O porta voz do governa americano declarou e Obama ratificou junto a Murabak: "que quem vai definir o destino do Egito, são os egípcios.
Que Murabak no mínimo não é um democrata todo mundo sabe, que o Egito precisa de mudanças - como a maioria dos países árabes - também é de conhecimento da comunidade internacional, mas a grande dúvida é o que virá depois dele?
O Egito, bem como os egípcios têm que usar esse momento histórico para mudar desse ponto para um cenário melhor, com uma sociedade que preze a liberdade e o direitos em todos em todos os sentidos e não permitir um retrocesso na sua política, como acontecerá, caso a "Irmandade Mulçumana" assuma a liderança no país.
Nas mãos de quem cairá o Egito?
Particularmente espero que na do Senhor, pois Ele garante até o direito das pessoas não acreditarem Nele.
Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira
Matéria do Reinaldo Azevedo blog da Veja: Conheca um pouco mais sobre a Irmandade Mulçumana:Quem, no Brasil, explicou melhor o papel da Irmandade Muçulmana foi Ali Kamel no excelente livro “Sobre o Islã”. Reproduzo um trecho da resenha que publiquei sobre o livro neste blog (íntegra aqui) no dia 20 de agosto de 2007. Leiam. É importante para entender a questão egípcia. Volto depois:
O autor nos apresenta, então, a Irmandade Muçulmana, criada pelo egípcio Hassan al-Banna, um filho de relojoeiro (…). Ele não pronunciou a frase, mas é como se a tivesse dito. Seu lema bem poderia ser: “Muçulmanos de todo o mundo, uni-vos”. Para ele, a divisão do Islã em nações era essencialmente antiislâmica. Todas deveriam estar unidas sob um só califa. Ganhou as massas no Egito. Ele tinha uma idéia clara sobre o Ocidente: “Todos os prazeres trazidos pela civilização contemporânea não resultarão em nada senão em dor. Uma dor que vai superar seus atrativos e remover a sua doçura. Portanto, evite os aspectos mundanos desse povo; não deixe que eles tenham poder sobre você e o enganem“. Em 1945, a Irmandade adere à violência e ao terror. Tinha 500 mil militantes e o dobro de simpatizantes. Criava escolas, hospitais, fábricas…
É Al-Banna quem muda o sentido da palavra “Jihad” - esforço. A “Jihad Maior”, originalmente, é o esforço interno que faz o crente para não fugir dos princípios da religião. A “Menor” é a luta DEFENSIVA contra o infiel. Não para ele, que passa a encará-la como uma luta pela restauração do que considera a verdadeira religião, recorrendo, sim, à violência também contra um governo islâmico se necessário. O lema da Irmandade, desde sempre, foi este: “Preparem-se para a Jihad e sejam amantes da morte”.
Al-Banna foi assassinado pelos agentes secretos do governo egípcio e foi substituído, no comando, pelo “Lênin” da turma: Sayyd Qutb. Era formado em educação e foi enviado pelo governo egípcio para conhecer os EUA: Nova York, Washington, Colorado e Califórnia. Ele odiou tudo o que viu e só enxergou decadência - até o hábito de aparar a grama lhe parecia prova cabal de futilidade. Se Al-Banna aceitava a violência para o propósito de unir os muçulmanos num só califado, seu sucessor foi mais longe: era preciso converter também, e pelos mesmos métodos, o mundo não-islâmico.
Sayyd Qutb é autor de passagens perturbadoras, embora, vejam só, uma delas pudesse, mutatis mutandis, ser escrita por Marilena Chaui. Vamos ver: “O Islã não obriga ninguém a aceitar sua fé, mas pretende oferecer um ambiente de liberdade no qual todos possam escolher suas próprias crenças. O que pretende é abolir os sistemas políticos opressores sob os quais as pessoas não têm o direito de expressar sua liberdade de escolher em que acreditar, dando-lhes assim plena liberdade para decidir se querem ou não aceitar os princípios do Islã.” Sem tirar nem pôr, é o que pensa um esquerdista do miolo mole. O socialismo, como o Islã (esse de Qutb), é a plena liberdade. E só não vê quem está submetido a alguma forma de opressão que o leva a ter uma falsa consciência, ditada pela ideologia burguesa. Combatida essa ideologia - que vem a ser o “Mal” -, então a pessoa é livre pode escolher: para os esquerdistas, ela escolhe o socialismo; para Qutb, o “seu” Islã. E se não escolhe? Então é porque ainda não está livre. Vejam só. Kamel está mesmo certo: o terrorismo islâmico é um totalitarismo - a exemplo do nazismo e do socialismo.
No livro, Kamel explica como esse ambiente da Irmandade Muçulmana acabou resultando na Al-Qaeda de Osama Bin Laden, não sem o concurso, evidentemente, de fatos históricos, digamos, facilitadores para a emergência do moderno terrorismo islâmico, como a invasão do Afeganistão pela União Soviética, o apoio dado pelo Ocidente à resistência - organizada por extremistas - , o sectarismo religioso da Arábia Saudita e a primeira guerra do Iraque, que vai opor Bin Laden ao governo saudita…
Nenhum comentário:
Postar um comentário