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terça-feira, 31 de agosto de 2010

555, Sobrado, Sta.Bárbara, Niterói, Rj.

Como existe tempo para todas as coisas nesta vida, chegou o momento de minha família deixar a casa em que moramos nesses últimos oito anos. Com o falecimento da proprietária (e nossa grande amiga), seus herdeiros optaram por vender o imóvel, o que acabou nos incluindo no grupo dos “sem casa” exatamente daqui a 30 dias, por isso, peço orações aos meus irmãos nos sentido de que Deus nos mostre uma direção.

Confesso que eu e minha esposa já aguardávamos por isso, só estávamos esperando mesmo o tempo de Deus para deixar esse imóvel, por isso, acreditamos que tudo está dentro do planejamento do Eterno, inclusive nosso futuro endereço, desconhecido por nós, mas já familiar ao nosso Deus.

Uma coisa que Deus tem nos ensinado é sermos desapegado as coisas desta terra, até porque, é pura perda de tempo ser diferente. Mas as lembranças fazem parte de nossas vidas e quando tratadas da forma correta, tornam-se pedaços alegres do quebra cabeça do nosso dia a dia. Dentro deste contexto, quero relembrar algumas coisas importantes que vivemos neste lugar, que foi o nosso lar por todos esses anos, além das pessoas, peças mais importante ainda, do que a própria casa.

Foi aqui neste endereço que eu cheguei direcionado pelo Espírito em oração quando buscávamos um lugar para morar as vésperas do casamento há oito anos, coisa de louco, que pouca gente acredita, mas está registrado em nosso livro para glorificar o nome de Deus.

 Nessa casa eu e minha esposa passamos nossa primeira noite de casados. Fizemos essa opção por entender que nenhum outro lugar mereceria esse privilégio, além daquele que seria o nosso futuro lar. Foi aqui também que tivemos nossa primeira briga de casados, enfrentamos muitas lutas, recebemos grandes vitórias, começamos nosso ministério e tivemos a oportunidade de conviver com Da.Laura (a proprietária que faleceu) por oito anos. Construímos com ela uma amizade que só Deus pode explicar e ninguém mais. Aqui o nosso bebê foi concebido e montamos o seu quarto para sua chegada da maternidade. Nesse chão ele levou o primeiro tombo, engatinhou, está dando seus primeiros passos e começou a brincar.

Vimos também o neto da Da.Laura (o Gabriel )crescer, sair da fase infantil e se tornar um adolescente, sua mãe (a Raquel) casar com o Marcos e nós sermos conhecidos no bairro como "o pastor".

Se eu for me referir a tudo de importante , ficaria muito tempo escrevendo essa matéria e esse não é o objetivo. Nosso propósito com esse texto é pedir a intercessão dos irmãos e declarar que apesar de tudo isso, está claro para nós que é o tempo de Deus de deixar essa casa, por isso, estamos alegres no Senhor e esperançosos em relação ao futuro.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Nasceu um novo livro de uma forma bem diferente. "O meu amigo Peter".

Meus queridos visitantes. Tenho uma proposta para fazer a vocês. Acredito ser inédita, pois não tenho conhecimento de outra experiência como esta, e muito estimulante para quem gosta de ir além de uma simples leitura.A minha proposta é a seguinte: "Vamos escrever um livro online de forma interativa?"

Bem você concordando ou não, o livro já começou a ser escrito. Seu título será : “O meu amigo Peter”. Ele será um ficção que tem como objetivo falar do Evangelho de Cristo Jesus de uma maneira bem diferente.

A minha parte é escrever esta estória ao longo do tempo como se fosse uma matéria do blog, mas encadeada com sentido e razão. Com esta postagem, nós já teremos três matérias que batizamos nesse momento como "início do livro". Será um processo lento, mas nós não temos pressa, o que conta é nossa participação e interação.

A sua parte é fazer comentários, dar sugestões e me ajudar a criar essa estória de forma a ajudar outras pessoas a conhecerem o Deus verdadeiro e Único. Conto com vocês. Divulguem esse projeto para os seus amigos e irmãos da sua igreja.Chamem o maior número possível de pessoaspara participar. Vamos ver onde isso vai terminar. Eu espero que num novo livro.

Neste sábado, logo nas primeiras horas da manhã, recebi uma ligação do meu amigo Peter que me deixou muito feliz, bem como com a alma em sossego. Como havia previsto no texto anterior, deixar o Peter sozinho em sua casa no retorno do aeroporto fez muito bem a ele. Depois de ele ter refletido no aconchego do seu lar sobre o ocorrido em Pequim, ele próprio tomou a iniciativa de me ligar e tocar no assunto, falando de como tudo isso o afetou por dentro. Como seu melhor amigo, conheço o Peter suficiente para afirmar que ele é uma pessoa quase sempre previsível na sua forma de agir e reagir. Deixá-lo entrar sozinho em sua casa, se ajustar, ficar só, tendo como companhia apenas seus pensamentos e a graça divina, com certeza fez diferença para ele organizar em sua mente o que estava fora de lugar. O mais interessante é que no mais importante, ou seja, “o que mudou no seu interior e como”, a previsibilidade aparente do Peter “foi para o brejo”. Só Jesus conhece realmente o ser humano e cada um deles, nós até achamos que conhecemos, mas a verdade é que nossa percepção é limitada pela nossa própria limitação de conhecimento.

Na minha cabeça o Peter estava em meio a uma crise de pânico tendo em vista o grande susto que levou, com medo da morte, chateado pelo tempo que gasta com as rotinas diárias, tempo que passa a ser muito mais precioso quando se experimenta o cheiro da morte chegando perto do cangote. Mas meu diagnóstico estava completamente errado. O Peter foi além do que a maioria vai, ele entendeu no desenrolar deste drama, um dos pináculos da vida.

