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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Para aonde você está sendo arrastado dentro do arraial, para Taberá, Quibrote Hataavá ou para a frente do Altíssimo?

Caro visitante, fique a vontade para emitir sua opinião sobre qualquer um dos textos postados neste blog.Além deles, se você tiver alguma dúvida sobre outro assunto, saiba que estamos a sua disposição, use o post a comment ou nos envie um e.mail:estrutura.religare@hotmail.com

Postado em:29/Jul/2009

Texto bíblico: Livro de Números capítulo 11.01 ao 34.
Mesmo no arraial do povo de Deus, existem lugares para aonde muitas vezes somos arrastados e que são lugares de morte.Nesta exposição, estaremos explorando o texto bíblico e buscando entender melhor como surgem esses lugares e os efeitos que trazem as nossas vidas.

Quando meu filho era pequeno,para os pais eles sempre serão pequenos, nós tínhamos uma relação muito forte com o mar. Era raro o final de semana que não estivéssemos na praia, aproveitando mas especificamente o mar.

Em um destes dia optei em ficar fora do mar, mais precisamente no limite entre a areia molhada e a seca, que se alterna constantemente com o movimento das ondas, e orientei ao Caio que estava dentro da água, a não se movimentar para direita e nem para esquerda, mas se manter sempre em frente de onde eu estava, aos cuidados dos meus olhos e também dentro da minha área de atuação e proteção, caso houvesse qualquer imprevisto.

Depois de um certo tempo, por alguns minutos alguma coisa roubou minha atenção e quando eu retornei meus olhos para ele, encontrei somente a imensidão do mar na minha frente e outros banhistas. Após algum tempo de busca já até mesmo meio atemorizado, descobri que ele estava a uns cinqüenta metros a minha esquerda.

Chegando perto dele constatei, graças a Deus, que nada de mais havia acontecido. Ao indagar o motivo de sua desobediência, ouvi em sua defesa, que ele não tinha se movimentado, para ele e no seu entendimento, o seu corpo permanecia ainda no mesmo lugar onde entrou no mar, ou seja, em frente ao seu pai.

Depois de passar o efeito do susto, pensando melhor na colocação elaborada e sincera de meu filho, percebi que não foi ele que se afastou da posição onde estava, mas o movimento das ondas do mar, que atuando nele, o levou para um lugar distante sem que ele percebe-se. Depois deste acontecido fizemos um acordo, eu não tiraria mais os meus olhos dele e ele me fez a seguinte promessa: “Pai, nunca mas tirarei os meus olhos de você.”

Mas o que tudo isto têm haver com Números capítulo 11 ?

Eu diria que muita coisa. Em nossas vidas, e não com pouca freqüência, se não houver uma vigilância muito grande, podemos também como o Caio, permitir que alguns movimentos do mar, acabem nos levando para um lugar distante daquela posição que Deus(nosso Pai) determinou para nós em seu arraial.

Para melhor entender onde fica esse lugar dentro do arraial, e o que podemos fazer para não se afastar dele, independente do movimento das ondas da vida, estaremos meditando no texto bíblico descrito acima, que faz parte do Livro de Números, que tem como pano de fundo a saída dos israelitas do Monte Sinai até a chegada nas planícies de Moabe.

Antes de dar início a exposição do texto bíblico, é importante nos situarmos no tempo e na história, para que nossa compreensão da Palavra de Deus, seja clara e em concordância com a revelação do Espírito Santo.

Nesta ponto da história, o povo de Israel encontrava-se geograficamente saindo do deserto do Sinai, no centro-sul da Península, aos pés do Monte Sinai ou Horebe, o Monte de Deus, se dirigindo para o deserto de Parã. Estamos por volta do ano de 1443 ªc.

Dois anos já haviam se passado desde a saída do Egito e durante este tempo, Deus concedeu aos Israelitas várias oportunidades para conhecer o Seu poder, bem como sua santidade.

Abaixo enumeramos algumas destas experiências que o povo teve com Deus até este ponto da história.

