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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

ESPAÇO RELACIONAMENTO - Os filhos de um (a) adúltero (a) e a semelhança com Hiroshima e Nagasaki

Estamos sentindo falta dos comentários dos nossos visitantes aos textos e também de sua adesão ao nosso grupo de seguidores no blog, twitter e facebook. Desejamos interagir mais com o leitor. Este blog é um espaço onde você não precisa ter medo de se expressar, nós somos uma família em Cristo.
 
Amado leitores, este é o terceiro artigo de uma série de doze postagem sobre o assunto "adultério e suas consequência nas relações familiares". Se você tiver disponibilidade para ler os artigos anteriores seria muito interessante, já que eles estão organizados em forma de sequência. Espero que gostem, eles estão sendo postados pela segunda vez atendendo a pedidos de alguns leitores.

Antes de entrarmos propriamente no assunto reservado para o texto de hoje, que faz parte da série “o adultério e suas conseqüências nas relações familiares”,preciso responder uma pergunta feita por um dos nossos leitores assim que iniciei essa nova coluna.A pergunta foi elaborada, imagino, por alguém cheio de vigor e com um senso de justiça aguçado, saindo do seu teclado mais ou menos desta maneira: “Pastor Paulo, porque o senhor está perdendo tempo falando de adultério, se nesse momento o que importa é barrar a PL-122 e o kit gay?”

Antes de responder a pergunta do nosso jovem irmão, registro aos nossos leitores que prefiro esse tipo de reação, mesmo que muitas vezes equivocada, do que a de outros jovens que estão completamente passivos diante da realidade da nossa sociedade e da igreja brasileira, que estão vivendo por sinal, momentos delicados e precisando muito da força e atuação dos jovens que conhecem o Eterno. As redes sociais, como o Facebook, tornaram-se um bom exemplo deste tipo de alienação, já que a maioria do que é postado, não passa de besteira, não acrescentando (espiritual, intelectual e cultural) em nada a vida de ninguém. De certa forma aplaudo esse jovem por sua fidelidade e empenho a esta grande causa do Reino de Deus, que é lutar pelo direito de ter liberdade de expressar nossa opinião contra tudo que é contrário a Deus e sua Palavra.

Respondendo ao nosso jovem, esclareço que independente do blog está centralizado neste momento na coluna em questão, estamos atuando de outras formas conscientizando, principalmente os jovens, pastores e irmãos a se engajarem neste movimento, até porque, estamos diante de uma batalha, não contra os homossexuais aos quais amamos, mas contra toda atuação maligna e militante que deseja implantar no Brasil uma nação com valores distorcidos.
Com a dúvida do nosso jovem esclarecida, podemos agora nos dedicar a questão central da matéria de hoje, que é o impacto causado nos filhos diante de um processo de adultério. Nas matérias anteriores ressaltamos que o traidor e a pessoa traída sofrem, de forma diferente, impactos em suas personalidades mediante a prática do adultério. Com os filhos o estrago não é muito diferente, sendo que as marcas provocadas pela crise se registram neles de forma mais profunda, atuando com mais força sobre o caráter futuro. As mudanças de comportamento no presente são apenas a ponta de um "grande iceberg" que aos poucos poderá vir à tona. Evidentemente que tudo isso pode ser amenizado com uma participação honesta dos pais, dedicação pastoral e até mesmo com ajuda de um profissional, caso seja necessário. O difícil nesta cena é que neste momento, nenhum dos pais está em condição de ajudar, mas precisando de ajuda. Quanto ao pastor, em muitos casos falta sensibilidade e tempo (já que tempo é elemento raro na vida pastoral de hoje) para perceber que certo jovem está precisando de uma atenção mais intensiva.
Existem algumas adversidades que ao se apresentarem acabam unindo muito mais uma família. A enfermidade de um membro por exemplo, pode despertar dentro do ceio familiar carinho, cuidado e até mesmo a valorização de uma comunhão maior entre eles. A mudança de padrão de vida é outro bom exemplo. No início tudo fica muito difícil, já que todos têm que viver com muito menos do que se vivia, mas ao longo do tempo, as coisas vão se ajustando e esse processo acaba resultando em crescimento para todos os envolvidos e também para a unidade familiar.Eu poderia continuar trazendo outras situações onde apesar da aparente dificuldade inicial, o desenrolar da história revela que o "x" do problema se torna "A vaquinha jogada no precipício pelo monge e seu discípulo (se você não conhece a história/estória busque na internet)".


