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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

ESPAÇO REFLEXÃO - O futura da nossa sexualidade


Eu realmente acredito e defendo - como tenho feito em nossos artigos - o direito de todos  expressarem suas idéias, mesmo que elas sejam bem opostas as minhas - como foi o caso da propaganda ateu nos ônibus.

Esse direito deve  está  balizado por alguns parâmetros fundamentais - que não vamos detalhar já que o assunto deste post é outro-, sendo todos eles revestidos de bom senso e imparcialidade, dentro do que nossa humanidade nos permite – já que não existe pessoa ou situação 100% imparcial.

Mas o direito de se expressar só deve ser considerado completo quando o comunicador ativo, entende que o direito dele, implica também no direito de terceiros em discordar e até mesmo ter uma opinião bem contrária - antítese- a sua tese inicial, dando assim o inicio de um processo dialético.

Por isso, sendo honesto com a minha forma de enxergar a liberdade de expressão, quero comentar uma matéria/entrevista publicada na folha on-line com uma psicanalista sobre o futuro da sexualidade.

A minha principal  discordância dessa profissional - que também é escritora -está na afirmação de que o futuro da nossa sociedade é ser bissexual, polígamo e sem pares, assim pensa ela.

A própria matéria já inicia comentando que ela tem uma visão ímpar a respeito do amor ou casamento. Essa expressão – impar - é utilizada em nossos dias para designar uma coisa muito particular, diferente, oposta da maioria ou sem igual.

Ter uma visão ímpar de alguma coisa não é errado – porque somos livres para pensar -, mas em público essa opinião deve sempre ser rotulada como não científica, principalmente quando for emitida por um profissional que pensa diferente – sobre o assunto em questão – da maioria de sua classe.

A avaliação feita por ela - utilizando as redes sociais como universo – conclui - baseada nas atividades da internet - que há evidencias para afirmar que menos pessoas estão desejando se fechar numa relação a dois e mais gente optando por relações múltiplas, instantâneas e efêmeras.

Bem, acho pouco lógico considerar o interesse de se comunicar com múltiplas pessoas e manter algum tipo de relacionamento com elas – que na maioria das vezes são frágeis e tem que ser pela forma que começam e terminam -, como uma tendência que será importada para o relacionamento conjugal, que se pressupõe ser alguma coisa mais ampla do de namorar e fazer sexo.

Esses dois aspectos –namoro e sexo- fazem parte de um pacote chamado relacionamento conjugal ou casamento, que agrega também conceito de família, proteção mútua, confiança, exclusividade em certos aspectos e filhos.

A entrevista começa com a seguinte perguntaQual as mudanças que a internet trouxe para o sexo?

Resposta: Deu origem a novos comportamentos, como o fato de se poder deletar um parceiro e trocá-lo quando se quiser. Muitos internautas se relacionam com vários ao mesmo tempo, o que acaba com a ideia de que só se ama uma pessoa. No futuro, veremos muitos relacionamentos assim. Menos gente desejará se fechar numa relação a dois e mais pessoas optarão por relações múltiplas, instantâneas, efêmeras.

De novo vejo uma confusão no conceito de relacionamento ou casamento. O comportamento do internauta com outros não pode ser colocado no mesmo nível que uma relação onde duas pessoas se juntam com propósitos comuns. O Brasil é um exemplo disso, apesar da facilidade do divórcio, as pessoas – mesmo as que já se divorciaram mais de uma vez – continuam buscando a parceria com outra no casamento.

Sexo ainda é tabu, com tanta exposição na internet?

Resposta:Ainda. Reparou que todo xingamento tem conotação sexual? Crianças aprendem a associar sexo a algo sujo e perigoso. As mentalidades estão mudando, mas a maioria ainda sofre com desejos, fantasias, medo, culpas.

Há muito – mesmo dentro das escolas- o sexo não é mais associado a uma coisa suja - vide campanha a ser lançada pelo Ministério da Educação contra a homofobia, que no fundo é um estímulo ao homossexualismo infantil. Na mídia secular então ele acabou até de certo ponto sendo banalizado, sendo que dentro das várias religiões – com pequenas exceções que no Brasil não são significativas – o mito do sexo como uma coisa do mal já foi desnudado.É evidentemente que na visão do Evangelho o relacionamento sexual deve ser praticado dentro de certos parâmetros.