1. No Egito na escravidão, Deus levanta Moisés como libertador com sinais e prodígios. A imagem de Moisés pré-figura o Grande e Verdadeiro Libertador, o Messias que viria no futura para estabelecer a completa libertação, não só de Israel, mas de todas as pessoas que o receba como Senhor e Salvador.
2. As Dez pragas sobre o Egito.
3. O memorial da Páscoa.
4. A abertura do Mar Vermelho e a destruição do exército de Faraó.
5. As águas de Mara
6. A Lei.
7. O maná(o que é isto?) que desceu do céu.

Independente de todas estas manifestações, que também foram oportunidades do povo conhecer mais de Deus, os israelitas optaram pelo caminho da murmuração, como nos relata os trinta e quatros versículos que estamos trabalhando.

Ao observarmos o versículo de número um, vemos o povo desprezando todos os feitos anteriores de Deus e levantando uma grande murmuração contra as condições de vida na caminhada. Como no diz o texto bíblico, “ouvindo-o o Senhor” a murmuração do povo, porque Ele tudo ouve, sejam palavras ditas em baixo ou alto volume, e até mesmo os nossos pensamentos não estão livres de seus poderosos ouvido, derramou sua ira em forma de fogo consumidor, que ardeu entre eles na extremidade do arraial.

Neste momento, os murmuradores recorrem a Moisés, que entra em cena como intercessor do povo junto a Deus. Mais uma vez vemos na figura de Moisés um aspecto do Verdadeiro Intercessor de nossas vidas junto ao Pai.

Aquele lugar onde se registrou o manifestar da ira de Deus com fogo consumidor sobre a vida dos murmuradores, ficou conhecido como TABERÁ, terra de quem murmura contra Deus e é repreendido por Ele com o manifestar de sua ira.

Como que se esquecendo de Taberá (ainda bem que esses esquecimentos só acontecem com os israelitas, não é mesmo?), vemos no versículo quatro outro grande movimento murmurador. A prática de murmurar contra Moisés e contra Deus, que teve início ainda no Egito, já estava se tornando um hábito no meio do povo. Qualquer coisa era motivo para se lembrar do Egito, é claro que esses corações seletivos, nunca lembravam das misérias vividas na terra da escravidão.

No versículo cinco, encontramos citações dos motivos utilizados pelos murmuradores de forma até específica: carne, peixe, melões, cebolas e alhos. Tem gente, mas isso só acontece com os israelitas, que troca Deus e sua obra redentora por pouca coisa, ou melhor, troca por coisas, as vezes pouca e outras muitas. Mas o que importa, é que a obra redentora de Cristo é maior do que casa, carro, emprego, dinheiro, fama ........

Bem, a carne veio em forma de codornizes, mas os versículos trinta e três e quatro, nos revelam que os murmuradores não chegaram a sentir o gosto dela “estava a carne ainda entre os dentes, antes que fosse mastigada, quando se acendeu a ira do Senhor contra o povo, e o feriu com praga mui grande, pelo que o nome daquele lugar se chamou: QUIBROTE HATAAVÁ, porquanto lá enterraram o povo que teve o desejo das comidas dos egípcios”. Lugar onde se acendeu a ira de Deus contra os murmuradores, e Ele os consome com grande praga.

Vamos analisar Taberá e Quibrote Hataavá e descobrir o que existe de comum em ambas as situações, que levaram o povo a cometer o pecado da murmuração contra a liderança de Moisés e contra o próprio Deus. Lembre-se o objetivo deste texto é descobrirmos qual é o lugar que nosso Pai deseja para nós dentro do arraial, e o que devemos fazer para manter essa posição sem sermos levado pelas ondas do mar da vida

Taberá: Uma coisa nos chama atenção no versículo de número um, o fogo só consumiu as extremidades do arraial. Se observamos o desenho do acampamento, veremos que a tenda da congregação (lugar da presença de Deus no meio do povo) ficava ao centro. Ao redor e de frente para ela, estavam todas as tribos distribuídas em quatro largas divisões ao oriente, ocidente, norte e sul.

