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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

ESPAÇO DIVERSOS - Concurseiro? Isso existe?

Domingo, 27Fev2011.

Este domingo – além do seu próprio cotidiano que se manifesta de formas diferentes para cada grupo social – trouxe duas sensações que movimentaram bem à sua tarde: Jogo do Flamengo pela decisão da taça Guanabara e o concurso público da empresa Petrobrás. Dois pesos pesados dividindo a preferência do público neste fim de semana.

A exceção dos flamenguistas – que estavam na totalidade indo em direção ao estádio -, tive a impressão que todos os outros torcedores resolveram “marca gol” nas salas de aulas utilizadas pela fundação Cesgranrio para realização do concurso PB 2011.

Há muito não se viam os pontos de ônibus tão cheios num domingo à tarde, e cá entre nós para que os rubro-negros não fiquem chateados: Os "concurseiros" superaram em muito a torcida do flamengo. A bandeira da esperança de um bom emprego neste domingo tremulou mais alto do que o “vermelho e preto”.

Apesar da propaganda partidária dos governos federal e estaduais, a busca por uma vaga de emprego numa empresa como a Petrobrás ainda é o sonho de muitas pessoas. Esta expectativa parece contraditória quando observamos o “mar de rosas” pintado pelas nossas autoridades quando o assunto é economia e geração de emprego. Nossa reflexão não nega a melhora ocorrida em nossa economia, mas não coaduna com a propaganda distorcida da realidade.

Mas neste artigo não queremos tomar seu tempo falando sobre esse assunto que todos nós já sabemos, mas sim sobre o “universo paralelo” que é a vida do "concurseiro".

A primeira característica em destaque deste grupo é sua visão democrática. Ninguém se importa com a idade dos participantes, gênero, religião ou origem, todos são bem-vindos, desde que tenham nas veias "sangue de concurseiro".

Outra minúcia desta "raça" - no bom sentido da palavra- é gostar de falar sobre as questões da prova. Por isso, vou deixar aqui um conselho de amigo – evidentemente se você não for concurseiro: Nunca entre numa Van cheia de concurseiros, caso contrário você sairá contaminado por esse “mistério” ou com uma grande dor de cabeça.

Por incrível que pareça, o maior prazer do concurseiro não é tomar posse na vaga conquistada, mas de participar do concurso e medir sua eficiência para saber que ele tem capacidade de vencer o desafio proposto, o que o capacita automaticamente a seguir em frente, em direção a uma missão muito maior: O próximo concurso com um grau de dificuldade maior.

A maioria deles tem uma família que entende este chamado em sua vida. Concurseiro de verdade sonha com as novas regras de ortografia, com triângulos que ainda não existem, com leis nos três âmbitos do estado, com a falha do professor do cursinho que ele corrigiu e outras coisas mais.

O bom "concuseiro" – e cabe registrar que como em qualquer grupo existem os verdadeiros e falsos – não admite em espécie alguma a cola. Ela além de denegrir o status do grupo, tira a graça de pertencer à esta elite.

Deus abençoe a todos os "concurseiros".

Em Cristo

Pr. Paulo Cesar Nogueira

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

ESPAÇO VAMOS ORAR POR ESSA SITUAÇÃO - Deus optou pelo céu.

Amados, infelizmente (para nós) acabei de tomar conhecimento pelo potal G1 que Deus resolveu levar a Cristal para brilhar no Céu:

"A criança de 1 anos e 2 meses, que caiu em um rio após acidente de carro no Recreio do Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, morreu às 20h30 desta sexta-feira (25). A informação foi confirmada pela Secretaria municipal de Saúde. A causa da morte só será revelada após laudo do Instituto Médico Legal (IML)."

Agradeço a todos pelas orações, com certeza elas foram importantes e continuarão a ser, mas ela foi para o Senhor, foi brilhar com o Rei da Glória.

Oremos agora pelos seus familiares, que o Pai da consolação possa preencher esses corações de conforto e reflexão sobre a vida que estão levando.

Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira

ESPAÇO VAMOS ORAR POR ESSA SITUAÇÃO - Onde brilhará este cristal? No céu ou na terra? Só Deus sabe.

Ontem um cristal caiu dentro de um canal – com águas poluídas - no Recreio dos bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro, tarde de quinta-feira (24).

Este cristal não tem conteúdo esotérico e nem é utilizado para dar sorte às pessoas – independente de serem bem aventurados aqueles que ficam perto dele.

Ele também  contrariou todo processo de formação dos minerais, com  apenas um ano e dois meses de vida, já tem grande brilho e também grande valor.

A pureza deste cristal não se deu bem com as águas poluídas do canal e depois de trinta minutos submerso naquele lugar, foi trazido à tona através de uma combinação de forças, que superou todas as nossas expectativas como observadores.

Este cristal deve ser verdadeiramente muito especial, pois sozinho, conseguiu fazer a guarda municipal, corpo de bombeiros e pessoas comuns trabalharem de tal forma coordenada, como se fossem uma única unidade.

O que aconteceu às margens daquele canal foi uma coordenação espontânea , algo que brotou como uma vegetal rasteira que cresce ao longo da praia, movida naturalmente pelo valor implícito percebido por todos  no cristal.

O mais interessante é que nenhum deles havia  visto o tal cristal, mas só a sua existência em si, já foi motivo suficientemente para que algo atípico acontecesse naquele lugar.

Havia um único pensamento atrelado ao mesmo objetivo compartilhado por todos: “Não permitir que  cristal fosse contaminado de forma que não pudesse mais brilhar”.

O comandante do corpo de bombeiros, responsável direto pela operação, registrou que as chances dele continuar a brilhar daqui para frente são menores que 2%, se comparado com as estatísticas mundiais nesse tipo de situação.

Particularmente estou acompanhando este acidente desde ontem á noite e confesso que ele mexeu muito comigo.

A cena do cristal sendo retirado – como a foto acima– das águas totalmente sem nenhum brilho me chocou muito, minha primeira iniciativa foi de estender as mãos em direção a televisão, como se pudesse fazer parte daquela corrente humana que levou o cristal até a ambulância.

Mas logo fui impedido pelo vidro da televisão, que me trouxe de volta a minha realidade: Não havia nada que eu pudesse fazer para que o brilho dele não desaparecesse.

Em casa eu também tenho um pequeno cristal da mesma idade daquele que caiu no canal. Talvez isto justifique em parte meu envolvimento emocional com este caso, mas no íntimo acredito que meus sentimentos estão baseados em algo além desta semelhança.

O que me envolveu de fato com o tal cristal foi seu status de indefeso.