O que estava inculcando meu amigo era a sua condição de pecador diante de Deus, agora revelada a ele de uma forma alegórica, mais extremamente clara, com a boina verde oferecido como presente ao senhor Lei lei, que tanto o agrediu por ter um sentido pejorativo e desenroso. O Peter estava com vergonha dele mesmo. Tudo isso ajudou ele a entender a verdadeira condição do ser humano como pecador diante de um Deus Santo. Conseguiu também dimensionar o quanto o sacrifício de Jesus é importante para sua vida. A condição do Peter neste momento não é só de pecador arrependido, mas de alguém quebrantado, grato e desejoso não de retribuir o que Deus fez ou faz, em face da impossibilidade desse fato, mas de demonstrar a Deus que ele reconhece o amor e a misericórdia divina e quer verdadeiramente ser um com o Senhor, fazendo com que sua vida seja dedicada à vontade de Deus e sua glorificação.

domingo, 29 de agosto de 2010

É necessário gerenciar informações para o nosso povo.

Estivemos na noite de sábado na Igreja Evangélica Conquistando Vitória em São Gonçalo, Rj.

Fomos convidados por sua liderança para dar duas palestras: 21/8 para Pais e Filhos e no dia 28/8 para casais. Nos dois casos, os respectivos coordenadores de departamento pediram prioridade na questão do relacionamento em si.

Como foram duas palestras ligadas à família, muitas pessoas da igreja participaram das duas em um espaço de tempo muito curto, pois foram em dois sábados seguidos. Na minha visão, acreditei que esse curto espaço de tempo entre elas poderia acarretar algum desgaste com minha pessoa mas, felizmente, não foi o que vi na noite de ontem. Os casais vieram quase na sua totalidade, além de casais convidados de outras igrejas, o que acarretou um grupo considerável de pessoas para ouvir a palestra.

Como disse acima, a ênfase era o relacionamento dos casais, que também envolve a questão da sexualidade na intimidade conjugal. Logo de início, busquei deixar claro aos  presentes que nosso ministério desenvolve trabalhos na área da sexualidade , mas que nessa noite, esse não era o objetivo central da pelestra, até porque, esse tipo de assunto envolve um tempo maior dentro de eventos específicos.

Independente disso, dentro do tema "relacionamento" se faz necessário falar de alguns tópicos sobre a saúde da intimidade do casal. Como em outros lugares, onde ministramos, esse assunto cresce na medida em que falamos, mesmo não sendo ele o tema principal. Fica notório  na expressão das pessoas o diagnóstico do quanto faz falta abordar esse tipo de assunto, que muitas vezes não entra na pauta de itens importantes da igreja de Cristo, por conta de uma posição retrógada de algumas pessoas.

Defendi , naquela igreja em meio a palestra, como tenho feito em todas onde sou convidado a falar, a ideia de que a Igreja deve assumir nos tempos pós-modernos o "gerenciamento da instrução" e amadurecimento de seus membros à respeito de temas fundamentais para a vida. A vida sexual é um destes,  que não pode ser negligenciado pela igreja. Até porque, ninguém está mais bem preparado do que ela para gerenciar as informações deste caso específico e também dos outros temas.

Meu filho Caio, ao dar seus palpites na palestra antes de sua apresentação, como faz sempre que dispõe de tempo para isso, fez o seguinte comentário: "Pai, isso faz parte do seu escopo mesmo, não é melhor esse pessoal ir direto ao médico para ouvir suas recomendações?"

Expliquei para ele que "esse pessoal" é o nosso povo e o nosso papel é "gerenciar a  informação" para eles. Nós não estamos pretendendo nesse caso, e em nunhum outro,  fazer o papel do médico ou de outro profissional, mas levar informações colocadas de forma organizada e objetiva sobre temas importantes, comunicando de forma simples, com unção e misericórdia de Deus, para que nosso povo possa parar e meditar sobre a necessidade de ir até um determinado profissional que fará a sua parte. A nossa é informar, com ajuda de Deus, para que a vida flua de forma mais gratificante para nosso povo.

Queridos e colegas de ministério, chegou a hora da Igreja assumir o gerenciamento desses temas, não podemos mais deixar as coisas fluírem de acordo com "música que toca". Estamos vivendo em uma época onde a pressão existencial nunca foi tão grande, o que exige de nós, como organização, uma resposta à altura deste momento.

 Nossas ovelhas precisam de informações claras e sistematizadas (evidentemente pautadas na Palavra de Deus) sobre os determinantes de suas vidas, para que, curados e tratados prossigamos em conhecer ao Senhor.

Querido visitante, gostaríamos muito de saber sua opinião sobre esse tema. Pedimos que seu comentário seja registrado.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Peter retorna da China

A experiência que o Peter teve na China com o tal chapéu verde, que no final das contas não era chapéu, mas sim uma boina verde, o que agravou mais ainda sua situação naquele jantar, mudou alguma coisa no íntimo do meu amigo.

Ao descer do avião no Brasil, o Peter me encontrou no Aeroporto Tom Jobim, aguardando junto com o Miguel sua chegada. A Flávia não pode nos acompanhar e nem o Caio, mas eu e o Miguel estávamos presentes no momento do desembarque, representando o apoio de nossa família a esse grande amigo a quem muito amamos.

Fisicamente era o Peter que havia partido há um mês, mas seu comportamento e suas atitudes estavam bem diferentes. Fui inclinado logo nos primeiros minutos a perguntar se estava tudo bem , mas decidi dar tempo ao tempo e aguardar sua normalização com paciência, até porque, essa mudança deveria ser alguma coisa passageira, motivada pelo grande estresse que ele viveu na noite anterior à sua partida da China.

Não podemos também deixar de levar em conta que a possibilidade de ter o pescoço cortado por uma Kataná (que é a verdadeira espada de combate , nunca com medida inferior a 60 cm de comprimento e entendida como aquela própria para a correção dos defeitos da comunidade onde vivia o samurai) e ter seu sangue derramado por uma espada quase milenar, “mexe com a cabeça”(não foi um trocadilho rsrs...) de qualquer pessoa.