Com estas informações podemos visualizar o acampamento e perceber que todas as quatros divisões, mantinham praticamente a mesma distância em relação a tenda da congregação (presença do Pai no meio do povo). Quando o texto bíblico fala em extremidades, podemos imaginar alguma coisa do tipo as últimas fileiras de cada divisão, ou mesmo, algumas áreas existentes depois destas fileiras. O Certo é que as pessoas que habitavam nestes lugares, estavam muito distante da presença de Deus, talvez da mesma forma que o Caio naquele fim de semana, quando foi levado pelas ondas a cinqüenta metros de seu pai.

Quibrote Hataavá: Nos parece ser conseqüência de uma nova murmuração registrada no versículo de número quatro. O mesmo versículo nos dá uma pista, a murmuração teve início com o “populacho que estava no meio deles”. O termo populacho parece ser uma referência aos filhos de casamentos mistos entre hebreus com egípcios e por serem considerados plebe, e não terem afinidade com o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, foram morar na periferia do acampamento(extremidades do arraial) e eram os primeiros a manifestar sua insatisfação pela nova vida, longe da cultura e da religião egípcia.

Este ponto de vista reforça nossa colocação sobre o que seria as extremidades do arraial, ou seja, uma área praticamente além das fileiras, mas com todo tipo de envolvimento com o povo de Israel, ao ponto de influênciar na relação do povo com o seu Deus. Talvez a maior diferença destes dois episódios, é que neste segundo, o movimento realizado “pelos que estão distantes da presença do Pai”, contagiou aqueles que estavam perto de Deus, e como uma onda, levou muitos deles a mais de cinqüenta metros, o que acabou resultando “na morte de muitos filhos afogados na sua falta de vigilância".


Em resumo:

Se eu que sou um pai humano e falho quero que o meus filhos estejam diante de meus olhos,o que imagina que Deus queira para você como filho Dele?

Mas você pode escolher em que lugar quer ficar no arraial do povo de Deus.
Taberá :Estão aqueles que já perderam a intimidade com o Pai, e de alguma forma deixaram as ondas da vida (comodismo, o amor a riqueza, a idolatria pela profissão, pela família........ , o prazer da carne e ......) o levarem para um lugar distante da presença do Altíssimo, pensam que estão no mesmo lugar onde Deus os colocou, mas já deixaram a presença do Altíssimo há muito tempo.

Quibrote Ataavá: É o lugar daqueles que na realidade nunca tiveram um encontro com o Pai. Nunca foram filhos, nuca tiveram prazer nas coisas de Deus, sempre estiveram no meio do povo porque acompanharam o movimento de outros que saíram do Egito.

A frente e diante do Altíssimo: Este é o lugar do obediente, vigilante, que fica atento aos movimentos que estão a sua volta, que corrige seus desvios e que não tira os olhos do Pai.Este é o lugar daquele que faz o promessa que o Caio me fez:"Pai, nunca mas tirarei os meus olhos de você.”

Meu querido(a) se você descobriu neste texto que está habitando as regiões de Taberá ou Quibrote Hataavá, receba um conselho de pai: Volte para o lugar aonde o se Pai te colocou, e nunca mais tire os olhos Dele.

Pr.Paulo C.Nogueira
Ministério Religare

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Deus é Pai e seus filhos sempre serão vitoriosos.

Fiquem a vontade para emitirem opiniões sobre qualquer um dos textos postados neste blog.Se tiverem alguma dúvida sobre outros assuntos para esclareciemento, saiba que estamos a sua disposição, use o post a comment ou nos envie um e.mail:estrutura.religare@hotmail.com


Postado em 23/Jul/2009 às 14:56

O Cenário do início do capítulo seis do livro de Atos , leva a Igreja apostólica a fazer algumas considerações junto com a comunidade cristã que estava se estabelecendo.

Diante do crescimento do número de convertidos, torna-se necessário existir uma organização que sustente a caminhada da igreja, sem que outras atividades sejam prejudicadas. Assim o concílio estabelecido pelos apóstolos , definiu duas prioridades básicas para esta organização:

1) O Ide precisava ser mantido.
2) Em paralelo ao Ide, as mesas dos necessitados deveriam continuar a serem servidas.

