta situação tão escandalosa. Precisamos entender que o amor de Deus faz com que Ele permaneça no controle de nossas vidas, apesar do mau caminhar entre nós. Vamos ficar atentos, porque Ele sempre mostra um caminho, independente da tempestade que nosso barco atravessa. Ele é o Deus que faz caminhos nas tempestades.
Oremos não só pelo conforto destas famílias, mas que elas possam encontrar o Caminho nesta tempestade.
Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira
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