Enquanto eu dirigia até sua casa, ele brincou com o Miguel dentro do carro, fez algumas gracinhas, sendo notório que suas brincadeiras expressavam o carinho de sempre, mas estavam muito mais contidas. Por um momento fiquei preocupado de o meu amigo ter ficado traumatizado com essa situação e isso se refletir em sua saúde mental. Mas logo me dei conta que o Peter é do Senhor e seja lá o que for que estiver acontecendo dentro dele, o Espírito Santo vai tratar de forma adequada até sua completa restauração. De nossa parte, cabe demonstrar nosso apoio através da fé e do amor que temos em Cristo Jesus por ele.

Deixamos o Peter no portão de sua casa, apesar de seu convite para entrar, achei por bem ele refletir um pouco sozinho, isso sempre fez muito bem para ele. O Peter é um daqueles caras que teve um encontro verdadeiro com Cristo e sua sede por Deus, não está condicionada a conseguir alguma coisa  do Eterno, mas conseguirmais de Deus em sua vida. Por isso fui embora tranqüilo, certo de que esse momento será lucro na vida do meu amigo.

Para vc entender essa matéria, é necessário examinar a anterior.
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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Meu amigo Peter vai a China.

Em data próxima a sua viajem para o oriente, um amigo muito chegado chamado Peter, que tem uma postura com a vida do tipo “gato escaldado”, procurou conhecer a base da tradição e dos costumes dos lugares por onde iria passar, procurando conhecer tudo que fosse possível ainda aqui em terras brasileiras, com muito cuidado e utilizando material atual e confiável.

A primeira coisa que descobriu é que o oriente que ele e os comentaristas da televisão consideram médio não é médio, mais próximo, apesar dos americanos tentarem de todas as formas mudarem essa nomenclatura, tendo em vista a extinção da Europa comunista. Entre outros tantos aprendizados, descobriu também que dar gorjeta no Japão e na China, ofende qualquer prestador de serviço que estiver lhe atendendo. Diferente do Brasil, se você deixar algum dinheiro em cima da mesa para o garçom ou garçonete, eles correram atrás de você para devolver. Com o motorista de taxi é a mesma coisa, nem tente ofertar alguma coisa além do valor da corrida, se não você estará arrumando uma briga com ele.

Munido de todas as informações necessárias, pelo menos ele pensou assim, lá foi o Peter para sua longa peregrinação, que segundo seu planejamento, estava isento de qualquer mal entendido, até porque, ele acabou, de tanto pesquisar, se tornando um especialista no assunto.

Para encurtar, vou direto ao ponto crítico. A China era a sua última escala antes do seu retorno ao Brasil. Em sua ultima noite na cidade de Pequim (BEIJING), ele recebeu um convite para jantar que selaria sua viajem com “chave de ouro”. O banquete seria num lar chinês, junto com vários familiares do anfitrião. Para Peter, Deus havia ouvido suas orações, essa era a oportunidade dele colocar em prática todo o seu aprendizado sobre costumes e cultura daquele povo.

A chegada foi perfeita, ele foi pontual apesar de ter sido tentando a desmarcar em cima da hora em função de outra oferta que recebeu, mas ciente que é ofensa gravíssima para o povo chinês, foi fiel ao seu primeiro convite. Sentou-se na presidência da mesa como é o costume de frente para a porta, aceitou o vinho apesar de só beber água e ao som da palavra “Kampé” virou a sua taça bebendo seu primeiro gole.

Tudo havia decorrido da melhor maneira possível, Peter se considerou um fiel escudeiro da cultura alheia, digno de ser respeitado por todos, já que no seu entendimento a todos respeitou. Mas ao se despedir de seus anfitriões na hora da troca de presentes, aconteceu o que Peter mais temia, mesmo sem perceber, ele ofendeu profundamente a moral daquele que lhe acolheu com tanto carinho e respeito. Peter deu de presente um chapéu de cor verde para seu anfitrião, que tem o nome de Lei Lei. Apesar dos seus esforços, meu amigo Peter desconhecia o fato que chapéu verde é um símbolo que indica marido traído (corno).

Apesar das controvérsias de eventos modernos, em destaque o Massacre de Nanquim (13 de dezembro de 1937, até o início de fevereiro de 1938), Lei Lei tem um grande amigo japonês que lhe deu de presente uma espada, que no passado fora utilizada por um famoso samurai. Este presente tem um lugar de destaque em sua sala, e foi exatamente para ela que ele se voltou, logo após abrir o presente do Peter. Ele pegou a espada se aproximou do Peter e disse a ele que sua honra havia sido manchada, por isso, era necessário derramar o sangue do meu amigo para que sua moral fosse novamente limpa através deste sangue.

Para piorar as coisas, exatamente nesta hora alguém na vizinhança toca um carrilhão, um instrumento antigo formado por um conjunto de sinos pendurados em uma armação de madeira e tocado com martelinhos de madeira, usado no passado sempre antes de se oferecer um sacrifício, coincidência que dei a Lei Lei a certeza que tinha razão em derramar o sangue do Peter.

Mas aprouve a Graça de Deus se manifestar para que o Peter tivesse mais uma experiência com o Eterno. Logo após o toque do carrilhão, Lei Lei teve uma visão de dois caracteres chineses (De), que significa virtude, moral e delicadeza. Os caracteres chineses geralmente têm um ou mais significados e alguns deles são particularmente venerados pelo povo desse país. Com isso, Lei Lei entendeu que os deuses já haviam purificado sua honra com o sangue deles e que não era mais necessário o Peter morrer.

Em seu retorno já no avião, meu amigo Peter veio lendo a parábola do credor incompassivo e meditando sobre o perdão que ele recebeu mediante a sua grande ofensa aquele anfitrião, apesar de não consegui entender a gravidade de sua atitude naquela cultura.

Mas aos poucos Peter entendeu que a exemplo dele que até hoje não tem noção do quanto agrediu aquele anfitrião, nós também não temos noção de como agredimos a Deus com nossa natureza adâmica e sua manifestação em nosso dia a dia. A exemplo do Peter, o carrilhão de sinos já foi tocado para que nós fossemos sacrificadas, mas UM SANGUE foi derramado mediante Graça e por conta disto, a nossa sentença também foi cancelada.