A liderança da Igreja decide então junto a comunidade, escolherem sete homens cheios da presença de Deus para servirem as mesas, liberando assim os apóstolos para se dedicarem exclusivamente a oração e a Palavra. Alguns biblicistas afirmam existir nesta passagem, a origem do “diaconato”, mas outros como o Dr.Shedd , entendem que o vocábulo descrito não é técnico, tratando-se apenas de servidores incumbidos de distribuírem os alimentos.

A preocupação apostólica demostrada aqui (da liderança se dedicar exclusivamente a oração e a Palavra), tem sido negligenciada de muitas formas em nossos dias. Uma parcela de nossos líderes têm adotado um estilo de vida na área social, profissional ou financeiro, onde o tempo para a oração e o estudo da palavra não é maior do que o do cafezinho. E aos outros que têm seguido o exemplo apostólico, investindo a maior parte do tempo em uma vida de piedade, estes negligentes os têm chamados de “desocupados”.

Existe a necessidade que alguns, coloque como prioridade de seu tempo a oração e a palavra de Deus, para esses, não pode ser o tempo que sobra, mas o melhor do seu tempo.

Mas voltemos ao texto. Dentre os eleitos para este fim, estava Estevão, judeu helenista (cristão de língua grega, normalmente nascido fora da Palestina), homem cheio de fé e do Espírito Santo.

Apesar de Estevão ter sido designada para ”servi as mesas”(servidores incumbidos de distribuírem os alimentos) pela comunidade, Deus tinha outros planos e começa a usar Estevão de forma poderosa. O versículo oito do capítulo seis, nos informa que pelo Espírito, ele realiza prodígios e grandes sinais.

Tiremos daqui uma grande lição:

Não importa qual é a posição que você ocupe hoje dentro de sua família, no seu trabalho e ate mesmo na obra do Reino, se você tem chamado e responder a ele, como fez Estevão, Deus vai te levantar com prodígios e grandes sinais nestes respectivos lugares.

É bem verdade que ao responder ao chamado, de certa forma Deus colocou Estevão em destaque no meio do povo, o que acabou fazendo com que ele caísse em uma cilada dos fariseus, julgado por sua fé e condenado a morte por apedrejamento.

A ira dos fariseus contra Estevão, principalmente os helenistas, foi reforçada pelo visão universalista do Evangelho do Reino de Deus. Estevão a exemplo do apóstolo Paulo, entendeu muito cedo que Jesus não seria somente o Messias do povo e da nação Judáica, mas de todas as famílias da terra e todas as nações do mundo que o confessassem como Senhor e Salvador.

Se você tem caído em ciladas, tem sido julgado e as pedras estão batendo no seu telhado, não se preocupa, isto tudo é sinal que Deus está colocando você em destaque nesta vida.

Neste momento da história, olhando para a vida de Estevão e refletindo naturalmente sobre o que está acontecendo, poderemos ficar um pouco confusos.

Vamos examinar a situação:

Ele foi levantado a obreiro.
Deus começa a usá-lo.
E independente de tudo isso, ele é levado a morte e por apedrejamento. Onde está a vitória de Estevão?

A primeira vista poderíamos achar que Estevão se sentiu um derrotado, mas lembre-se: Deus é Pai e seus filhos sempre serão vitoriosos. Nos versículo 58 e 59 do capítulo sete, percebemos que Estevão olhou para sua eminente morte, e com a intimidade de filho, viu neste acontecimento uma grande vitória, a ponto de rogar a Deus que o pecado dos fariseus em relação a sua morte, não fosse imputado a eles.

Como Estevão conseguiu enxergar vitória em sua morte por apedrejamento?

a)Tendo uma intimidade diferente dos escravos, porque ele é filho.

Queridos, filhos repetem atitudes e comportamentos dos pais, a ponto de não saber diferenciar mais, se uma atitude é dele próprio ou foi aprendida com aquele que o gerou. Na verdade, Já não era mais Estevão que vivia, mas o Pai, o Filho e o Espírito Santo vivendo dentro dele.

b)Entendendo que temos um Deus que é nosso Pai, e que Ele nunca nos deixará entregue a derrota.

