Estamos abertos a convites para:

CONVITES SÃO ACEITOS INDEPENDENTE DO TAMANHO DE SUA IGREJA E LOCALIDADE DELA, SEJA NO BRASIL OU NO EXTERIOR. FALE CONOSCO ATRAVÉS DO E.MAIL(pauloflecha1000@hotmail.com)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

ESPAÇO POLÍTICO - Sergio Cabral parte 2 (Aborto e presidência da república)


'Quem não teve uma namoradinha que teve que abortar?', indaga Cabral.

A frase acima foi disparada – porque o objetivo, diga-se de passagem, político foi causar impacto - pelo governador Sergio Cabral nesta terça-feira (14).
 
O governador reeleito do Rio de Janeiro deu essas declarações durante discurso em um seminário organizado pela revista "Exame", em São Paulo, sobre oportunidades de negócios no Rio de Janeiro para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, e em uma entrevista logo após o evento.

Antes de emitirmos nossa opinião sobre o conteúdo da entrevista, registro que o Sergio Cabral tem o direito de pensar e expressar sua visão sobre qualquer assunto - bem como todo brasileiro - até porque, ele na figura de governador – reeleito – é uma pessoa pública que deve estar envolvido com questões significativas para nossa sociedade. Particularmente, só não considero sincero e nem verdadeiros os motivos apresentados por ele, em sua abordagem sobre a questão do aborto.

Sendo assim, resolvi transcrever parte da matéria do portal G1 para comentar por etapas:

Quando questionado sobre a frase título desse artigo, ele disse que estava falando de homens que tiveram namoradas que engravidaram e foram abortar em clínicas clandestinas. “Isto é a vida como ela é. Só que o sujeito de classe alta, ele tem uma clínica clandestina de aborto, mas em melhores situações”, afirmou Cabral.

Dito dessa forma, usando as palavras com a entonação dada por ele, à coisa até parece que tem sentido, mas vamos abordar essa triste realidade utilizando uma reflexão mais racional e de menos impacto emocional.

A exemplo do aborto – que não deixa de ser uma agressão a uma vida que já existe (apesar desse fato  não ser mencionado pelo governador em seu discurso politicamente correto) no útero da mulher e a ela própria (as conseqüências,  que não são pequenas de um aborto bem feito – se isso existe - ou mal feito são diversas na mulher) - existe em nossa sociedade, fazendo parte do nosso cotidiano, muitos outros tipos de agressões que ocorrem em grande demanda e que provocam dor e desespero ao ser humano, como:o roubo, as drogas, assassinatos , miséria, violência física e moral contra a mulher, contra os menos favorecidos socialmente, contra gays, contra religiosos e outras tantas que fica difícil de enumerar.

Independente da dificuldade de se resolver situações como essas citadas acima, a postura do estado e da sociedade diante delas sempre foi e é de tentar acabar com o problema na raiz e nunca fazer a escolha de organizar essa agressão de forma institucional.

Um claro exemplo disso é a própria ação do Estado no complexo do Alemão. Nem ele - o estado - e nem a sociedade aceitaram que a agressão difundida naquele lugar há anos continuasse ou fosse institucionalizada- como "ocorre" quando milícias assumem o lugar dos traficantes.

Independente do tempo que levou para a invasão que ocorreu esse mês, tanto o estado como a sociedade buscaram de todas as formas – com a ação militar e com a implantação de serviços sociais e infra-estrutura – eliminar o problema na raiz, acabando dentro do possível com o tráfico de droga.

Por que então agir diferente na questão do aborto, institucionalizando a morte de inocentes e marcas profundas nessas mulheres?


Não podemos fugir da realidade como disso o governador, mas encarar ela de frente não significa institucionalizar o crime de morte de um inocente e a agressão a sua mãe (precisamos entender isso, por mais que a mulher não queira o seu filho (feto), ela já é mãe dele), mas conscientizar a população que a liberdade sexual carece de responsabilidade com a vida humana – própria e de futuros inocentes- e que é dever do estado, aparelhar dignamente as comunidades mais carentes com uma estrutura (decente) de creches e outros tipos de apoio, que são necessários para uma mulher ou família criarem seus filhos enquanto trabalham, sejam eles gerados por opção ou por qualquer outro motivo.

A morte e a agressão são as soluções (?) mais fáceis de lidar com essa questão para as nossas lideranças políticas, principalmente diante de uma sociedade que não considera mais valores morais e de preservação da família.