Não havia chances para o cristal, não havia nada que ele pudesse fazer a não ser se entregar ao aparente destino, como acontece com os cristais ainda menores do que este – mas não de menor valor –, que são abortadosindependente da fase- sem nenhuma condição de defesa.

E agora?

No meu entendimento só nos resta saber: "Onde brilhará este cristal?"

"Na terra ou no céu?" De uma coisa eu tenho certeza: "Ele brilhará por toda eternidade, seja qual for seu lugar de morada daqui para frente".

Ore pela Cristal, este lindo bebê que caiu num canal e está em estado gravíssimo.


Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira

ESPAÇO POLÍTICO - Não perca a saga do ponto biométrico contra os funcionários do senado.

A ideia é boa e o sistema excelente, mas a turma do senado tem uma imaginação que eu não sei não...

Bem, vamos dar um voto de confiança á boa intenção de se organizar a casa deles, que afinal de contas é nossa também.

Vamos ficar atento ao desenrolar desta história - ou estória - que já vamos denominar de :"A saga do ponto biométrico contra os funcionários do senado".
Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira

4/02/2011 - 13h24
Ponto biométrico começa a vigorar em março no Senado
Na próxima terça-feira (1º) o Senado começa a realizar o controle da frequência de seus servidores pelo sistema biométrico. A implantação se dará em duas fases e, a partir de abril, todos os servidores registrarão sua jornada de trabalho nos coletores biométricos, instalados em vários locais do Senado.
Inicialmente, em caráter experimental, a operação será assistida e haverá treinamento e adequação do sistema para que, em abril, todas as unidades do Senado utilizem o ponto biométrico.
No primeiro momento, registrarão frequência pelo novo sistema os servidores da Polícia Legislativa do Senado e das secretarias de Recursos Humanos (SRH), de Assistência Médica e Social (SAMS) e de Informática (Prodasen) - um total de 817 servidores.
Durante o mês de março, os servidores das outras unidades continuarão a registrar o ponto pelo sistema eletrônico que está em vigor desde 2010. Neste mês experimental, o Prodasen e a SRH farão os ajustes necessários para o perfeito funcionamento do registro de entrada e saída de todos os cerca de cinco mil servidores da Casa.

O sistema biométrico garante a autenticidade dos registros, uma vez que o sistema exige a impressão digital do servidor. A apresentação dos relatórios é mais clara e precisa, o que facilita ao funcionário acompanhar o cumprimento de sua jornada de trabalho.
A implantação do ponto biométrico faz parte das medidas administrativas, anunciadas em 2010 pela Primeira Secretaria, para aprimorar o controle de frequência da Casa.
Iara Farias Borges / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

ESPAÇO REFLEXÃO - Obama engana especialistas, abandona o centro e volta a se movimentar para a esquerda

Eu pensei que só no Brasil acontecesse esse tipo de coisa: Político e executivo aproveitarem um momento de confusão ou de alegria (copa do mundo de futebol, quando ganhamos) no resto do mundo para empurrar mudanças na legislação "goela abaixo" do povo. Mas... os americanos também fazem a mesma coisa - só não sei quem aprendeu com quem.

Quando esse tipo de estratégia é realizado por um vereador, deputado estadual ou federal e senador, não têm justificativos, mas já estamos mais que acostumados, agora quando este fato é manifesto por ordem do chefe do executivo, que assumiu o compromisso de zelar pelas leis do país, ai... é golpe baixo.

Foi isso que Obama fez com a sociedade americana, aproveitou o momento onde todas as atenções estão voltadas para o mundo árabe e detonou a sustentação obrigatória do procurador geral ao DOMA.

Mas como alerta o nosso irmão Albert Mohler, esta medida vai custar caro para Obama no seu projeto de reeleição.

Para mais detalhes, que são necessários ao entendimento do contexto, convido os visitantes a "mergulharem" no texto abaixo, escrito por este que já se tornou "figura marcada" em nosso blog pela importância da sua coluna e textos.

Em Cristo

Pr. Paulo Cesar Nogueira


Dr. R. Albert Mohler, Jr., serve como presidente do Southern Baptist Theological Seminary - carro-chefe da escola da Convenção Baptista do Sul e um dos maiores seminários do mundo.

Quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O presidente tomou sua decisão. O Procurador-Geral já fez seu anúncio. Marque em sua agenda o dia de ontem. Esse dia já representa um marco trágico na traição ao casamento.

O procurador-geral Eric Holder informou ao Congresso ontem que o presidente Barack Obama ordenou ao Departamento de Justiça para que cessem todos os esforços para defender a Lei de Defesa do Casamento nos tribunais. O anúncio veio sem aviso público, mesmo estando o governo lidando com uma crise internacional na Líbia e um confronto político sobre os sindicatos, em Wisconsin.

A Defesa of Marriage Act [DOMA] surgiu em 1996, pelo menos um estado - Havaí - indicou a possibilidade muito real de que iria votar a aprovar o casamento homossexual.

A lei deixa claro que nenhum Estado pode exigir que qualquer outro estado reconheça o casamento do mesmo sexo, e que o governo federal está proibido de estender os benefícios civil para casais do mesmo sexo. O Senado aprovou a medida por uma votação de 85 a 14. Na Câmara dos Deputados, a votação foi de 342 para 67. Confrontado com o apoio esmagador como no Congresso, o presidente Bill Clinton assinou o projeto em lei.

Mas 1996 foi um tempo atrás, política e culturalmente falando. O presidente Obama vigorosamente e repetidamente declarado sua oposição ao DOMA durante a campanha presidencial de 2008.

Em declarações posteriores, o presidente Barack Obama indicou sua esperança de que o Congresso revogaria a medida. Isso é improvável, embora o senador Diane Feinstein tenha sinalizado na tarde quarta-feira a sua intenção de oferecer a legislação para revogar DOMA. Ela fez isso somente depois que a Casa Branca fez seu anúncio.

A decisão do presidente Obama para impor, mas não para defender DOMA nos tribunais não é sem precedentes, mas tais ações presidenciais são extremamente raras. O Presidente é obrigado pela Constituição e seu juramento de posse para fazer cumprir as leis do país, mas ele instruiu seu procurador-geral não mais para defender a lei nos tribunais. Em essência, esta sela o destino judicial da Defesa do Ato do Casamento - agora é ficar sem o seu defensor mais importante.

O que torna esta decisão ainda mais incomum é que o governo Obama já havia tomado medidas para defender DOMA contra ações judiciais. Face aos desafios novo tribunal e protestos de grupos de direitos gays e editoriais na mídia liberal, o presidente mudou de idéia.