A exemplo do perdão que recebemos, precisamos também perdoar, até porque, nada que for feito contra nós nesta terra, será maior do que o chapéu verde que damos a Deus todos os dias de nossa vida.

Gostaríamos de receber seus comentários sobre o texto.

Obs: O meu amigo Peter é uma ficção que tem como objetivo divulgar o Evangelho.

Maturidade

Um dia desses onde, com determinado objetivo, acabei respondendo a pergunta de alguém sobre minha idade, me dei conta que estou com 48 anos, ou seja, muito próximo dos cinqüenta. É evidente que não falo desta observação de forma penosa, pelo contrário, ter cinqüenta ou outra idade qualquer é um tributo à glória de Deus, que nos tem dado vida e saúde.

Mas o que chamou minha atenção foi o fato de, até aquele momento, eu não ter me dado conta desta proximidade, que não deixa de ser um marco na vida de qualquer pessoa.

 É bem verdade que o dia a dia vai dando algumas pistas sobre esse fato, que nós “fingimos” não querer entender. Eu andava mesmo estranhando o número de pessoas se referindo à minha pessoa como “senhor”, tratamento estranho à minha cabeça, já que minha mente estava com um registro cronológico diferente do que expressão meu rosto.

Isso também me faz entender alguns comentários de minha esposa do tipo: “Deus tem sido generoso com seu rosto e seu corpo”, “Parece que o tempo não está passando para você”. Bem, pelo menos o Miguel, meu filho de nove meses, não manifestou ainda nenhum sinal deste entendimento, já que continua exigindo de mim fazer estripulias como se fosse um amiguinho de sua idade. O Caio, meu filho mais velho (22anos), a exemplo do Miguel, também ainda não se deu conta que eu já sou quase um cinqüentão, já que sempre me vê em condições de começar uma coisa nova em minha vida.

Registro que essa “descoberta” não me trouxe nenhuma tristeza, já que percebo mais vantagens do que desvantagens nesse período da vida. Uma delas é  "um ponto da maturidade" que nos permite defender com mais cautela as verdades da vida, bem como a Verdade maior.

Eu, particularmente, sou um intercessor e admirador (não vejo nada contrário à bíblia nisso) dos apologistas da fé cristã, principalmente os de nossa blogosfera. Homens valorosos que Deus tem levantado nestes dias. Mas, exercendo aquele tal "ponto da maturidade" que meus quase cinqüenta me permite, acho que está havendo certo exagero, pelo menos em alguns casos, nas colocações e na forma de fazê-las, quando falamos das igrejas Neopentecostais.

Evidentemente não estamos falando de “loucuras”, como é o caso do chamado “irmão Rubens” e seus vídeos, mas de outros irmãos e denominações que, apesar de divulgarem algumas heresias, em contrapartida, têm realizado a obra da evangelização divulgando a Palavra. É certo também que uma coisa não justifica a outra, mas precisamos ponderar até que ponto e como devemos fazer esse alerta.

Apesar de nossos apologistas registrarem com ênfase que o objetivo é atacar as ideias e práticas heréticas, muitas vezes o tiro acerta também nossos irmãos, que no meu entendimento, fazem parte do Corpo de Cristo e merecem de nossa parte um pouco mais de respeito e amor.

Em alguns comentários, percebe-se claramente  uma intenção de se ridicularizar aqueles que estão enganados, mas é necessário lembrar, que muitos deles estão crendo que estão fazendo o seu melhor para Cristo. De novo declaro que isso também não justifica, mas precisamos de mais cuidado com nossas colocações, até porque, o tom de nossa crítica pode de certa maneira está influenciando o radicalismo de alguns irmãos contra outros, já que nem todos têm o conhecimento e maturiade para lidar com essa situação.

Outro aspecto que deve ser levado em consideração, para que o nível de nossa defesa possa ser menos agressivo e até mais justo, é lembrar que nossos apologistas em destaque estão distribuídos pelas mais diversas denominações brasileiras, as quais têm confissão de fé, em alguns casos, muito contraditórias umas das outras, o que também pode ser encarado como heresia, respectivamente.

Encerrando, registro mais uma vez minha admiração por esses irmãos que têm se dedicado a zelar pela sã doutrina, contribuindo com eles com um pouco de minha maturidade, já que me falta conhecimento e habilidade para ser um apologista.

Deixe seu comentário, gostaríamos de sabe sua opinião sobre essa matéria.

domingo, 22 de agosto de 2010

Palestra para pais e filhos.

Ontem estivemos ministrando para pais e filhos na Igreja Evangélica Conquistando Vitória, na cidade de São Gonçalo,Rj.

A comunicação do tema ocorreu no formato de palestra, o que nos permite uma maior interação com as pessoas presentes, possibilidade que para o meu perfil de comunicador é muito atrativa.

Como o universo previsto era de espectadores de onze anos até infinito (me refiro aos pais rsrs...), foi necessário desenvolver uma linguagem e formato que atendesse todos os grupos etários presente.

Particularmente foi um trabalho que me trouxe muito prazer. É sempre muito bom falar sobre e para famílias, principalmente junto aos irmãos da fé que de certa forma dominam o cenário bíblico. Só é lamentável que muitos pastores e até mesmo muitos irmãos não entendam a centralidade desta área dentro das igrejas e da vida do cristão. Ainda estamos longe de dar a esse tema a importância devida, isso talvez explique em parte, a distância que muitas igrejas estão do exemplo bíblico de família.

O ponto mais interessante de trabalhos como esse onde estivemos ontem, é a oportunidade da reflexão. Em nossa vida agitada, seja dos pais ou filhos, temos pouco tempo de parar e meditar sobre nossos relacionamentos, o que faz com que uma série de erros e mal entendidos se acumulem ao longo do tempo, muitas vezes se transformando em um grande bloqueio entre pais e filhos.

Além disso, um destaque da palestra de ontem foi a constatação que a pressão existencial que nossos filhos experimentam hoje é muito maior do que há duas décadas atrás, o que exige deles, dos pais e da igreja, uma resposta também muito maior.