Ele sugere trazer a discussão para um debate mais amplo com a sociedade - "Vamos discutir com a classe médica e as mulheres”.

O conceito de amplitude parece um pouco míope, já que ampliar no sentido da palavra é tornar o universo mais abrangente. Não consigo enxergar amplitude quando falamos somente de mulher e médicos. A nossa sociedade, bem como essa questão é muito mais ampla que isso e deve ser abordada por todas as disciplinas humanas.

Levando a questão para o lado religioso, ele citou exemplos de países como: Espanha, Portugal, Itália, França, Estados Unidos, Grã Bretanha, que segundo ele, não são menos religiosos que o Brasil e desenvolvam uma política de aborto mais livre.

Primeiramente acho que a consultoria dele em questão de religião deixa um pouco a desejar, principalmente quando ele inclui no presente países que davam ênfase à vida religiosa no passado. Mas isso é um pequeno detalhe. O que ele chama de religião na realidade é a cosmovisão. A oposição nacional ao aborto é resultado da cosmovisão, da forma como os brasileiros enxergam o mundo e a vida. É evidente que a religião aparece nessa hora, mas ela não é atua sozinha na consciência da população.

Quanto aos dados técnicos, acrescentou que entre 200 mil e 300 mil mulheres são atendidas anualmente em hospitais para reparar danos causados por abortos malfeitos. Citou também que um milhão de mulheres todo ano fazerem o aborto de forma precária.

Quando falamos em números, fica difícil não olhar a matéria de forma prática, por isso, serei prático no comentário desse parágrafo. Se com a negativa nacional e com a repressão existentes um milhão de inocentes morre por ano e um número igual de mulheres são marcadas negativamente por essa experiência, tente imaginar para onde vai esse número se o aborto se tonar livre? Talvez ele seja multiplicado por dois ou três, significando um total de mortes de....

O encerramento de sua entrevista se deu com célebre frase utilizada pelas pessoas que normalmente defendem o aborto, mas não querem ficar com essa imagem associada na cabeça da população:"Ninguém é a favor do aborto, você é a favor do direito da mulher a recorrer a um serviço público de saúde para a interrupção de uma gravidez por necessidade física, psicológica, orgânica, psiquiátrica, desejar interromper uma gravidez.

Mais uma vez afirmo que a escolha da resposta está errada, o aborto não é solução para alguém que tem uma necessidade física, psicológica, orgânica, psiquiátrica e deseja interromper uma gravidez, mas o tratamento por profissionais dessas respectivas áreas, bem como a melhora de sua condição social e infra-estrutura, que é uma obrigação do estado. A vida precisa ser valorizada, caso contrário não haverá limites para esse crime (praticado de forma irresponsável) chamado aborto.

Em 2007, em entrevista exclusiva ao G1 , Cabral havia defendido o aborto como forma de combater a violência no Rio de Janeiro. "Tem tudo a ver com violência. Você pega o número de filhos por mãe na Lagoa Rodrigo de Freitas, Tijuca, Méier e Copacabana, é padrão sueco. Agora, pega na Rocinha. É padrão Zâmbia, Gabão. Isso é uma fábrica de produzir marginal", declarou na época.

Quanto ao tópico acima, acredito que nem precisa de comentário, pois ele mesmo é absurdo por si próprio.

Ah, eu já ia esquecendo, quanto a tal frase que inicia esse artigo: "Quem não teve uma namoradinha que teve que abortar?', indaga Cabral.", no mínimo, a considero de baixo escalão para um tema tão sério, de certa forma o governador  banalizou o assunto, principalmente para os jovens que estão na fase de namoro nesse momento, que podem acabar considerando normal engravidar e abortar nesse período, já que pelo que expôs o governador com sua frase, isso acaba contecendo com todo mundo nessa idade mesmo.

Em Cristo

Pr.Paulo Cesar Nogueira

Um comentário:

  1. Querido pastor Paulo,
    a paz do Senhor!

    É lamentavel que o Brasil está cheio de políticos assim, tratando assunto sério como piada. Mas que Deus nos dê graça para dia após dia, nos posicionarmos subordinados à Bíblia Sagrada.

    Assim que tiver um tempinho na sua agenda, visite o nosso blog.
    adrianoeaeducacao.blogspot.com

    Estou apenas começando.

    Um grande abraço.

    Adriano Lima

    ResponderExcluir