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terça-feira, 23 de novembro de 2010

ESPAÇO RELACIONAMENTO - A restauração é possível, bem como evitar o fracasso

Hoje na hora do almoço eu e minha esposa conversamos pelo telefone sobre vários casos de casamentos que estão sendo destruídos, e que de alguma forma, as notícias chegaram ao nosso conhecimento.

Como ministros de casais e família, sabemos que a vida a dois não é fácil e nem simples de ser administrada.

Por conta disso, trouxemos para nossa conversa e meditação a mensagem pregada em nossa igreja no domingo, onde defendemos a tese de que em diversas dessas situações (relacionamento de casais destruídos) e outras, a derrota tem ocorrido pela ausência de sabedoria divina – que já nos foi entregue como flechas em uma aljava no novo nascimento-, por isso, resolvemos pedir a Deus que ele tenha misericórdia do nosso casamento e também dos demais que conhecemos e que não conhecemos.

Lembrar no dia a dia que nascemos de novo e que devemos lidar com o que acontece a nossa volta de forma diferente de antes, faz toda a diferença entre a derrota de um casamento e o seu sucesso.

Esse lidar diferente já está em nós como flechas em uma aljava, basta que em cada situação – boa ou ruim – deixemos nossa interpretação da vida de lado e tiremos da aljava a flecha de sabedoria divina que nos foi entregue como resposta para uma determinada situação.

À tarde, lendo a revista Cristianismo hoje online encontrei uma matéria sobre Gayle Haggard, esposa de Ted Haggard que foi Presidente da poderosa Associação Nacional de Evangélicos dos Estados Unidos, entidade que representa mais de 30 milhões de crentes, e pastor da Igreja New Life, em Colorado Springs, o pregador que levantava sua voz conservadora contra a imoralidade e, principalmente, a homossexualidade.Em 2006 veio a público que Haggard tivera relações sexuais com um garoto de programa e ainda consumira drogas com ele, seu mundo – e o de muita gente que acreditava nele – ruiu. Casado, pai de cinco filhos e considerado pela revista Time como um dos 25 evangélicos mais influentes de seu país, Ted Haggard renunciou a todos os cargos e recolheu-se em seu abismo. Mas ao seu lado ficou sua mulher, Gayle.

Passados cinco anos Gayle está lançando um livro detalhando porque ficou ao lado dele (Porque eu fiquei – As escolhas que fiz na hora mais escura”).

Leia a entrevista abaixo concedida a revista e veja a diferença entre usar as flechas da sabedoria divina que estão na aljava do novo nascimento e lidar com a vida segundo nosso entendimento. Parabéns ao nosso Deus pela graça derramada na vida de Gayle.
Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira


CRISTIANISMO HOJE – O que aconteceu depois que seu marido lhe confessou tudo?

GAYLE HAGGARD – No início, fiquei arrasada. Vi que tudo aquilo em que nós investimos e acreditávamos estava desmoronando. Eu chorava muito. Naquela primeira noite, deitada na cama, pensando no que estava acontecendo conosco, eu só me perguntava: “O que será de mim nesta história toda?”

Por que a senhora não seguiu o conselho de seu próprio marido, que sugeriu o divórcio?

Fiquei ao lado de meu esposo porque ele merece. Claro, fiquei ferida. Senti-me traída, com o coração aos pedaços. Mas era preciso acreditar que, apesar da dor, Ted me amava e nosso relacionamento era real. Achei que ele merecia que eu lutasse ao lado dele; que nosso casamento deveria ser salvo e que nossos filhos precisavam ser honrados.
No livro, a senhora diz que tinha uma boa vida sexual. Por que, então, acha que o pastor Ted tinha atração por pessoas do mesmo sexo?

Ele havia me dito que lutas em seus pensamentos surgiam de tempos em tempos. Eu apenas pensei que era uma tentação; não entendia a força disso em sua vida. Nosso casamento era forte. Houve quem dissesse que ele deveria aceitar que aquilo [a homossexualidade] era de fato a sua identidade. Mas creio que nossas identidades são constituídas por aquilo em que acreditamos e como escolhemos viver nossas vidas.

A senhora fala que teve medo até de que seu marido tivesse contraído doenças sexualmente transmissíveis e as transmitido à senhora. Como foi capaz de perdoá-lo após admitir isso?

Eu tive que lidar com o fato de que Ted estava passando por essa luta e que tinha caído nela. Havia todos os tipos de implicações. Sim, tive medo de que ele tivesse contraído alguma doença e a pudesse passar para mim. Claro que foi terrível lidar com essa situação, foi doloroso saber que ele havia me colocado nela. Perdoá-lo fazia parte de todo o processo. Eu precisava entender o que o tinha levado àquilo. Quando entendi, ficou mais fácil perdoá-lo por todas as dificuldades.

O que sentiu quando vocês foram desligados da igreja?

Fomos cortados por pessoas que não eram representantes do corpo como um todo. Fiquei desapontada, porque eu acreditava muito na igreja. Isso foi tão devastador para mim quanto o colapso em meu casamento. Eu havia investido muito, tanto no casamento quanto em minha igreja. Foi um período duro para mim. Mas Deus, o gentil restaurador, me fez caminhar através de toda essa situação. Eu não perdi a minha paixão pela igreja – mas eu quero que a igreja seja igreja, e pare de negar o poder do Evangelho na vida das pessoas. A Escritura diz que, quando um irmão peca, aqueles que são espirituais devem restaurá-lo. Nós existimos para trazer prazer e cura às pessoas, e não aumentar sua dor com julgamentos.

O que a senhora diz às mulheres que a procuram para aconselhamento?

Eu diria a todas as mulheres que perdoem e amem. Incentivo todas a definir a sua trajetória na direção do perdão. É um processo que deve ser encarado com a cabeça erguida. Eu não posso dizer que outras histórias serão como a minha, porque o Ted decidiu lutar por nosso casamento, após arrepender-se e agarrar-se na sua fé em Deus, e passar por tudo ao meu lado. Nem todos os maridos fazem isso.
Em poucas palavras, por que ficar?

Eu fiquei porque acredito nos ensinamentos de Jesus. Se nós escolhermos o perdão e o amor, nossos relacionamentos podem ser curados. Eu fiquei porque meu marido é digno. Eu não iria deixar que a luta que ele estava passando o desqualificasse ou anulasse os 30 anos de vida que construímos juntos, o lindo casamento que temos, a família e a igreja que construímos. Eu não iria deixar isso negar tudo o que gastamos ou investimos em nossas vidas. Se eu fosse embora, eu seria a negação de tudo isso.

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