Que mudança a internet trouxe para o sexo?

Resposta - Deu origem a novos comportamentos, como o fato de se poder deletar um parceiro e trocá-lo quando se quiser. Muitos internautas se relacionam com vários ao mesmo tempo, o que acaba com a ideia de que só se ama uma pessoa. No futuro, veremos muitos relacionamentos assim. Menos gente desejará se fechar numa relação a dois e mais pessoas optarão por relações múltiplas, instantâneas, efêmeras.

Que algumas pessoas confundem o mundo virtual com o real isso já não é novidade para ninguém. Agora afirmar que essa exceção- fazer essa confusão-, que também pode ser considerada como um desvio de comportamento, vai virar uma tendência das pessoas na vida real, nos seus relacionamentos de casamento e família, é um exagero.

Quanto ao amor, espero que amemos muitos ao mesmo tempo, sendo que individualmente com o sentimento específico para cada tipo de relacionamento, de amigo como amigo, de casal como casal...


Os comentários dos internautas fugiram do esperado?
Respostga: Alguns resultados das perguntas que lancei no site me surpreenderam. Disseram que gostariam de fazer sexo a três 77% dos internautas. Outro resultado que eu não esperava: 75% acreditam que é possível viver feliz sem formar um par amoroso. É o declínio daquela ideia 'preciso ter alguém que me complete'. Outros resultados confirmam o que já vinha observando no consultório: altos índices de infidelidade e de gente que ama duas pessoas ao mesmo tempo.

Quanto ao resultado da pesquisa. Uma pesquisa realizada em um site não é universo amplo para se fazer qualquer avaliação de um assunto como esse, e isso é ponto pacífico para qualquer profissional de mídia ou estatística.

Pelo resultado, que distorce tremendamente o perfil do brasileiro – que apesar de toda liberdade é de certa forma conservador na questão do ato sexual em si -, pode-se concluir que esse público participante pertence a um grupo específico, não representativo de nossa sociedade.

Quanto ao alto índice de infidelidade e pessoas que dizem que amam duas ou dois ao mesmo tempo, é primário e não é de hoje que isso de certa forma está incutido em nossa sociedade, mas independente disso, esse fato nunca alterou a busca de uma relação permanente.

Na rede, o anonimato faz com que as pessoas mintam menos sobre sexo? Ou o oposto?

Resposta: As pessoas são mais sinceras e se expõem mais na internet. Sentem-se protegidas. Ficam com menos censura, podem fugir daquele ambiente quando quiserem. No mundo real, a preocupação com a aceitação social inibe a espontaneidade.

Em parte concordo com o comentário acima, apenas retifico que a "sinceridade" demonstrada na internet nem sempre é verdadeira, até porque,  esse ambiente também permite as pessoas  falarem coisas que elas mesmas nunca pensaram e não desejam fazer.

Sexo virtual substitui o real?

Resposta: Ainda não, mas é uma grande novidade. Ao contrário do que pensam, sexo virtual não é relação com uma máquina. O fato de não haver contato físico não significa que do outro lado não exista uma pessoa que sinta e se emocione. Muitas constroem relações amorosas virtuais e também fazem sexo dessa mesma forma. É apenas um tipo de relação diferente.

Já esta mais do provado que esse tipo de comportamento não é uma alternativa de vida sadia, mas uma fuga da realidade que pode abrir outras portas para outras irrealidades e as pessoas serem surpreendidas vivendo completamente fora do mundo real.

A internet favorece a traição?

Resposta; Esse questionamento da fidelidade já existe há anos. Apesar de todos os ensinamentos recebidos nos estimularem a investir a energia sexual em uma única pessoa, relações extraconjugais são muito comuns. A maioria dos profissionais da minha área justifica isso apontando problemas emocionais, insatisfação na vida a dois, mas não falam o óbvio: relações extraconjugais ocorrem principalmente porque variar é bom.

Como ela mesmo afirma, a destra desse comportamento é que problemas emocionais, insatisfação na vida a dois sejam as raízes desse erro. Ela – com uma postura ímpar – atribui ao prazer de variar.

Olhar a quebra da rotina de uma maneira irresponsável como foi colocada aqui, é uma avaliação no mínimo imatura, diante das perspectivas que a vida nos oferece para variar.

