Ontem- no culto noturno- obtivemos uma grande vitória como igreja. Diferente do ano passado os membros – quase na sua totalidade - decidiram passar a virada de ano em comunhão uns com os outros e com o Senhor, através de um culto coletivo.
Para muitas igrejas isso pode ser uma coisa muito normal, mas para nós é mais um sinal de que Deus está sarando nossa casa e criando uma unidade no corpo, fundamentada não na tradição e nem na decisão da liderança, mas na convicção dos membros de que a igreja ( no sentido de estar congregados) é a melhor opção em Cristo numa época como essa.
A honra certamente é de Deus, mas a glória está baseada no fato de que a escolha foi realizada pela igreja, tendo ela toda liberdade para decidir o contrário, e não numa decisão isolada e ritualista.
Como não poderia ser diferente, esse processo teve início numa busca diferente pelas Escrituras, quando em meados deste ano, em oração, Deus nos orientou a suspender todas as atividades da igreja , mantendo apenas os cultos e a EBD por quarenta dias.
Durante esse período só ministramos sobre o Evangelho de São Marcos. A seqüência das mensagens expositivas nesse período fez uma mudança muito grande na igreja – a começar por mim como pastor -, nos levando a entender que o mais importante é deixar os periféricos de lado – mesmo que para nossa humanidade eles pareçam muito atrativos – e nos concentrar no que de fato são as Boas Novas de Deus.
Como nos esclarece John Stott em seu livro “A Missão Cristã” – que nesse assunto confessa que foi influenciado pelo discurso de C.H. Dodd fez no King´s College de Londres em 1939 -, todos os livros bíblicos podem ser chamados de Boas Novas de Deus em toda a sua surpreendente relevância, mas se a pergunta for objetiva no sentido do que é as boas novas de Deus, não temos outra resposta a não ser a declaração dos apóstolos e a confissão de toda a Bíblia: As Boas Novas de Deus é Jesus.
Esses quarenta dias de meditação no Evangelho de São Marcos têm nos ensinado a viver Jesus, sendo fiel à essência de sua Palavra. A partir deste período, temos nos esforçado para que a Palavra – na sua totalidade – se faça vida dentro de nós. Com isso – valorizando obedecer em tudo as Escrituras-, percebemos que o amor de Deus está sendo derramado sobre nós de uma forma especial. E isso está sendo manifesto da melhor maneira, na forma que tratamos uns aos outros e também ao Corpo.
Meu amado visitante existe sim uma saída para que as igrejas se tornem verdadeiramente uma parte do Reino e é através da obediência as Escrituras, que hoje tem sido além de banalizada, também deixadas de lado em nosso meio.
Estou feliz – em primeiro lugar por mim mesmo – de ver nossa igreja atenta para o que muitos chamam "pequenos detalhes" da Palavra - como se isso existisse na Palavra de Deus-, que para nós são partes do Cristo que morreu por nós.
Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira
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