Em sua carta ao Congresso, o procurador-geral Holder afirmou: "Como você sabe, o Departamento tem uma prática de longa data de defender a constitucionalidade das leis devidamente aprovadas, se argumentos razoáveis podem ser feitas em sua defesa, uma prática que atribui ao respeito de forma adequada devido a uma filial na mesma condição do governo. "E ainda Holder passou a argumentar que não houve argumentos razoáveis para ser feito em defesa da DOMA. "Este é o caso raro", afirmou, "onde o curso apropriado é abrir mão da defesa do estatuto."

Aos jornalistas em uma coletiva de imprensa da Casa Branca, o secretário de imprensa Jay Carney defendeu o presidente Barack Obama, argumentando que a sua posição sobre DOMA "tem sido consistente." O Presidente "sempre se opôs a ela como desnecessária e injusta." Carney também disse que a administração tinha sido forçada a agir, tendo sido dado um prazo para o Tribunal de Apelação dos EUA para o Distrito segundo lugar, que está atualmente a ouvir um caso que desafia DOMA por razões constitucionais.

Quem poderia se surpreender com esta ação? Durante sua campanha para o mais alto cargo da nação, o presidente Barack Obama fez a sua defesa dos direitos homossexuais de forma clara e inequívoca. Ele atacou DOMA e solicitou a sua revogação. Mesmo que os especialistas sugerem que ele está se movendo para o centro político, no decorrer dos dias passados, o presidente revogou a proteção consciência da era Bush para o pessoal médico e traiu o casamento, cessando a defesa da DOMA. Se qualquer coisa, esses movimentos representam uma mudança ainda mais para a esquerda.

Claramente, o presidente acredita que ele tem apoio político suficiente para fazer esse movimento. Enquanto os grupos dos direitos dos homossexuais vêm pressionando o governo por esse tipo de ação, nos primeiros dois anos do seu mandato, o presidente claramente sentiu que tal medida seria politicamente muito caro e arriscado. Não mais.

É o direito que o presidente em pensar que ele não vai ser prejudicado politicamente por esta acção? O jogo disputado por muitos políticos liberais em geral, e por políticos democratas em particular, é para dizer que eles são pessoalmente se opõe ao casamento do mesmo sexo, assim como eles trabalham para remover todas as defesas contra ele. O jogo político jogado por muitos conservadores, a propósito, é de se apresentar como defensores do casamento sem tomar qualquer ação que possa chamar de risco político. Lembre-se que quando os políticos conservadores chamam agora de uma emenda constitucional para definir o casamento como exclusivamente a união entre um homem e uma mulher. Onde estavam eles quando tal acção teria exigido coragem, mas era politicamente viável e absolutamente necessário?

Na conferência de imprensa, Jay Carney, disse que a posição pessoal do Presidente sobre o casamento homossexual é "distinta da presente decisão judicial." Em dezembro passado, o presidente Barack Obama disse a repórteres que a sua posição pessoal sobre o casamento homossexual é "em constante evolução."

Bem, pode haver problemas em que a distinção entre o legal eo moral argumentos faz uma diferença real, mas isso não é uma daquelas questões. Para sugerir que o presidente Obama não pessoalmente, apoio o casamento homossexual é contar com um dualismo dentro dele que é nada menos do que gnósticas. O Sr. Carneiro faria melhor ficar com seu argumento de que o apoio do presidente do movimento pelos direitos dos homossexuais é consistente. Não é crível que o Presidente agora a desempenhar Hamlet sobre a questão de sua própria posição sobre o casamento do mesmo sexo.

O significado mais imediato deste anúncio é duplo. Em primeiro lugar, isso significa que o defensor constitucionalmente designados das leis da nação, o Attorney General dos Estados Unidos, já foi condenada a cessar defendendo esta única lei nos tribunais. Só isso já é quase certamente suficiente para soletrar a desgraça de DOMA em curto prazo.

Em segundo lugar, este anúncio significa que o presidente Obama e seus assessores acreditam que a legalização do casamento homossexual é inevitável e sem grande risco político para o presidente e seus planos de reeleição. Isso, por si só, representa um terremoto moral. O presidente acredita claramente que um número suficiente de norte-americanos vão apoiar ou aceitar o casamento do mesmo sexo - e isso vem apenas alguns anos após a maioria dos estados aprovaram emendas constitucionais proibindo o casamento do mesmo sexo, ea maioria por grandes margens.

O presidente tomou sua decisão. O Procurador-Geral já fez seu anúncio. Marque em sua agenda de ontem. Esse dia já representa um marco trágico na traição do casamento.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Espaço Ciência - "Teoria das Cordas"

Você já ouviu falar na teoria das cordas?
E de seu principal defensor, o físico e matemático americano Edward Witten?

Bem, ele esteve no Brasil para um curso no Instituto de Física Teórica da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e concedeu uma entrevista muito interessante a folha online que você poderá acessar mais abaixo em neste post.

A teoria das cordas é uma ideia antiga ( tem mais de 40 anos) da física que afirma que as menores unidades formadoras da matéria e da energia (incluindo a luz) são cordas vibratórias. A teoria das cordas descreve a formação da matéria ao afirmar que a menor unidade da matéria são "cordas" em movimento.

Apesar de ainda não ter sido comprovada (por isso é chamada de teoria, a exemplo da evolução humana), seu principal defensor alega que nos próximos anos os avanços serão muito grandes e ela poderá finalmente ser comprovada, principalmente se levarmos em consideração os avanços obtidos nas experiências com os  aceleradores de partícula, como o LHC - o acelerador de partículas mais potente do mundo, que fica em Genebra, na Suíça.

A importância desta teoria se apresenta no seu objetivo. Ela é uma tentativa de unir as duas teorias mais importantes da física moderna :

A mecânica quântica: Trata dos átomos e das partículas subatômicas.

A teoria da relatividade, de Albert Einstein, que trabalha as grandes escalas do Universo.

Ela parte de um modelo único que descreve com eficiência as diferentes forças da natureza.

Mas leia a entrevista abaixo com Edward Witten e fique por dentro da física e das cordas.

ps: mas o que isso tem haver com o Evangelho? Bem, primeiro tem haver com o nosso cotidiano e segundo: Física é Jesus “purinho, ou melhor dizendo: naõ é corda, mas Graça”.

Em Cristo

Pr. Paulo Cesar Nogueira

Folha - O sr. é hoje um dos principais nomes da teoria das cordas. Como explica as cordas e o fato de não haver ainda comprovação para ela?