A exemplo de Estevão, através da intimidade de filho e da aceitação da paternidade Divina, nós também podemos perceber como a vitória de Deus tem se manifestado em nossas vidas, até mesmo nas piores situações. A nossa dificuldade para entender como Estevão, é que muitas vezes nós definimos o endereço e a cara de nossa vitória, e quando ela se manifesta diferente disto, nós nos sentimos derrotado.

Olhe para sua vida com mais oração e discernimento espiritual, a oração e a meditação na Palavra ,fazem falta para entendermos nossa caminhada nesta vida.

Graça e Paz.

Pr.Paulo C.Nogueira

terça-feira, 14 de julho de 2009

ENTRE O APRISCO E O CURRAL

Queridos, fiquem a vontade para emitirem suas opiniões sobre os textos ou mesmo tirar suas dúvidas, entrem no post a comment e registrem seus comentários.

14/07/2009

Mais uma vez, trazemos ao nosso blog uma reflexão do Bispo Josué Adam, da Igreja Metodista. Peço sua atenção, seja você uma ovelha ou pastor de ovelha, para a profundidade deste texto pastoral e infelizmente tremendamente atual.

Que Deus faça você pensar e mudar sua vida e sua igreja.

Que Deus lhe abençoe ricamente.
Pastor Paulo C.Nogueira

ENTRE O APRISCO E O CURRAL
João 10.1-7


Encontramos figuras que são utilizadas metaforicamente para indicar a Igreja. Entre elas, a Igreja tem sido identificada como o aprisco onde as ovelhas se encontram, se aquecem e se protegem. No aprisco, considerando a perspectiva bíblico-teológica, as ovelhas conhecem o seu pastor. A figura do aprisco indica mais do que meramente um local onde as ovelhas se abrigam, indica a relação de confiança entre as ovelhas e o pastor. A palavra grega utilizada apresenta este sentido. “Parece ser um quintal na frente da casa, cercado por um muro de pedras que, provavelmente, tinha abrolhos em cima”.[1]




Esta figura que indica algo simples e tão familiar ao povo da época é utilizada pelo evangelista João para ilustrar a relação de pastoreio de Jesus para com os discípulos (João 10.1-7). Assim, o autor bíblico descreve esta relação entre pastor e ovelhas.

As ovelhas sabem que o pastor quer o bem delas e sempre que se dirige a elas é para seu bem. As ovelhas não temem o seu pastor, pelo contrário, o respeitam pelo cuidado e pela dedicação que oferece indistintamente a todas elas.

As ovelhas ouvem a voz do seu pastor. Um pastor de ovelhas comentando este texto diz o seguinte: “quando o pastor as chama é com propósito específico; tem em mente o interesse das ovelhas. Não é uma coisa que ele faz só para se divertir ou passar o tempo”.[2] Que palavras instigantes deste pastor quando afirma que o pastoreio no contexto do aprisco não é para divertimento do pastor ou passa tempo, mas pelo contrário, é para o bem das ovelhas.




A expressão elas ouvem a sua voz é uma das principais características do relacionamento entre o pastor e suas ovelhas. No versículo 3 é dito que as ovelhas ouvem a voz do pastor. O sentido da palavra é de prestar atenção, entender, aprender, pois a voz é conhecida. No versículo 4 é dito que as ovelhas reconhecem a voz. O sentido do termo utilizado é mais íntimo, expressando relacionamento, reconhecimento e respeito. Assim, as ovelhas seguem o seu pastor.

As ovelhas não seguem o condutor cuja voz não seja reconhecida. É importante destacar que a parábola contada por Jesus está cheia de afetividade e relacionamento pautado no respeito, na dignidade, na valorização, na busca pelo bem estar das ovelhas e cuidado extremo para com as que estão doentes. Não se trata de escutar e sim de conhecer a voz pela vivência.