A família no âmbito dos pais precisa enfatizar seu papel de família afetiva, que ensina com autoridade e humildade, que é exemplo, que conhece a Verdade que está acima das outras “verdades”. Nossos filhos precisam sempre perceber de forma clara a importância deles em nossas vidas.

Quanto a igreja, cabe a ela em nossos dias reconhecer que deverá se tornar uma grande gerenciadora deste esforço adicional necessário para que nossos filhos vivam o lado luminoso e não negro da vida.

Pais, arrumem tempo para meditar sobre  relacionamento, independente da idade que nossos filhos  tenham, sempre precisam ter certeza do nosso amor por eles.
Pastores entendam uma coisa: "O que a igreja faz há dez anos pelas crianças, adolescentes e jovens, precisa tomar uma nova direção. Os esforços precisão ser intensificados como nunca aconteceu. Não percam tempo, o inimigo de nossas almas e das famílias tem preparado muito bem a mídia, os grupos com ideologia contrária a família e políticos para essa grande luta. Lembre-se, Davi não aceitou a armadura de Saul, mas independente disso teve que se arma para a grande luta".

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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Um Grande Mestre.

Mais uma vez, já não me lembro quantas até agora, estou lendo o Evangelho segundo São Mateus, que particularmente me suga em cada leitura, me fazendo  observar e ficar maravilhado com a excelência do nosso Senhor como Ensinador.

A cada Palavra, parábola, associação... podemos (se houver estudo , oração e humildade) mediante graça, descobrir uma infinidade de conhecimentos relevantes para a nossa vida, que não imaginamos estar disponíveis nas Sagradas Escrituras.

Neste momento específico estou lendo o capítulo dezoito, meditando na parábola do credor incompassivo, que vai do versículo 23 ao 35, sem nenhuma pressa de passar adiante, somente mergulhando em reflexões, pensamentos e absorvido pelas águas mais profundas aonde o texto pode me levar.

A sensação nesse momento é que um universo a parte se revelou em relação ao perdão, tema central desta parábola. Jesus foi majestoso ao nos ensinar sobre o perdão, como fez em todas às vezes que se propôs a transmitir conhecimento.

 Verdadeiramente precisamos encontrar tempo para dedicarmos atenção ao seu legado e ouvir os mistérios das Escrituras, aproveitando tudo quanto ainda está guardado para cada um de nós, e que ainda não foi descoberto, simplesmente porque não entendemos que o Mestre continua a ensinar.

Um passo importante nesse processo de ouvir Jesus através das Escrituras, é colocar o precioso ensino em prática. Muitas vezes ficamos maravilhados, mas paramos por ai. Não desperdice este tão grande privilégio que é perceber o ensino de Cristo e  colocá-lo em prática. Até porque, se observarmos o texto em questão, vamos entender que a grandeza do Rei, bem como sua prosperidade (em todos os sentidos), estava baseada na sua misericórdia demonstrada com seu semelhante através do perdão.

Posso dar a você um conselho bíblico? Perdoe a todos e tudo, inclusive a você mesmo. Lembre-se o Grande Rei Já te perdoou.

Que o Grande Rei Seja conosco.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Só para homens.

Nesse texto, quero me dirigir especialmente aos homens que estão em cristo Jesus.

Isso não significa que nossas abençoadas irmãs não possam examinar o conteúdo do texto, como fizeram nossos irmãos bereianos e emitirem sua opinião, o que seria até muito interessante, tendo em vista que a visão delas pode ratificar ou não, a linha de pensamento adotada neste artigo.

Começo lançando ao leitor uma pergunta abrangente, mais ao mesmo tempo muito específica para cada um de nós. “No que você como homem tem mudado, mediante a exposição do Evangelho”?

Particularmente, em minha caminhada no Evangelho tenho visto homens brutos se tornarem cordeiros, mentirosos passarem a ser confiáveis, egoístas virarem o lado da moeda chegando ao altruísmo, prostitutos adotando a monogamia. Mas preciso confessar que mudanças como essas de caráter legítimo e definitivo não representam a maioria dos casos. Mesmo que essas questões, que são comportamentos pecaminosos, recebam inicialmente atenção do novo convertido, bem como da igreja onde ele está congregando, tudo parece não ir muito longe, sendo sucumbido por atribuições e o exercício da obra.

Não se discuti a importância das atribuições e nem do exercício da obra, mas nenhuma dessas atividades pode substituir ou mesmo compensar a mudança constante que o caráter do cristão deve sofrer mediante a exposição do Evangelho transformador, principalmente diante de sua família. Muitos em nossos dias estão preocupados em aparentar esta mudança para igreja, seja ela entendida pela pessoa do pastor ou dos irmãos do ministério.

Se não houver mudanças em casa, na igreja é pura farsa. O pior é que muitos estão aceitando viver esse engano acreditando que alguma coisa está mudando de verdade na vida deles. Não sabem eles ou talvez saibam eu não sei, que o desastre em casa pode estar a caminho independente da obra realizada na igreja, com tal poder de destruição, que em muito pode supera os das chuvas de Abril deste ano na cidade de Niterói.

“Homem de Deus, se tu és homem de Deus entenda uma coisa”: Jesus chamou você para ser transformado primeiro por dentro e depois por fora. Não fique preso a mesquinharias egoístas em busca de exaltação e reconhecimento das pessoas, procure mudar em casa descendo dentro do seu lar como fez o profeta João Batista na presença de Jesus. Sua esposa e filhos precisam que você diminua: seu egoísmo, arrogância, orgulho, desamor, dureza... para que eles possam ressuscitar como família. Ai sim, você está pronto para ser um obreiro aprovado que maneja (coloca em prática principalmente em sua vida) bem a Palavra de Deus.

Pastores, não se iludam com obreiros que estão preocupados em atender em primeiro lugar ao "seu pastor", depois aos outros obreiros, deixando Jesus e família na terceira e quarta posição de prioridade.

Irmãs , gostaria em especial de receber seus comentários sobre o assunto em pauta.

Oração por Lei Lei.

