No outro dia um irmão meio - só meio- engraçadinho me perguntou se eu havia me convertido ao catolicismo, simplesmente pelo elegio que fiz a Bento XVI numa matéria onde citei sua preocupação com a Igreja perseguida.
Independente do comentário do meu irmão, mais uma vez vou trazer Bento XVI como exemplo nesse assunto, particularmente gostaria de falar sobre outra pessoa de nossos arraiais, mas a maioria está preocupada com outros assuntos.
Enquanto no Brasil lideranças evangélicas – que se consideram os verdadeiros cristãos - chamam de idiotas pastores que não pregam a teologia da prosperidade, o papa Bento XVI – considerado por muitos evangélicos um herege – se preocupa em defender a sobrevivência da religião cristã e de seus confessores nos chamados confins da terra – o mundo árabe/islâmico e países comunistas. Essa inversão de valores chega a ser algo engraçado no caso do Papa, mas vergonhoso no nosso.
A exposição feita por Bento XVI na matéria abaixo não é o primeiro e nem o segundo pronunciamento sobre a situação dos cristãos fora do ocidente. Ele tem estado atento para a onda crescente de violência contra tudo que não é o Islã e nem comunismo nessas regiões, que faz com que outras religiões – inclusive a cristianismo – se tornem objeto de perseguição e extermínio amparados por lei.
Particularmente não tenho visto na igreja brasileira nenhuma reação a esse movimento que cresce a cada dia nessa parte do mundo, talvez seja porque aqui, nosso negócio é cuidar da prosperidade da gente.
Que o Senhor tome conta da sua Igreja perseguida e cure aquela que cresce doente nessa nação.
Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira
Papa pede que governos protejam cristãos da violência
Bento XVI cita Paquistão e solicita fim da lei da blasfêmia no país asiático
Bento XVI disse que os cristãos são membros originais da sociedade e merecem viver em segurança (Christophe Simon / AFP)
O papa Bento XVI pediu nesta segunda-feira que todos os governos façam mais pelos cristãos para que eles possam praticar sua fé sem medo. O pontífice divulgou um de seus apelos mais diretos sobre a liberdade de religião, em um discurso para embaixadores sediados no Vaticano. Segundo ele, é fundamental proteger os direitos humanos na lei e na prática.
A autoridade religiosa frequentemente denuncia a onda de ataques contra cristãos no Oriente Médio. Ele advertiu que a intolerância religiosa ameaça a segurança mundial e citou também uma onda de injustiças contra fiéis na China e na Nigéria, pressionando os governos a agir.
O papa pediu o fim das leis de blasfêmia do Paquistão, que preveem a pena de morte para quem insultar o Islã, e lembrou o caso do recente ataque que matou o governador do Punjab, um político contrário à lei.
Foram citados os recentes ataques contra cristãos presentes em missas no Egito e no Iraque, onde a violência levou alguns fiéis a deixar suas casas em busca de segurança. Ele disse que os cristãos são membros originais da sociedade e merecem viver em segurança, com seus direitos civis garantidos.
Bento XVI pediu aos governos da Península Arábica que deixem os cristãos terem igrejas. Na Arábia Saudita, os cristãos podem apenas rezar em suas casas. Citou ainda a China, dizendo que o estado não pode ter o "monopólio" da fé - o governo de Pequim controla as igrejas católicas no país, o que causa tensões com o Vaticano.
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