Edward Witten - Na física moderna, há duas teorias importantes: a mecânica quântica, que trata dos átomos e das partículas subatômicas, e a teoria da relatividade, de Albert Einstein, que trabalha as grandes escalas do Universo. As cordas são uma tentativa de unir essas duas teorias a partir de um modelo único que descreva, com eficiência, as diferentes forças da natureza [a teoria das cordas descreve a formação da matéria ao afirmar que a menor unidade da matéria são "cordas" em movimento].

Mas há quem diga que as cordas são quase uma "profecia", já que não há dados experimentais sobre elas.

A teoria não tem nada de profética. Alguns cientistas não a entendem direito e não compreendem porque ela ainda não foi comprovada. Outras teorias da física, como a mecânica quântica, estão mais desenvolvidas. Só isso.

Essa comprovação virá pelos experimentos com os aceleradores de partículas?

A teoria das cordas tem mais de 40 anos, mas ainda faltam algumas explicações. Os aceleradores de partículas como o LHC [o acelerador de partículas mais potente do mundo, que fica em Genebra, na Suíça] podem explicar a natureza e revelar indícios de outras dimensões. Por isso, poderão contribuir para explicar as cordas.

As cordas [conforme postulado pela teoria] vibram em 11 dimensões, sendo três dimensões espaciais, a dimensão do tempo e outras tantas que não conseguimos perceber. Os aceleradores podem mostrar isso. Eu conheço alguns cientistas que trabalham no LHC, e temos mantido contato. Não acho que a comprovação da teoria venha em dez anos, como dizem por aí. Nem sei de onde veio a ideia de "dez anos". A comprovação pode vir antes.

A teoria também trata da origem da matéria. Por que existe uma obsessão para explicar o começo de tudo?

Porque isso é realmente fascinante. Há muitas perguntas sem resposta. É normal que a gente queira achar respostas, e existem muitas possibilidades sendo levantadas. Há físicos que dizem que o Universo está dentro de um buraco negro. Não há evidências suficientes para isso, mas a ideia faz sentido. Se o Universo estiver num buraco negro, ele será o máximo que você conseguirá enxergar. E, como os buracos negros são realmente muito grandes, sim, nós podemos estar dentro de um deles.

ESPAÇO REFLEXÃO - Meditando com o Reverendo Augustus Nicodemus: Quando a cultura vira Evangelho

Amados do Senhor e queridos visitantes.

A postagem abaixo não pode deixar de ser lida até o final.

É um texto excelente, inteligente, esclarecedor e muito reflexivo, elaborado pelo chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzier.

Ao mesmo tempo em que ele combate a secularização do Evangelho com a utilização do argumento cultural, ele lembra nossa relação íntima com a parte da cultura que não agride os bons costumes e nem a santa Palavra.

Em resume, não deve deixar de ser lido porque é um “primor” de conhecimento e bom senso, o que muito está faltando em nosso meio.

Deixe seu comentário sobre o texto, mesmo que você não concorde comigo ou com o Reverendo Augustus.

Em Cristo

Pr. Paulo Cesar Nogueira

Postado por Augustus Nicodemus Lopes - extraido do blog tempora moraes

O relacionamento dos cristãos com a cultura na qual estão inseridos sempre representou um grande desafio para eles. Opções como amoldar-se, rejeitar a cultura, idolatrá-la ou tentar redimi-la têm encontrado adeptos em todo lugar e época. Em nosso país, com uma cultura tão rica, variada e envolvente, o desafio parece ainda maior nos dias atuais. Como aqueles que crêem em Jesus Cristo e adotam os valores bíblicos quanto à família, trabalho, lazer, conhecimento e as pessoas em geral podem se relacionar com esta cultura?

Existem muitas definições disponíveis e parecidas de cultura. No geral, define-se como o conjunto de valores, crenças e práticas de uma sociedade em particular, que inclui artes, religião, ética, costumes, maneira de ser, divertir-se, organizar-se, etc.

Os cristãos acrescentam um item a mais a qualquer definição de cultura, que é a sua contaminação. Não existe cultura neutra, isenta, pura e inocente. Ela reflete a situação moral e espiritual das pessoas que a compõem, ou seja, uma mistura de coisas boas decorrentes da imagem de Deus no ser humano e da graça comum, e coisas pecaminosas resultantes da depravação e corrupção do coração humano. Toda cultura, portanto, por mais civilizada que seja, traz valores pecaminosos, crenças equivocadas, práticas iníquas que se refletem na arte, música, literatura, cinema, religiões, costumes e tudo mais que a compõe.

Deste ponto de vista a definição de cultura é bem próxima à definição que a Bíblia dá de "mundo," a saber, aquele sistema de valores, crenças, práticas e a maneira de viver das pessoas sem Deus. Poderíamos dizer que “mundo” compreende os traços da cultura humana que refletem a sua decadência moral e espiritual e seu antagonismo contra Deus.

De acordo com João as paixões carnais, a cobiça e a arrogância do homem marcam o mundo. Como tal, o mundo é frontalmente inimigo de Deus e os cristãos não devem amá-lo:

1João 2:15-16 - "Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo."
Tiago vai na mesma linha:

Tiago 4:4 - "Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus".
Escrevendo aos romanos, Paulo os orienta a não se moldarem ao presente século - um conceito escatológico do mundo presente, debaixo da lei e do pecado e caminhando para seu fim:
Romanos 12:2 - "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus".

O próprio Jesus ensinou que o mundo o odeia e odeia aqueles que são seus dicípulos, pois não são do mundo:
João 15:18-19 – “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia”.

 

Não é de se estranhar, portanto, que aqueles cristãos que levam a Bíblia a sério sempre tiveram uma atitude, no mínimo, cautelosa em relação à cultura, por perceberem nela traços da corrupção humana - ou seja, do mundo.
Ao mesmo tempo em que a Bíblia define o mundo de maneira negativa, ela admite que existem coisas boas na sociedade em decorrência do homem ainda manter a imagem de Deus – em que pese a Queda – e em decorrência de Deus agir na humanidade em geral de maneira graciosa. Deus concede às pessoas, sendo elas cristãs ou não, capacidade, habilidades, perspicácia, criatividade, talentos naturais para as artes em geral, para a música – enfim, aquilo que chamamos de graça comum. É interessante que os primeiros instrumentos musicais mencionados na Bíblia aparecem no contexto da descendência de Caim (Gênesis 4:21) bem como os primeiros ferreiros (4:22) e fazedores de tendas (4:20). Paulo conhecia e citou vários autores da sua época, que certamente não eram cristãos (Epimênides, Tt 1:12; Menander, 1Cor 15:32; Aratus, Acts 17:28). Jesus participou de festas de casamento (João 2) e Paulo não desencorajou os crentes de Corinto a participar de refeições com seus amigos pagãos, a não ser em alguns casos de consciência (1Co 10:27-28).
Portanto, a grande questão sempre foi aquela do limite – onde eu risco a linha de separação? Até que ponto os cristãos podem desfrutar deste mundo, até onde podem se amoldar à cultura deste mundo e fazer parte dela?

