No encontro da sociedade de homens e mulheres de nossa igreja nesse sábado, dia 18 Dez 2010 – diga-se de passagem, um belo encontro de comunhão -, fiquei encarregado de trazer uma mensagem para nossa reflexão.
É sempre um privilégio falar das Boas Novas, mas nem sempre é fácil discernir a vontade de Deus em relação ao assunto a ser abordado diante de um grupo.
Orando, entendi que Deus desejava que o grupo meditasse sobre a nossa forma de viver, baseada em 1 Pe 1.23 e 24.
Nesses versículos, Jesus descreve a carne humana – o corpo físico que nos mantém vivo e a nossa própria existência – como a erva e toda sua glória como a flor da erva; seca-se a erva e cai a sua flor.
A ênfase nesse texto foi dada por Jesus para o fato de que tudo é muito frágil e breve nessa vida, diferente do que é no plano espiritual, onde o corpo e a respectiva gloria serão eternos, bem diferente do que acontece nesse plano terreno.
No tempo da encarnação do Deus - Homem, o entendimento dessa mensagem deve ter ficado um pouco obscura, tendo em vista a visão dos judeus sobre a glória terrestre do Reino do Messias, mas em nossos dias não, a Boa Nova de Deus, que é Jesus, nos revelou de forma clara em todo Novo Testamento essa verdade eterna.
Mas independente disso- de maneira desproporcional – damos muito mais ênfase as coisas dessa vida do que as eternas. Em parte esse equívoco explica tanta confusão que existe em nossos arraiais, porque acabamos trocando valores eternos pelos finitos, perdendo à visão que nos foi outorgada pelo próprio Jesus sobre a vida e como devemos viver.
Na minha exposição tentei deixar claro que esse legado – esse entendimento que o NT nos propicia a respeito da vida- não pode ser encarado somente como uma informação, mas deve ser levado em consideração na nossa forma de encarar a vida, dando ao Reino a atenção devida nesta vida.
Como expliquei aos irmãos e irmãs, com essa “doutrina” Jesus não está dando o famoso grito do “larga tudo” – casa, família, emprego ...-, que muitos pastores apregoam usando o nome do Senhor, mas nos despertando para a brevidade e fragilidade dessa vida, que deve ser encarada dessa forma, o que permite aos cristãos participarem verdadeiramente do Reino, contribuindo de forma real para que ele seja edificado.
Encerrei a mensagem dizendo que colocar esse entendimento em prática não é muito fácil, mas mesmo assim é fundamental que essa decisão seja tomada por cada um de nós, que nos intitulamos filhos do dono do Reino.
Amemos nossas famílias, nos dediquemos às nossas atividades seculares, que tenhamos abundância material, mas tudo isso mediado pela visão da eternidade do Reino e não na brevidade e fragilidade dessa vida.
Ao final convidei os irmãos a se arrependerem do tipo de vida que estão levando – focados nessa vida -, encarando a verdade, que Deus espera de nós um viver muito diferente do que estamos levando.
Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira
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