A monogamia vai acabar?

Resposta: O amor não é uma experiência natural, é uma construção social. O amor romântico --com a idealização do outro e aquela ideia de que os dois se transformam em um-- está saindo de cena. A busca da individualidade faz o amor romântico perder seus atrativos e leva junto a exigência de exclusividade.

Usando sua própria avaliação- que o amor é uma construção social- fica evidente que o individualismo pós-moderno terá que se apoiar em um pilar social sólido o suficiente para que ele sobreviva com satisfação, e é através do "amor romântico" que ele encontrará o dosador necessário para sua existência.

Você diz que a bissexualidade será o futuro. Por quê?

Resposta: Porque a tendência é que as pessoas busquem o todo de suas personalidades. Ao longo da história, sempre foi muito bem definido o que é feminino e masculino.Para corresponder a isso, cada um tem que rejeitar em si aspectos que são considerados do outro sexo. Homens devem ser fortes, corajosos, agressivos, mulheres devem ser dóceis, emotivas e delicadas. É evidente que homens e mulheres têm todos esses aspectos.Há uma tendência agora a se desejar ser o todo, a integrar os aspectos considerados masculinos e femininos da personalidade. Daqui a algum tempo, é possível que a escolha do objeto de amor não seja feita segundo o sexo, mas segundo a compatibilidade psíquica.

Ter uma definição clara do gênero masculino e feminino nunca foi um problema e nunca será, ou melhor, é a excelência da vida, já que a eles -ao masculino e ao feminino- de forma combinada foi dada a incumbência – e não podemos esquecer isso- da procriação que mantém a vida existindo.

Quanto à rejeição masculina de aspectos femininos em si e vice versa, isso – pelo menos segundo as várias pesquisas do comportamento do homem moderno – já mudou há muito, principalmente nos homens, que hoje convivem bem com o seu lado mais sentimental, sendo pessoas dóceis, emotivos e até mesmo de caráter delicado, sem que exista nisso qualquer tipo de homossexualidade.

Sexo enjoa? A grande exposição ao sexo não o banaliza?

Sexo enjoa tanto quanto beber água. Sexo é aprendizado, e quanto mais livre formos, mais aprenderemos. Quanto mais se puder intensificar o prazer, a descoberta, melhor. Se você não fizer sexo com uma pessoa, você fará sozinho no banheiro. Sexo é banal por natureza, é vulgar, é comum e tem que ser assim: todo mundo faz. E quem não faz gostaria de fazer.

O sexo realmente não enjoa, mas sua busca desordenada pode trazer uma contínua e crescente necessidade de exposição pornográfica que pode não ter fim. Dessa forma, quem envereda por esses caminhos nunca alcança satisfação, que no fundo não tem haver com quantidade ou variações, mas com o sentimento que envolve duas pessoas no ato sexual. Estamos falando do tal amor romântico, que segundo a entrevistada, está acabando.

E o que explica essa onda de repressão a homossexuais?

Em muitos casos, os homens mais homofóbicos atacam porque temem perceber neles aspectos considerados não masculinos. É como se quisessem socar, matar uma parte deles que está inconsciente. Um heterossexual tranquilo quanto a sua sexualidade vai agredir gay a troco de quê? Outro problema é o gay homofóbico. Ele é o algoz de si mesmo, porque introjeta toda a discriminação da sociedade. A homofobia é muito séria, deve ser combatida e criminalizada.

As agressões a homossexuais podem em certos casos ser sim uma identificação de aspectos não masculinos em uma pessoa, mas não é regra nessa situação - por mais que alguns grupos procurem passar essa visão.

Na maioria dos casos, quem ataca o gay fisicamente agride também o mendigo na rua, violenta a menina pobre, bate em indivíduos que sozinhos na esquina. Eles são pessoas mal formadas socialmente e emocionalmente.

Quanto a questão do combate, ele deve ser feita de todas as maneiras, como também deve ser feita nos outros casos que atingem outros grupos sociais.

Quanto ao aspecto criminal, a própria constituição já estipulou o que deve ser feito em casos de agressões. Agora o que não pode acontecer, é se confundir liberdade de opinião – ou seja eu pensar diferente do homossexual sobre a homossexualidade- com agressão e utilizar isso como base para criminalização.

Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira

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