Dá para ver porque ao longo da história a Igreja cristã foi considerada algumas vezes como obscurantista, reacionária, um gueto contra-cultural. Nem sempre os seus inimigos perceberam que os cristãos, boa parte do tempo, estavam reagindo ao mundo, àquilo que existe de pecaminoso na cultura, e não à cultura em si. Quando missionários cristãos lutam contra a prática indígena de matar crianças, eles não estão querendo acabar com a cultura dos índios, mas redimi-la dos traços que o pecado deixou nela. Eles estão lutando contra o mundo. Quando cristãos criticam Darwin, não estão necessariamente deixando de reconhecer sua contribuição para nosso conhecimento dos processos naturais, mas estão se posicionando contra a filosofia naturalista que controlou seu pensamento. Quando torcem o nariz para Jacques Derrida, não estão negando sua correta percepção das ambigüidades na linguagem, mas sua conclusão de que não existe sentido num texto. Gosto de Jorge Amado mas abomino seu gosto pela pornografia,

Por ignorarem ou desprezarem a presença contaminadora do mundo na cultura é que alguns evangélicos identificam a cultura como a expressão mais pura e autêntica da humanidade. Assim, atenuam – e até negam – a diferença entre graça comum e graça salvadora, entre revelação natural e revelação especial. Evangelizar não é mais chamar as pessoas ao arrependimento de seus pecados – refletidos inclusive em suas produções culturais, poéticas, artísticas e musicais – mas em afirmar a cultura dos povos em todos os seus aspectos. O Reino de Deus é identificado com a cultura. Não há espaço para transformação, redenção, mudança e transformação – fazê-lo seria mexer com a identidade cultural dos povos, a sua maneira de ser e existir, algo que com certeza deixaria antropólogos de cabelo em pé.

A contextualização sempre foi um desafio para os missionários e teólogos cristãos. De que maneira apresentar e viver o Evangelho em diferentes culturas? Pessoalmente, acredito que há princípios universais que transcendem as culturas. Eles são verdadeiros em qualquer lugar e em qualquer época. Adultério, por exemplo, é sempre adultério. Pregar o Evangelho numa cultura onde o adultério é visto como normal significa identificá-lo como pecado e lutar contra ele, buscando redimir os adúlteros e adúlteras e restaurar os padrões bíblicos do casamento e da família. Enfim, redimir e transformar a cultura, fazê-la refletir os princípios do Reino de Deus.
Nem sempre isto é fácil e possível de se fazer rapidamente. Missionários às tribos africanas onde a poligamia é vista como normal que o digam. O caminho possível tem sido tolerar a poligamia dos primeiros convertidos, para não causar um problema social grave com a despedida das esposas. Mas a segunda geração já é ensinada o padrão bíblico da monogamia.

É preciso reconhecer que nem sempre os cristãos conseguiram perceber a distinção entre mundo e cultura. Historicamente, grupos cristãos têm sido contra a ciência, a arte, a música e a literatura em geral, sem fazer qualquer distinção. Todavia, estes grupos fundamentalistas não representam a postura cristã para com a cultura e nem refletem o ensino bíblico quanto ao assunto. Os reformados, em particular, caracteristicamente sempre se mostraram sensíveis às artes e viam nelas uma manifestação da graça comum de Deus à humanidade. Apreciavam a pintura, a música, a poesia e a literatura. Entre eles, temos os puritanos. Cabe aqui a descrição que C. S. Lewis fez deles:
Devemos imaginar estes puritanos como o extremo oposto daqueles que se dizem puritanos hoje. Imaginemo-los jovens, intensamente fortes, intelectuais, progressistas, muito atuais. Eles não eram avessos a bebidas com álcool; mesmo à cerveja, mas os bispos eram a sua aversão. Puritanos fumavam (na época não sabiam dos efeitos danosos do fumo), bebiam (com moderação), caçavam, praticavam esportes, usavam roupas coloridas, faziam amor com suas esposas, tudo isto para a glória de Deus, o qual os colocou em posição de liberdade. (...) [Os puritanos eram] jovens, vorazes, intelectuais progressistas, muito elegantes e atualizados ... [e] ... não havia animosidade entre os puritanos e humanistas. Eles eram freqüentemente as mesmas pessoas, e quase sempre o mesmo tipo de pessoa: os jovens no movimento, os impacientes progressistas exigindo uma “limpeza purificadora”.[1]

O grande desafio que Jesus e os apóstolos deixaram para os cristãos foi exatamente este, de estar no mundo, ser enviado ao mundo, mas não ser dele (Jo 17:14-18). Implica em não se conformar com o presente século, mas renovar-se diariamente (Rm 12:1-3), de não ir embora amando o presente século, como Demas (2Tm 4:10). É ser sal e luz.
Para os que deixam de levar em conta a presença da corrupção humana na cultura, os poetas, músicos, artistas e cientistas se tornam em sacerdotes, a produção deles em sacramento e costurar e tecer em evangelização.
NOTA
[1] Citado por Douglas Wilson em “O Puritano Liberado,” Jornal Os

 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

ESPAÇO INTERNACIONAL - A visão do escritor John MacArthur sobre as revoltas no mundo árabe.

John MacArthur é um dos mais conhecidos escritores evangélicos americanos e um homem de muito respaldo bíblico em suas opiniões.

Abaixo compartilhamos uma entrevista dele ao Chistina post, onde ele condena veementemente as revoltas no mundo árabe.

A visão dele sobre o assunto é ortodoxa e bem conservadora. Na minha opinião John MacArthur foi severo demais em alguns pontos, mas em outros muito feliz no sentindo de nos fazer entender que tudo está no controle de Deus, inclusive o crescimento da igreja e sua qualidade.

Leia com atenção, analise e compartilhe conosco sua opinião.

Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira



Influência Evangélica: Levantes no Oriente Médio Violam Mandamento Bíblico

Por Lillian Kwon
Christian Post Reporter


Texto G-bookmarksLiveTechnoratiO evangélico influente John MacArthur não acredita que os levantes que estão se espalhando por todo o mundo árabe vão levar à liberdade que centenas de milhares de manifestantes estão exigindo.

"Eu só acho que o resultado de tudo isso é mais instabilidade, mais caos," disse o pastor do sul da Califórnia ao The Christian Post. "Não acho que o futuro parece ser bom."

