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O escritor Paulo Coelho foi informado por seu editor no Irã, Arash Hejazi, que a publicação de seus livros foi proibida no país persa pelo Ministério da Cultura e das Diretrizes Islâmicas, de acordo com informações publicadas no blog do autor. Paulo Coelho disse contar com o governo brasileiro para resolver o caso, o que considerou como "um mal-entendido".
Ou o Paulo Coelho está sendo político – crendo que a censura teve origem política – ou ele está voando na abobrinha – como se expressam os jovens na igreja.
A proibição as obras do Paulo, não deve está baseada na questão política pela ajuda que prestou ao escritor Hejazi para deixar o Irã logo depois das ultimas eleições, mas simplesmente no fato de que o contexto de suas obras não validam especificamente o que diz o Islã, abrindo assim espaço na mente da pessoas para o entendimento que existe outras cosmovisões. E é exatamente isso que o Irã – como outros países islâmicos – está tentando bloquear em sua sociedade. O problema não está no fato do Paulo falar alguma coisa contra o Islã, mas de sua visão não apoiar a crença mulçumana como única.
A proibição as obras do Paulo, não deve está baseada na questão política pela ajuda que prestou ao escritor Hejazi para deixar o Irã logo depois das ultimas eleições, mas simplesmente no fato de que o contexto de suas obras não validam especificamente o que diz o Islã, abrindo assim espaço na mente da pessoas para o entendimento que existe outras cosmovisões. E é exatamente isso que o Irã – como outros países islâmicos – está tentando bloquear em sua sociedade. O problema não está no fato do Paulo falar alguma coisa contra o Islã, mas de sua visão não apoiar a crença mulçumana como única.
"Espero que o Itamaraty e a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, não se omitam em relação a essa medida arbitrária pois, caso contrário, estarão assinando embaixo", disse o escritor. "Não sei se a decisão passou pela cúpula do governo iraniano, ou seja, se foi apenas uma medida do Ministério da Cultura." A ministra Ana de Hollanda lamentou a decisão do Irã e disse que vai conversar com o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, para decidir como o Brasil poderá se manifestar contra a censura.
Como aconteceu no caso da Sakineh Mohammadi – onde o Lula foi chamado de ingênuo pelo chanceler irainiano-, a política interna do Irã não se permite ser influenciada em sua decisões unilaterais de preservação da sua cultura religiosa.E o Paulo Coelho sem perceber – ou não-, entrou dentro desse pacote.
“Vou conversar agora com o ministro Patriota, para entender como o Ministério das Relações Exteriores está vendo isso e provavelmente eles vão se manifestar. Essa manifestação do governo brasileiro cabe ao Ministério das Relações Exteriores. Pela cultura, só posso dizer que a censura é sempre lamentável”, disse a ministra, em visita ao Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.
De qualquer formar, talvez esse episódio seja o primeiro teste da nossa diplomacia na geração Dilma. Vamos acompanhar a posição do Itamaraty e prestar atenção a sua conduta.
Os motivos para a censura não foram explicitados. Coelho conta que jamais, em seus livros, fez alguma ofensa ao islamismo. "Minha obra é publicada no Irã desde 1998, já vendeu milhares de exemplares e, em 2000, eu estive naquele país, sendo esperado por aproximadamente cinco mil pessoas no aeroporto", afirmou. Ele suspeita de um fator que pode ter sido a origem da censura. "Em 2009, eu ajudei Hejazi a deixar o Irã logo depois das eleições", disse. "O mais surreal é que até as edições piratas estão vetadas. Não sei como vão controlar isso."
Como já falamos acima, se o veto tivesse origem política ele já estava em vigor a muito tempo.Nesse tipo de assunto eles não perdem tempo. Quanto ao comentário do Paulo sobre as edições piratas, devemos lembrar que eles possuem uma arma que exerce muita pressão sobre o público de uma forma geral, eles se valem do medo das práticas repressivas, como aconteceu nas ultimas eleições para presidente.
O aviso do editor iraniano chegou por e-mail ao autor. Na mensagem, Hejazi diz que foi "informado pelo Ministério que todos os livros foram proibidos, inclusive as versões não autorizadas publicadas por outras editoras" e que "todos os livros que têm o nome Paulo Coelho não estão mais autorizados a serem publicados no Irã". O escritor estima ter vendido mais de seis milhões de livros na República Islâmica. O editor iraniano sugeriu a disponibilização da obra na internet para download – e o brasileiro aceitou.
O download ainda é uma saída para a divulgação do trabalho do escritor – até porque foi na internet que a resistência criada durante as eleições se abrigou -, mas se a origem do veto for realmente a cultura religiosa, eles não vão parar diante da saída encontrada pelo autor e seu editor.
Em 2005, o governo iraniano já havia banido o livro O Zahir. Os exemplares da obra de Coelho foram levados por agentes do governo da Feira do Livro de Teerã. Na época, Hejazi disse que "o Ministério da Cultura estava extremamente preocupado com o aumento da popularidade de Paulo Coelho". O Código Da Vinci, de Dan Brown, e Memória de Minhas Putas Tristes, de Gabriel García Márquez, também estão na lista de livros proibidos pelo Ministério da Cultura iraniano.
Independente da minha opinião particular sobre os autores citados no parágrafo acima – isso inclui o Paulo Coelho-, eles são pessoas que de certa forma influenciam outros a olharem o mundo de forma diferente – principalmente no caso do mundo islâmico. E é ai que para governo reside o perigo, o povo não pode pensar diferente do que eles determinan.
Paulo Coelho faz sucesso no exterior e tem pelo menos 300 milhões de livros vendidos em mais de 150 países. Ele foi o primeiro escritor não muçulmano a visitar o Irã após a Revolução Islâmica de 1979, de acordo com o site da Academia Brasileira de Letras (ABL), onde ocupa a cadeira 21.
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