Na parábola Jesus diz aos discípulos que Ele é a porta das ovelhas. O pastor sempre chega junto às suas ovelhas por esta porta que se abre e que não é arrombada pela força, pela arrogância, pelo desprezo, pela intimidação e pelo desamor daqueles que se utilizam da função do pastor. É o pastor de ovelhas que diz o seguinte para explicar esta relação entre o pastor e suas ovelhas: “não há nenhuma tensão nem violência neste relacionamento com o pastor de minha alma”.[3]

O pastor guia as suas ovelhas, cuida de todas elas, vai atrás da que se perdeu, alimenta, protege e as conduz pelos caminhos seguros da vida. O ser pastor exige renúncia, humildade, amor, confiança, perseverança e doação, sem o que não se consegue conduzir as ovelhas.




Se não for segundo a perspectiva do aprisco, a Igreja pode ser identificada pela figura de um curral, lugar onde o gado é reunido para receber o sal, a ração e as marcas dos proprietários. Enquanto a figura do aprisco indica metaforicamente o encontro amoroso do pastor com suas ovelhas, o curral indica o local da “ração” para o gado, ou seja, onde metaforicamente as pessoas ruminam o “sal” ou a “ração” que lhes são oferecidos sem, no entanto, vivenciaram os aspectos que compreendem o aprisco.

O que diferencia a metáfora do aprisco para a do curral, é que nesta o “gado” recebe a ração e depois se dispersa de “cabeça baixa” para as pastagens, enquanto na primeira as ovelhas seguem o pastor pelos campos pulando altivas, como que brincando e “celebrando a vida”. Ou seja, no contexto do curral os membros da igreja são como o gado no curral e não como as ovelhas do aprisco. Isto faz uma grande diferença...



Bispo Josué Adam Lazier
http://josue.lazier.blog.uol.com.br/index.html
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[1] RIENECKER, F. , ROGERS, C. Chave Lingüística do Novo Testamento Grego. São Paulo, SP: Edições Vida Nova, 1985, p. 178.

[2] KELLER, Phillip. Meditações de um leigo sobre o Bom Pastor e suas ovelhas – da perspectiva de um verdadeiro pastor de ovelhas. São Paulo, SP: Editora Vida, 1981, p. 36.

[3] KELLER, Phillip. Meditações de um leigo sobre o Bom Pastor e suas ovelhas – da perspectiva de um verdadeiro pastor de ovelhas. São Paulo, SP: Editora Vida, 1981, p. 58

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O valor da repreensão.

Comente nossos textos, emita sua opinião, compartilhe conosco seu pensamento, fique a vontade, a idéia é essa mesmo. Se você possui alguma dúvida que deseja esclarecer, registre no comentário ou nos mande um e.mail, estamos aqui para ajudar no que for possível.

Em um cenário evangélico, onde o Senhor se tornou (na imaginação de alguns irmãos)escravo dos seus servos, onde a prosperidade (idealizada pelo homem) virou o objeto do culto, onde o determinismo se tornou prática e regra de fé, onde......
É necessário, que alguns homens e mulheres escrevam sobre assuntos que nos façam voltar ao pó, de onde saimos.

Leia com atenção o texo abaixo do pastor Clodaldo,ele é simples, mas contém essência e pode mudar sua vida.

Pr.Paulo C.Nogueira - 07/07/2009.

Clodoaldo Machado-http://blogfiel.com.br/
Uma das difíceis situações para o ser humano suportar é quando ele está sendo repreendido. É muito incômodo ouvir repreensão. Ela fere com veemência o orgulho humano, fazendo com que ele rejeite e evite ser repreendido. A repreensão é algo que verdadeiramente não gostamos.

O que é também verdade é que a repreensão é muito útil em nossas vidas. Ainda que seja uma difícil experiência, ser repreendido é extremamente benéfico para nós. Não é sem motivo que a Bíblia quando fala dela mesma cita a repreensão como uma de suas utilidades. “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça.” (2Tm 3.16)

Por que a repreensão é necessária? Por que Deus nos repreende? Algumas reflexões nos ajudarão a olharmos para a repreensão com outros olhos.