Inspiradas pela revolução de Dezembro, na Tunísia, que levou à queda do seu ditador, as populações dos países vizinhos do Norte da África e no Oriente Médio lançaram protestos semelhantes contra o governo na esperança de conseguir mais liberdade, democracia e mais oportunidades.

Os EUA já se manifestaram, pedindo aos governos que respeitem o direito do povo de se manifestar.

Mas a partir de uma perspectiva bíblica, MacArthur afirmou que os manifestantes estão em desacordo com o mandamento bíblico de "submeter aos poderes, porque eles são ordenados por Deus."

"Eu preferiria que o governo americano, que tem uma história do Cristianismo, tivesse se levantado e dito: 'está errado, é proibido para as pessoas fazerem isso, isso é intolerável," disse ele.

"Eu não estou dizendo que Muamar Kadafi é o melhor líder, eu não estou dizendo que Mubarak é um grande líder benevolente e justo, não quando ele recebeu US $ 70 bilhões em seus próprios bolsos à custa do povo," esclareceu.

Mas, ressaltou que os crentes são ordenados a viverem uma vida pacífica, sujeitando-se a qualquer que seja que o governo.

Ele continuou: "E a razão é, qualquer forma de governo é melhor do que a anarquia. Para ter uma idéia do que está acontecendo agora - as pessoas estão morrendo, a propriedade está sendo destruída. Isso não pode acontecer. E, inevitavelmente, o que vai sair disso, vai ser menos ordem, mais caos e, talvez, o que vai sair de menos ordem e mais caos é a pior espécie de controle, mais poder dominante."

O pastor de 71 anos de idade, que foi o autor do recente Slave: The Hidden Word that Reveals the Riches of Your Salvation (Escravo: A palavra oculta que revela as riquezas da sua salvação), sustentou que não é provável que a liberdade pudesse resultar dos protestos em massa.

"Você gostaria de pensar que nada, senão a liberdade iria sair disto. Não foi isso que aconteceu no Irã."

Novamente, falando biblicamente, MacArthur disse que "a ilusão é que essas pessoas vão obter a liberdade."

"Mas o que temos que entender é que você é um escravo do pecado ou um servo de Cristo," explicou. “Nenhum pecador é livre,”... ele está apenas livre para escolher o curso de sua própria condenação, mas não pode fazer nada sobre isso.

"Esta é outra forma de escravidão. Eles vão acabar em outra forma de escravidão, eles vão acabar da mesma forma, pecaminosa, corrupta, insatisfeita, pessoas insatisfeitas levando suas mesmas ansiedades em uma direção diferente. Então esta não é uma solução para nada."

Seus comentários foram feitos pouco antes da Organização dos Direitos Humanos ter informado que pelo menos 233 manifestantes foram mortos pelas forças de segurança na Líbia. Enquanto isso, Saif al-Islã Kadhafi, filho do líder líbio, Muamar Kadafi, disse hoje cedo que se os protestos anti-governo continuarem, podem levar a uma guerra civil. Ao mesmo tempo, ele disse que se os protestos terminarem, eles poderiam começar a instituir uma série de reformas e até mesmo iniciar as discussões para a constituição, que é inexistente.

 
Mesmo que isso possa significar a possibilidade de maior liberdade religiosa para a pequena minoria cristã, MacArthur não vê ganhos enormes, pelo menos para a Igreja, a esse respeito.

Ele apontou para países como Japão e aqueles na Europa Ocidental que garantem a liberdade de religião, mas tem poucos Cristãos ou uma igreja morrendo. Em contraste, o Cristianismo na China, onde há inúmeros relatos de perseguição religiosa e de liberdade limitada, está explodindo com dezenas de milhões de crentes.

"Eu não acho que a liberdade religiosa é ainda um problema para o avanço da Igreja," disse MacArthur. "A democracia, a liberdade de religião ou a perseguição - se você tivesse que escolher seu veneno e acho que você poderia querer escolher a perseguição porque você tem uma Igreja mais pura.”

Em última análise, o Reino de Deus avança sem relação com o governo, afirmou. Tudo que diz respeito aos poderes que estão no local acontece "dentro dos propósitos de Deus e Deus irá governar por essas coisas e ignorar essas coisas."

Assim, desejar liberdade "não é uma justificação para este tipo de revolta popular e desobediência e de derrubar governos."

"Afinal, quem disse que a democracia é a melhor forma de governo?" disse ele. "Não importa qual a forma de governo é, a Bíblia não defende nada, mas uma teocracia. Qualquer forma de governo vai se auto destruir porque você está lidando com pessoas corruptas, pessoas pecadoras."

ESPAÇO LITERÁRIO - Não se juga um livro pela capa.Será mesmo?

Amados no Senhor e queridos visitantes, depois de analisar a matéria abaixo fiz o seguinte comentário com a Josélia Aguiar, autora do blog Painel das Letras:

"Depois de conferir a experiência deste bibliotecário, vou ficar mais atento com tudo que diz respeito a parte externa do nosso próximo livro".

Não acredito que a opinião do autor do blog "Judge a Book by its Cover" seja regra, mas... vale a pena levar ela em consideração na hora da compra ou decisão decisão de leitura de um livro.

Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira



Extraido do blog  da Josélia Aguiar, Painel das letras da folha online.

Julgue pelas capas

Descobri o divertido "Judge a Book by its Cover" (visite aqui, em inglês) faz um tempinho. O dono do blog é funcionário de uma biblioteca pública americana e passa o dia vendo livros esquisitíssimos pela frente. Como este aqui, como dicas para você se tornar um cara legal e popular:

Como recomenda já no título do blog, o bibliotecário explica que você deve, sim, julgar um livro pela capa: o título, a imagem, o design, enfim, quase sempre denunciam o péssimo gosto ou a ideia abstrusa que encorajaram autor e editor a colocar a obra nas livrarias e bancas. Em resumo, são livros que parecem tratar o leitor como se bobo fosse.

No blog de Almir de Freitas, encontro agora outro compêndio de obras estapafúrdias, recolhidas por um britânico em "Odd Books" (visite aqui, em inglês). Almir preparou uma série, já na terceira parte, em que comenta um a um os livros mais absurdos (aqui, em português).

Para o leitor ter uma ideia, um deles promete ensinar a "aumentar o busto com o poder da mente"; outro defende a tese de que Elvis Presley é/era o verdadeiro Messias:




ESPAÇO CIÊNCIA - O núcleo da terra tem sotaque baiano

Núcleo da Terra gira mais devagar do que se pensava até agora.
Um grupo de geofísicos descobriu que o núcleo da Terra gira mais devagar do que se acreditava previamente, afetando o campo magnético, indica um artigo publicado na revista "Nature Geoscience".
O estudo desenvolvido pelo Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Cambridge (Reino Unido) detalha que o núcleo do planeta se move mais lentamente do que o grau anual anteriormente considerado, e a velocidade de rotação é inferior a um grau a cada um milhão de anos.