Um bebê chinês de 10 meses está sendo avaliado por médicos da província de Hunan pelo acelerado ganho de peso. Ele tem 20 quilos, o equivalente ao peso de uma criança de seis anos de idade, informa o site do jornal britânico Telegraph. Segundo a mãe do garoto, chamado Lei Lei, ao nascer ele tinha peso normal. (Foto: reprodução / Telegraph.co.uk)

Meus queridos, peço sua interceder por esse lindinho, que um dia será um crente em cristo Jesus, para que os médicos descubram a causa da sua obsidade precoce.

Eu creio que se você orar junto comigo, Deus responderá nossas orações. E para glória de Deus, um dia veremos e ouviremos Lei Lei pregar o Evangelho do Reino.

Pr.Paulo Cesar Nogueira

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Ai daqueles por quem vier os escândalos

Meus queridos irmãos. Observe a postura deste pastor (?).
Definitivamente está faltando temor nesta terra.
Não podemos combater somente o escândalo dos neopentecostais, precisamos olhar para dentro de nossas denominações e enxergar os desvios praticados pelos chamados "homens de Deus", seja na doutrina ou na ética.
Pr.Paulo Cesar Nogueira

Enviado por Ancelmo Gois - 15.8.2010
13h00m.gois de papel
A coluna de hoje
Fator Everaldo

Dilma só terá três minutos a mais que Serra na TV porque, na última hora, o pastor Everaldo levou o seu PSC a abandonar o barco tucano e embarcar na nau petista.

Não fosse isso, o tempo dos dois no horário eleitoral seria praticamente igual.

Orai, irmãos...

Nos bastidores, não falta tititi sobre os motivos que levaram o guia espiritual da Assembleia de Deus a trocar de lado.

Mas quem ficou mal nesta história foi... Deus. É que, em maio, o pastor Everaldo comandou, em Santa Catarina, uma oração com milhares de fiéis pela eleição de Serra.

Uma música muito longe também é resposta de Deus.

Ganhar um bebê aos 48 anos é uma experiência bem diferente. Quando o Miguel nasceu no ano passado comecei a questionar o Senhor da seguinte forma: “Por que não antes”? Ou melhor, alguns anos antes.

Como muitas outras perguntas que disparamos em cima dEle, Deus manteve aquele tipo de silencio que mais parece uma música tocada muito longe, quando não conseguimos decifrar nada de forma clara, o que nos conduz a imaginar mil e uma coisas.

O Miguel completa nove meses no dia 18 deste mês. Depois de passar todo esse tempo envolvido com o dia a dia dele e aprendendo muito com isso, começo a decifrar algumas palavras da “música resposta” de Deus tocado longe. Uma delas me soa como um aperfeiçoamento do meu ministério pastoral. O amor (que trás paciência, preocupação, doação...) revelado em mim pelo Miguel, me tem  feito entender que preciso melhorar muito em relação as minhas ovelhas e as almas que estão perdidas.

Agora ouvindo essa música com mais nitidez, percebo que o santo ministério tem sido muito distorcido em nossos dias. Muitos líderes estão preocupados em conduzir o povo a uma pretensa “vitória”, que tem como fonte, a superficialidade do Evangelho que está sendo apresentado como “o grande instrumento de evangelização”. Poucos entendem que evangelizar tem haver com “O Evangelho” e não com pretensos evangelhos.

Outros numa busca de auto-afirmação e outras coisas que nem vale à pena comentar, estão tentando ser deus na vida de seus rebanhos. Em contrapartida, o povo perdido recebe pedra (ensino distorcido) como se fosse ouro (verdadeiras doutrinas bíblicas), enquanto idolatram seus pastores como se eles fossem verdadeiros semideuses, detentores de uma mística especial reservada somente para uma parcela dos crentes em Cristo.

Um bebê, que chegou a minha vida aos 48 anos, tem me ensinado a amar meu rebanho de uma forma diferente, levando-me a entender a importância deste sentimento para desenrolar o meu ofício.

Ontem no culto de domingo à noite fiquei particularmente feliz, vendo que esse aprendizado tem trazido bons resultados. Como fez muito frio (Santa Bárbara, Niterói, Rj ), poucas pessoas estiveram na igreja, independente disto, prestamos nosso culto a Deus de forma muito especial, onde um grande progresso estava estampado de forma muito clara no rosto das pessoas.

“Os casais de nossa igreja estão felizes, sendo aperfeiçoados por Deus e sua Palavra em seus relacionamentos”. De certa forma percebi que “esse tal de amor”, que tenho sentido mais claro e forte por eles, tem influenciado em tudo isso.

Deus está me ensinando a amar de verdade.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O meu dia dos pais.

Lendo a coluna do Bispo Josué (Igreja Metodista) sobre o dia dos pais, resolvi escrever uma matéria sobre “nosso” dia e também sobre a paternidade.

 Particularmente, vou passar esse dia de uma forma muito especial esse ano, se o Senhor não tiver outros planos. Pela primeira vez, estarei no dia dos pais com dois rebentos em situações completamente opostas. O Caio, meu primeiro filho, conta hoje com a idade de 22 anos. O Miguel, que também é meu primeiro filho, está no auge dos seus 8 meses. Um caminha para a reta final da faculdade de Biomedicina, se apaixonando pela área de pesquisa da Fiocruz (e pela Gabriela) e o outro, está às voltas com suas primeiras conquistas do tipo: ficando em pé segurando nas coisas, tentando uma comunicação oral que ainda não entendemos, agarrando todo tipo de fio que sai das tomadas...

O Caio aos 22 anos se tornou sem dúvida o meu melhor amigo. Entendam bem minha colocação: "Eu não estou declarando que sou o melhor amigo dele, apesar de me esforçar para chegar nesta posição, mas compartilhando, que ele, apesar dos 22 anos, com certeza assumiu o papel de meu melhor amigo, porque de melhor amiga, já está ocupado por minha amada esposa".

Às vezes, fico meio sem jeito diante da postura madura dele e de sua forma de encarar a vida. Sempre que percebo coisas como essas, reconheço que independente de minhas falhas como pai, Deus é fiel para corrigir meus erros.

