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segunda-feira, 19 de julho de 2010
O três é o que diz o rabino , o sete atitude de fariseu, mas o 490 é a resposta que Jesus deseja de nós.
Mateus 18.21 e 22.
Apesar do texto falar especificamente sobre perdão, a mensagem, ou seja, o recado de Jesus para Pedro, para os discípulos e para todo cristão vai além da questão do perdão em si.
Para entendermos a fala de Jesus e também a de Pedro, é necessário ter nas mãos algumas informações que nos remetem a tradição dos rabinos. Rabinos são mestres que tinham e tem a responsabilidade e autoridade pelo ensino e aplicação deles junto aos judeus, orientando esses de forma a entender a Lei e também traduzir isso para o dia a dia de cada um.
Naquela época os rabinos ensinavam que era necessário perdoar até 3 vezes o seu próximo. Sabedor desta orientação Pedro decidi lograr uma boa imagem diante de Jesus, ou seja, no popular, fazer uma média com o Mestre. Para isso, faz uma pergunta sobre perdão adicionando ao final da sua frase uma resposta (sete vezes), que vai além da orientação dos mestres judeus, acreditando que Jesus o viria como alguém muito generoso.
“Então, Pedro, aproximando-se perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?”
Como Deus, Jesus sabia o que se passava no coração de Pedro e usa essa situação para trabalhar na estrutura de seu entendimento, negando o seu pequeno raciocínio (que perdoar um pouco mais que o dobro do que manda a tradição judaica, seria um sinal de generosidade externa ou da certeza da aprovação de Deus ao seu comportamento).
A resposta de Jesus a Pedro logo a seguir, vem como um tiro certeiro em seus conceitos , que no fundo estava agindo como um fariseu, fazendo somente mudanças externas, esquecendo que o que importa para Deus em primeiro lugar é a mudança do coração, ou seja, do centro de entendimento do ser humano, que é a forma de pensar e viver a vida.
Quando Jesus o orienta Pedro a perdoar setenta vezes sete ( na matemática pode ser traduzido pela operação de multiplicar com resultado igual a 490), Ele não está estabelecendo nenhum nível aceitável de vezes, mas simplesmente revelando a Pedro e a todos nós, que nosso padrão de entendimento da vontade de Deus, está muito abaixo do que Ele espera de nós.
Na verdade a Igreja contemporânea, como Pedro, pensa que em muitas situações já está sendo generosa demais com o Reino de Deus, no fundo acreditamos que já:
Estamos orando o suficiente.
Lendo a Palavra demais.
Prestando cultos coletivos em demasia.
Sendo muito santificados.
Perdoando mais do que deveríamos.
Abençoando a igreja de maneira excessiva.
Trabalhando demais para Deus.
E Outras cositas mais.
Contrário a nossa pequena visão, Jesus fala com sua Igreja que está nos visitando neste momento, usando a resposta dada a Pedro nas entrelinhas:
“Meu padrão está muito além das 3 ou 7 vezes que vocês têm me oferecido”.
A igreja de Cristo precisa alcançar o que Pedro alcançou depois do dia Pentecoste:
O 3 é coisa da tradição.
O 7 é atitude de fariseu.
Caminhar em direção a quantidade de vezes 490 é que é fazer a vontade de Deus.
Além do que, é no caminho do número 490 que o sobrenatural de Deus acontece.
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