Geofísicos do Reino Unido descobriram que núcleo da Terra gira mais devagar, afetando o campo magnético.

O núcleo interno da Terra cresce mais devagar na medida em que o fluido externo vai se solidificando sobre a superfície do núcleo externo, afirma a pesquisa de Lauren Waszek, e a diferença na velocidade hemisférica leste-oeste deste processo fica congelada na estrutura do núcleo interno.

"Descobrimos que a velocidade de rotação provém da evolução da estrutura hemisférica, e assim demonstramos que os hemisférios e a rotação são compatíveis", explica Waszek.

Até agora, assinalou a cientista, este era um importante problema para a geofísica. "As rápidas velocidades de rotação eram incompatíveis com os hemisférios observados no núcleo interno, não permitiam tempo suficiente para que as diferenças congelassem a estrutura."

Para obter estes resultados, os cientistas utilizaram ondas sísmicas que cruzaram o núcleo interno, 5.200 quilômetros abaixo da superfície da Terra, e as compararam com o tempo de viagem das ondas refletidas na superfície do núcleo.

Posteriormente, observaram as diferenças na rotação dos hemisférios leste e oeste, e comprovaram que giram de maneira consistente em direção a leste e para dentro, por isso que a estrutura mais profunda é a mais velha.

A descoberta é importante porque o calor produzido durante a solidificação e o crescimento do núcleo interno dirige a convecção do fluido nas camadas externas do núcleo.

Os fluxos de calor são os que encontram os campos magnéticos, que protegem a superfície terrestre da radiação solar e sem os quais não haveria vida na Terra.

Waszek disse sobre os resultados: "Eles presentam uma perspectiva adicional para compreender a evolução do nosso campo magnético."

Espaço Ciência - Nova Presidente da SBPC

Depois da Dilma, parece que todas as mulheres resolveram assumir  as vagas de presidente disponíveis no país.

Se eu fosse o senador José Sarney (presidente do senado) ficaria mais atento com sua vice - que muitas vezes se comporta como se não fosse vice -, tendo em vista o "andar da carrugem".

Pode até parece  que não, mas o efeito Dilma tem influênciado numa abertura maior para as mulheres assumirem cargos de liderança.

Na matéria abaixo, você será informado sobre a nova presidente da SBPC, a biomédica Helena Nader.

Parabéns a Helena Nader, a Dilma e as outras mulheres que estão se destacando nas sua áreas de atuação.

Que Deus ajude a todas elas a desenvolverem suas atividades com sabedoria e temor ao Criador e as suas criaturas.

Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira

Helena Nader assume presidência da SBPC:

18/2/2011 – A biomédica Helena Bonciani Nader será a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência a partir desta segunda-feira, 21, em substituição ao matemático Marco Antonio Raupp, que se afastará do cargo para ocupar a presidência da Agência Espacial Brasileira. Eleita primeira vice-presidente da diretoria em junho de 2009, a assunção de Helena Nader atende ao estatuto e ao regimento da SBPC em seus artigos 12 e 10, respectivamente. O mandato dos atuais diretores termina em julho próximo.

A nova presidente da SBPC é bacharel em ciências biomédicas pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), fez licenciatura em biologia na Universidade de São Paulo (USP), doutorado em biologia molecular na Unifesp e pós-doutorado na University of Southern California.

É professora titular da Unifesp, membro titular da Academia de Ciências de São Paulo e da Academia Brasileira de Ciências, classes Comendador e Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico e professora honoris causa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Exerceu várias funções administrativas, entre elas a de pró-reitora de Graduação e de Pós-Graduação da Unifesp. Foi professora visitante da Loyola Medical School Loyola University Chicago – Stritch School of Medicine (Chicago, USA), W. Alton Jones Cell Science Center (NY, USA), Instituto Scientifico di Chimica e Biochimica G. Ronzoni (Milão, Itália) e Opocrin Research Laboratories (Modena, Itália).
 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

ESPAÇO MISSÃO EQUADOR - Informativo de inauguração

Amados do Senhor e queridos visitantes.
Informo que estaremos dando vida a um novo espaço em nosso blog: “ESPAÇO MISSÃO EQUADOR”.
Através dele você poderá acompanhar todo o processo de envio de um missionário para fora do país, tendo acesso a detalhes do cotidiano da vida do pastor escolhido antes mesmo dele embarcar.
Acredito que será uma experiência muito interessante para o pastor missionário, para o editor do blog e para você que nos visita seja cristão ou não.
O pastor em questão – cujo nome só será revelado na primeira matéria – é um jovem que nos faz acreditar que ainda existem pessoas que realmente se dedicam à obra do Reino de Deus.
Aguarde a primeira matéria, ela já está voando via internet do Equador direto para nós.
Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira

ESPAÇO DIVERSOS - Olha que coisa linda Deus criou para os nossos olhos!

Imagem mostra aurora boreal na Noruega; fenômeno é provocado pelos ventos solares que carregam partículas elétricas

ESPAÇO POLÍTICO - O PODER REVELA MUITO MAIS DO QUE CRIA OU DEFORMA

Retirado do blog http://blogs.estadao.com.br/sonia-racy/%e2%80%98o-poder-revela-muito-mais-do-que-cria-ou-deforma%e2%80%99/comment-page-1/#comment-5680

A entrevista abaixo com o ex-presidente da república Fernando Henrique Cardoso é um pouco longo, mas vale à pena ler todo o texto.

Em minha opinião, será difícil um dia o Brasil ter um presidente com o calibre de Fernando Henrique. Particularmente acredito que ele está - desde sua saída do governo até agora - sendo injustiçado pela sociedade corrente, mas como ele mesmo declarou nesta entrevista, o tempo pode mudar isso – espero sinceramente que isso aconteça.

Seu maior valor como presidente foi e é não ser um típico político brasileiro, e essa característica pode ser o motivo que explique porque os brasileiros têm tantas dificuldades de se identificar com ele na figura de gestor.

O problema com o Fernando não é sua inteligência, experiência, cultura e visão de estadista, mas o fato dele ter uma postura diferente do típico político brasileiro.

O problema do Fernando Henrique – que no fundo não é dele, mas nosso - é que ele deveria ter nascido um pouco mais à frente, onde certamente seu valor como presidente seria reconhecido por uma sociedade mais madura e liberta de dogmas da antiga política.