A Bíblia nos compara com a ovelha. Deus escolheu este animal para ilustrar seus servos. O salmo 100 diz que nós somos ovelhas do seu rebanho. Quando pensamos sobre este animal entendemos porque precisamos ser repreendidos. A ovelha é um animal que precisa constantemente ser cuidado. Ela não sabe se cuidar e não tem senso de defesa. A ovelha por ser assim se expõe à perigos sem saber o risco que está correndo. Isto faz com que ela precise ser vigiada e quando sai da área de segurança, seja repreendida. Alguém disse que as ovelhas têm a tendência de se desviar do caminho e não de se manter nele. Quando Deus nos compara às ovelhas entendemos dentre outras coisas que precisamos ser repreendidos.

A Bíblia também fala sobre o pendor da carne. Muitas vezes a Bíblia usa a palavra carne para se referir ao caráter caído do ser humano. Isto significa que a natureza carnal dos servos de Deus também implica que eles sejam repreendidos. Paulo escreveu aos romanos que se alguém está na carne não pode agradar a Deus (Rm 8.8). Ele também se referiu ao pendor da carne como sendo de inimizade contra Deus (Rm 8.7). Somos salvos, mas ainda possuímos a natureza carnal que nos conduz a caminhos que não são os de Deus, por isso precisamos ser repreendidos. Paulo falou a respeito dele mesmo e reconheceu que não havia bem nenhum em sua natureza carnal (Rm 7.18). Nossa natureza carnal requer que sejamos repreendidos para não sermos achados desagradando nosso Salvador.

Há ainda um outro motivo que a Bíblia apresenta sobre a necessidade de sermos repreendidos. Ele se encontra no Salmo 19.11,12. Davi escreveu este salmo falando sobre o valor das Escrituras. Dentre os benefícios apontados por ele está a repreensão que recebemos pela palavra de Deus. Davi disse que pela Palavra de Deus, seu servo é admoestado (v.11). Porém no versículo 12 é que Davi fala algo muito interessante. Davi faz uma pergunta retórica: “Quem há que possa discernir as próprias faltas?” Certamente a resposta para esta pergunta é negativa. Não há ninguém que tenha plena consciência de suas próprias faltas. Nós não temos conhecimento completo sobre o potencial que há em nós para fazermos coisas erradas que desagradam a Deus. Isto nos dá mais uma razão para aceitarmos que a repreensão é valorosa para nós. Quando Deus nos repreende é porque Ele sabe o que somos capazes de fazer. Fazemos coisas que aparentemente não são ruins, e que entendemos, não nos farão mal algum, porém Deus não vê assim. Davi está dizendo que não temos completa consciência sobre nossos erros. Esta é sem dúvida uma forte razão para sermos repreendidos. A repreensão é boa, pois nos ajuda a enxergar os erros que ainda não enxergamos.

Assim devemos lutar contra a tendência que há em nós de rejeitarmos a repreensão. Sem dúvida não é prazeroso ser repreendido, porém devemos entender que ela é muito útil em nossas vidas. Somos repreendidos porque Deus está cuidando e demonstrando Seu amor por nós. Provérbios 3.12 diz: “Porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem”. Portanto não rejeitemos a repreensão, ela tem muito valor em nossas vidas

quinta-feira, 2 de julho de 2009

LANÇAMENTO DE NOSSO LIVRO



Na noite do dia 28 de Junho, tivemos o prazer de retornar a Igreja Metodista em Engenhoca, depois de dois anos para fazer o lançamento de nosso livro "ONDE eu TERMINO E DEUS COMEÇA?

Queremos mais uma vez, registrar o carinho e a gentileza do reverendo Almir Siqueira, com este momento de glorificação ao nome do Senhor Jeus.

Que Deus abençoe ricamente a Metodista, seu pastor e membros, e que a obra nesta Igreja cresça a cada dia.

Aproveito para informar que a nossa segunda noite de lançamento será na cidade de Maricá, na Igreja Metodista Central no dia 12 de julho ás 19:00.

Conto com você que ainda não participou conosco deste lançamento.

Já está também aberta a venda via este blog.Para adquirir o livro basta mandar um e.mail com seu endereço e você receberá seu exemplar em sua casa, a taxa de despesa postal no RJ é de R$ 2,00 e no restante da região sudeste R$ 3,00.

Pr.Paulo Cesar Nogueira - 03/07/2009