Confesso que reconhecer esse maravilhoso agir de Deus na vida do Caio, me faz às vezes ficar meio sem graça com o Eterno, me deixando inibido de pedir mais alguma coisa na vida. Quanto ao Miguel, fica até difícil falar alguma coisa. Apesar do seu pouco tempo de vida, ele já ocupou um espaço tremendo em minha vida. Na noite passada, ele decidiu brincar de dormir e acordar das 03h00min às 05h:00min. Depois da mamãezinha se cansar, papaizinho entrou em cena também e viveu a parte final desse processo. Num determinado momento que ele estava nos meus braços, entre um abrir e fechar de olhos, me chamou atenção à fragilidade da expressão impressa no seu rosto, revelando sua dependência total da nossa vida e assim, pude perceber, o milagre que Deus nos permitir participar (de certa forma) chamado de criação.

Mas o que é o dia dos pais para mim? Esse domingo será ótimo, mas o dia dos pais é na verdade todos os dias que o Eterno me permite olhar para os dois saboreando a paternidade e percebendo que eu sou um privilegiado em poder dizer: São meus filhos.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Aprendendo com o Bispo Josué sobre perdão.

Queridos visitantes. Abaixo um excelente texto escrito pelo Bispo Josué Adam da Igreja Metodista.

Leia, pense, reflita e mude sua postura diante do próximo e de Deus.
Em Cristo Pr.Paulo C.Nogueira

Retirado do blog http://josue.lazier.blog.uol.com.br/index.html

O perdão
O perdão é um dos aspectos mais difíceis de serem vivenciados pelas pessoas. Falar de perdão é falar de faltas cometidas, atitudes tomadas, comentários feitos, que machucaram alguma pessoa. O perdão, ou a falta dele, podem ser experiências que marcam a vida do cristão.
Perdoar, a partir da palavra grega utilizada no Novo Testamento tem o sentido de remir o erro cometido e literalmente significa cancelar as faltas cometidas. Jesus, quando da experiência da crucificação, pediu a Deus que perdoasse os responsáveis pela sua morte porque não sabiam o que faziam. Ele perdoa Judas que o trai entregando-o para as autoridades da época e perdoa Pedro que o nega por três vezes.

Ao ensinar seus discípulos a orar, incluiu a questão do perdão. As palavras desta oração são tão sérias e comprometedoras, que a Igreja Primitiva tinha o costume de autorizar apenas os novos cristãos batizados e orientados sobre os compromissos da oração do Pai Nosso. No caso do perdão, a pessoa pede que Deus a perdoe como ela perdoa os outros (Mateus 6.12). Uma pessoa inadvertidamente pode pedir que Deus não a perdoe porque ela mesma não consegue perdoar os outros.

A mensagem do Evangelho de Jesus Cristo é mensagem de Boas Novas, mensagem de esperança, de gratuidade do amor de Deus, gratuidade do perdão de Deus e mensagem de uma nova vida. A gratuidade do amor e do perdão de Deus é promotora de atitudes na vivência das pessoas que seguem o caminho libertador do amor e do perdão. Amar e perdoar é liberar a pessoa que cometeu um erro de carregar o peso e a culpa deste erro e possibilitar que ela experimente o perdão de Deus, o mesmo sentimento que a pessoa que perdoa já experimentou. O preço do perdão já foi pago por Jesus Cristo quando morreu crucificado.

O perdão de Deus é infinito, ou seja, sempre que a pessoa se arrepende de seus erros e busca viver a nova vida em Cristo Jesus, o perdão de Deus é liberado para esta pessoa. A graça de Deus atua em todas as pessoas com o intuito de ajudá-las a compreenderem a realidade do pecado e a veracidade do amor e do perdão de Deus.

O perdão de Deus é gratuito, mas a pessoa que é alcançada pela Graça Maravilhosa de Deus não continuará sendo a mesma pessoa. Ela, por certo, apresentará frutos de transformação, conversão e libertação. Entre estes frutos, está o perdão que pode ser oferecido aos que nos ofendem, machucam e agem injustamente conosco. Como é difícil perdoar. O caminho para conseguir perdoar é o altar de Deus. O primeiro passo que a pessoa ofendida deve dar é ir ao altar de Deus e colocar os sentimentos, pensamentos, emotividade, afetividade, etc., nas mãos do Senhor. O segundo passou é “liberar” o perdão.

Se perdoar uma pessoa que se arrepende de erros cometidos ou ofensas é difícil, mas possível pela Graça de Deus, muito mais difícil é perdoar alguém que não se arrepende e demonstra nenhum sentimento pelo erro ou injustiça cometida. No entanto, como cristãos somos desafiados a perdoar a todas as pessoas. Quando Jesus foi questionado por Pedro sobre o perdão, respondeu prontamente que ele é infinito. Jesus responde a Pedro dizendo: “não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mateus 18.21). Não há limite para o perdão. O desafio é grande, o apelo para que o perdão se instale na vida do cristão é constante, a vivência do ato de perdoar é uma das marcantes experiências cristãs que a pessoa pode ter.

Junto como o tema do perdão vem o da vingança, lamentavelmente. A pessoa ofendida e que não consegue perdoar tende a se vingar, ou, como se diz, “dar o troco”. Isto é muito comum, mesmo entre cristãos. Infelizmente no dia a dia se perde a dimensão do perdão que Deus oferece à pessoa arrependida e a força que Ele propicia para que esta pessoa aprenda o caminho do perdão. Paulo quando aos Romanos afirmou que a vingança pertence a Deus, ou seja, Deus é quem julgará todas as pessoas e todas as situações da vida (Romanos 12.17-21).

É necessário frisar que as consequências do pecado, do erro, das ofensas, etc., permanecem. Nem sempre é possível “apagar” o que foi feito. No entanto, devemos considerar que o perdão propicia que a pessoa experimente uma nova perspectiva de vida e apresente frutos desta nova vida.