Mas quando a crise é provocada pelo adultério, o final tende a ser infrutífero para todos, inclusive para os filhos. Quando um casal tem uma crise ou até concretiza uma separação por outros motivos, que não seja o adultério, na maioria das vezes o desdobramento do processo é acompanhado de perto pelos filhos, que internamente são, mais ou menos, preparandos para o momento da divisão da família. Aos poucos tomam consciência que não existe um culpado nesses casos, que a coisa não é intencional da parte de nenhum dos seus pais, eles no fundo não querem a separação de verdade, mas ela acontece como resultado da vida conturbada (evidentemente sem a presença de Deus, já que Ele faz diferença também em nossas relações). Neste caso, independente da dor da dissolução de uma união, os filhos têm a seu favor um processo interno de amadurecimento que de certa forma os protege de um trauma ou bloqueio maior. Essa maturidade em nossos dias, “quase” que independe da idade – dentro de certos limites é claro, já que o processo de percepção de vida das crianças têm se expandido de tal forma, que muitas vezes, elas nos confundem com suas conclusões tão maduras.

Mas como falamos acima, quando acontece um adultério ninguém está preparado, principalmente os filhos. A sensação para eles é que aconteceu algo inesperado, uma morte súbita que não era esperada por ninguém. O adultério, mais ainda quando ocorre por parte da mãe, tem sobre os filhos um impacto (espiritual, emocional, físico e psicológico) semelhante ao de uma bomba atômica, como aquelas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. Nessas cidades as conseqüências do lançamento das bombas atômicas foram devastadoras. Ainda hoje, mais de cinqüenta anos, ainda se sente os efeitos da radiação a que as pessoas foram expostas naquela época, pois os efeitos passaram de geração em geração através dos “caracteres hereditários”. Guardadas as devidas proporções, já que vamos usar do paralelismo (correspondência entre duas idéias ou opinião) para trazer mais luz a seriedade do tema, faremos alguns apontamentos entre estes dois eventos (adultério e as bombas lançadas nas duas cidades japonesas), que com certeza podem ser rotulados como catástrofes.

Na vida dos filhos, diante da crise de adultério, a conseqüência também é devastadora, a exemplo da bomba atômica, porque mata na maioria das vezes tudo de bom e que tem vida na existência deles. O interior dos filhos de um adúltero (a) tende a ficar como uma região devastada pela radiação, onde nada vive e nada fica de pé verdadeiramente.
Independente do passar do tempo, o registro permanece dentro dos filhos influenciando todo seu “eu”. A desconfiança no próximo, a dificuldade de se entregar numa relação e até mesmo uma rejeição a sua identidade com o seu gênero original, podem se manifestar nesses casos. O tempo não anula a radiação de um adultério na vida dos filhos, só Deus tem o poder de fazer essa “descontaminação”.

Além de suas experiências serem deformadas por essa ação “radioativa do adultério”, como os sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki, eles vão continuar a propagar esse efeito sobre os seus filhos, tendo em vista que nos seus caracteres hereditários espirituais e emocionais existem marcas desse triste acontecimento que não foram curadas. Só Jesus pode purificar esses caracteres e impedir essa continuidade.
Caro leitor, pense com carinho sobre tudo que falamos aqui. Se nada disso aconteceu na sua vida, fortaleça-se em Deus e no entendimento de sua Palavra para que nunca aconteça, não confie exclusivamente em você para se livrar desta armadilha do inferno chamada adultério. Caso você já seja uma vítima desta realidade, seja você o traidor, traído ou um filho deles, em Cristo sempre existe um antídoto para todo mau. Ele está de braços abertos para receber você e a sua família. Detalhe, não precisa nem marcara hora, Ele sempre está pronto para te receber.

Em Cristo

Pr.Paulo Cesar Nogueira
Ministério Religare

Minreligare.blogspot.com

pauloflecha1000@hotmail.com
Facebook Paulo E Flávia Nogueira


2 comentários:

  1. Pr Paulo
    Com certeza, uma separação é traumática para uma família, e deixa sequelas permanentes.
    Ponto que me chamou a atenção: a falta de tempo que assola a vida de grande parte dos pastores hoje, e que acaba colaborando nessa tragédia que é o adultério.
    Parabéns pelo artigo.
    Abraço.
    Pr Fernando Marin

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  2. Gostei muito, olhando em um site de busca encontrei e admirrei Parabéns!
    http://kamosi-kamosi.blogspot.com/

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