Não perdoar, conservar o desejo de vingança, ódio, raiva, ruminar a dor sofrida, provocam mais machucaduras na pessoa que foi ofendida. Por certo há pessoas que se mostram adoecidas porque não conseguiram “liberar” o perdão para quem a machucou ou fez algo contra a idoneidade e a dignidade da pessoa. Por isso, o caminho do perdão é oferecido por Deus para que a libertação e a expressão de uma vida que é humana, mas que conta com a Graça de Deus, possa ser vivido na sua integralidade.

Uma pessoa que aprendeu o caminho do perdão é uma pessoa transformada pela Graça de Deus. O caminho do perdão significa acolher o perdão que Deus oferece ou receber o perdão que as pessoas oferecem ou perdoar os que nos tem ofendido, bem como perdoar os que nos causam danos. Viver esta experiência é viver a vida em toda a sua plenitude. As palavras de Jesus são instigantes: "Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados; dai, e dar-se-vos-á" (Lucas 6.36-38).

Talvez tenhamos que pedir a Deus que nos ensine a orar e a viver aquilo que oramos.
Bispo Josué Adam Lazier

domingo, 1 de agosto de 2010

Certo é o "carro" que tem o volante na direita.

Palavra que nós ministramos na Comunidade Evangélica Família em Cristo, no dia 01/08/2010, no bairro do Arsenal, São Gonçalo, dirigida pelo Pastor Miro. Livro de Marcos cap.10.35 a 45.

Todo texto bíblico tem a função de nos comunicar uma mensagem, ou seja, a Bíblia sempre fala conosco sobre algo da parte de Deus, porque ela é a Palavra dEle.

A missão do ministro é compartilhar essa mensagem de forma que todos entendam o que Deus escolheu falar com a igreja no momento do culto.

E é exatamente isso que estamos nos propondo nesta noite, compartilhar com a igreja aqui reunida, algo da parte de Deus com fundamento bíblico.

Essa tarefa precisa ser realizada com humildade diante de Deus e também da igreja, para que o alimento que vem do céu nesta noite em forma de Palavra, traga vida aos irmãos e não apenas uma ilusão momentânea que não traz nenhuma mudança positiva na vida do cristão.

O texto lido fala sobre dois irmãos (Tiago e João) que num determinado momento da caminhada com o Mestre, pede a Ele que lhes garanta um lugar de honra ao seu lado (direita e esquerda) na sua glória.

Fica evidente quando estudamos o texto, que a solicitação deles estava baseada no fraco entendimento de como seria esse “tal Reino de Deus”. Na certa eles pensaram, como os outros discípulos, que Jesus iria expulsar os romanos e restabelecer o reino terreno de Israel.

Jesus tenta inicialmente fazer eles entenderem o sentindo real do Reino Espiritual, falando sobre o cálice e o batismo, que neste caso são sinônimos de martírio e sacrifício.

Vendo que eles não se davam por vencidos, mediante a resposta que deram (que estavam prontos para beber o cálice e ser participante do citado batismo), Jesus revela de forma profundo um dos mais importantes princípios do Evangelho do Reino de Deus, que nesta noite o Espírito Santo vai trazer ao nosso entendimento.

Nas entre linhas Jesus falou:

“Entre nós, ou seja, em nosso Reino, nós andamos ao contrário do que anda o mundo, lá o maior é servido pelo menor, aqui nós andamos na contramão das verdades mundanas, o maior é chamado para servir o menor”.

Queridos irmãos, como nos chama atenção o pastor Ciro Zibordi em sua apologia da legítima fé cristã, a Bíblia é um livro de mandamentos, mas também de princípios. E foi exatamente isso que Jesus estabeleceu neste texto, um princípio basilar do Reino, que não se restringe somente a questão da autoridade, mas a todas as coisas em nossa vida.

Quando aceitamos Jesus, na maioria das vezes, nós vamos andar na contramão do sentido que o mundo caminha, por isso, sempre haverá entre a luz e as trevas choques e adjetivos pejorativos do tipo: retrógados, ignorantes, intolerantes, abitolados e outros.

Por isso, nesta noite, nós precisamos sair daqui convictos que nossa aparente contramão da vida, é só uma aparência, porque no fundo, nós estamos vivendo da maneira correta, ou seja, segundo a vontade de Deus, que é desconhecida por quem está fora de Cristo.

Podemos fazer também um paralelo da nossa situação com os carros ingleses e de outros 70 países que utilizam o volante na direita e andam na esquerda das vias. Se um motorista inglês com seu respectivo carro rodar nas vias do Brasil, sem ser avisado evidentemente, irá ser taxado de louco por andar do lado errado da pista(esquerda), contrário a todo o fluxo (dos motoristas nacionais) que vem em sua direção.

Assim somos nós com este mundo. Eles estão na direita e nós na esquerda.

Essa é uma das razões porque o Senhor fundou a igreja e uma verdade que deve nos motivar a sermos membros assíduos de nossas igrejas e participantes em seu desenvolvimento. Nela, nós não vamos sozinhos contra a grande multidão do mundo, porque aqui e em outras igrejas nós temos uma família espiritual que nos ajuda a confrontar quem vem em nossa direção, querendo nos convencer de que errado, é quem faz parte da igreja.

De nossa parte, faz- se necessário lembrar todas as manhãs, porque nossa tendência com queda é agir como um carro nacional, que o nosso volante mudou de lugar quando aceitamos Jesus.

Por isso, quando:

Aquela vizinha fofoqueira vier bater a nossa parte para falar mal de alguém, devemos está na direção contrária a dela, tendo uma postura diferente da ultima vez que ela veio compartilhar uma fofoca.

Formos convidados ou colocados em uma situação que representa pecar contra Deus e nossos irmãos, devemos colocar a mão no volante e lembrar que ceder a tentação faz parte de nosso passado, porque agora nosso volante mudou de lado.

Sentirmos dificuldade de mudar comportamentos, atitudes, formas de pensar e mesmo de viver, devemos lembrar que essa vida é passageira, mas o Reino de Deus é eterno e lá, só entra carro com o volante do lado direito.

Que Deus os abençoe

Pr. Paulo Cesar Nogueira