Que Deus - que é o justo juiz - faça o Brasil rever seus conceitos, e que o Fernando Henrique possa em vida ver o resultado disso. Ele merece.

Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira
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O Brasil estreia no quesito mulher-presidente. Dilma exercerá o poder de maneira diferente se comparada a um homem? Como é estar no poder e depois não estar mais? Lula tem deixado claro que não está nada fácil adaptar-se à nova rotina. “É como se você estivesse dirigindo a 300 por hora, desse um cavalo de pau e, de repente, o carro parasse no meio da estrada”, declarou ele ao amigo Ricardo Kotscho semana passada. Depois de anos sem, como se diz em Brasília, tocar em uma maçaneta de porta, o ex-presidente volta agora para lugares e pessoas que já fizeram parte do seu dia a dia. Traz sua transformação pessoal para um ambiente onde, provavelmente, muito pouco mudou. Lula optou por não se afastar do País e tem tentado não interferir no governo da sucessora. O resultado deste esforço é parcial. Quando deixou o poder, Fernando Henrique Cardoso, acompanhado de dona Ruth, decidiu sumir do Brasil e escolheu a França para passar três meses. Ali se habituou novamente a comprar jornal, fazer café, andar nas ruas e pegar metrô. Mesmo assim, segundo admite, a passagem é complicada. FHC recebeu a coluna, na tarde de quarta-feira, para falar sobre poder na condição de ex-presidente e sociólogo. O poder corrompe ou revela o caráter de uma pessoa? Para o intelectual, ele “mais revela” do que transforma. Ou seja, para FHC, a ocasião NÃO faz o ladrão. Aqui vão os principais trechos da conversa.

Qual a diferença entre o poder exercido por uma mulher e por um homem?

Depende. Se a mulher sobe com esta característica, porque é mulher e lutou, é uma coisa. Se sobe porque lutou muito, competiu com outros homens e mulheres de igual para igual, é outra. Ela fica mais dura. No caso atual, a presidente Dilma nunca foi feminista, nunca se apresentou como tal. Nem é uma política. É uma técnica que subiu na base do jogo que aí está. Portanto, não sei se haverá diferença.

Mas ela é mulher. E mulheres são diferentes. O comando de Dilma terá qual componente feminino?
Vamos ver. Ela chegou lá pelas virtudes da profissão, da política, da coisa de tecnicalidade e não pelas características de personalidade. Então não sei se esse lado da mulher adjetiva vai florescer.

Para se ter poder é necessário, de fato, aparentar poder?

Em geral, sim, mas não necessariamente. Você às vezes tem que disfarçar o poder para exercê-lo. A tradição brasileira é muito mais de disfarçar do que de aparentar. As famosas coisas que Getúlio fazia, por exemplo: fingia que ia fazer algo e ia para um outro lado. Acho que, em geral, quem tem consciência do poder não vai exibi-lo. Ao exibir, abre o jogo e cria o contra corpo.

Lula exerceu o poder por meio da popularidade?

Ele parecia gostar da exterioridade do poder muito mais do que da eficácia de uma decisão. Gostava do aplauso. É uma forma de exercer o poder. Mas nunca vi no Lula um homem de Estado, um poder no sentido mais forte, daquele que tem visão, sabe que tem que alcançar seus objetivos e constrói o caminho. Ele construiu o poder para si mesmo.

O senhor acha que ele não tinha um projeto para o Brasil?
O que tinha, esqueceu no caminho. Adotou o que existia, não o que ele havia proposto. Até me pareceu interessante o Lula no Fórum Social no Senegal, que é o fórum contra a globalização. Ora, o Lula foi o presidente que mais ajudou o Brasil a se globalizar. Aderiu inteiramente. Eu não estou criticando por ele ter feito a adesão. Estou criticando a mudança, essa inconsistência. Ele não tinha um propósito. Este já havia sido dado pela sociedade. Ele assumiu aquilo e como que surfou na direção que a sociedade estava apontando. Não contrariou para mostrar que tinha um objetivo e a força de mudar algo em curso para chegar ao seu objetivo.

No mundo, as pessoas hoje pensam mais no poder do que em um projeto de Nação?
Vamos pegar o que aconteceu nos Estados Unidos no século 18. Bem ou mal, aqueles líderes definiram um caminho, criaram a declaração universal da democracia, a Constituição americana, adotaram as concepções de Montesquieu e por aí foram. Tinham uma visão de futuro e aquilo marcou tudo. Mesmo um tipo como Napoleão, que é o oposto da coisa americana. Aqui, José Bonifácio tinha essa percepção e sabia o que queria. D. Pedro II, se não tinha uma visão, alguma ideia ele tinha de que tinha que civilizar isso aqui. Eu acho que alguns presidentes brasileiros tiveram, como o Getúlio: você pode não concordar com a visão dele, mas ele tinha noção de Estado herdada dos positivistas, autoritária e tal. Alguns tiveram uma certa noção, desenharam o que era possível para o País, mesmo que não tivessem uma coisa tão fundamental como os grandes pensadores americanos.

Obama tinha um projeto quando se elegeu?

Não. O Obama tinha um discurso: “Sim, nós podemos”. Podemos o quê? Nesse aspecto, ele tem uma certa semelhança com o Lula, porque os dois simbolizavam alguma coisa. Não é que tivessem que ter uma proposta. Eles próprios já simbolizavam mais democratização: venho de baixo e chego lá, sou negro e chego lá. Aquele discurso admirável do Obama sobre racismo é uma coisa grandiosa. Mas não é um projeto de Nação. Ele também chegou lá e fez uma tentativa de melhorar o bem-estar da população com seu projeto de saúde. Conseguiu mais ou menos, não tudo que queria. E ficou perdido por isso, passou a ter que resolver os problemas deixados por outros. Ou seja, como enfrentar a crise do capitalismo com os instrumentos disponíveis? Daí por diante, inundou o mundo de dólares, salvou os bancos. Não creio que fosse projeto dele. Foi engolfado pela situação.

O senhor acha que Dilma assumiu o poder com um projeto?
Acho que não. Ela nunca falou à Nação sobre isso. Vai tocando no dia a dia. Qual é o projeto? O que está bem, que continue. Acabar com a pobreza, todos nós dissemos isso e todos nós fizemos um pouco nessa direção. Não só eu, antes de mim também o Itamar, o Sarney, os militares. Isso não é um projeto de Nação: é uma necessidade. Não podemos ter um País com esse grau de pobreza. Nesse momento em que ninguém pode mais ter um projeto desligado do mundo, visto que o grande problema hoje é ligado à globalização, não dá para você ter um caminho que não incida e sofra as consequências do mundo. Temos que discutir estratégias.

Em entrevista à Globo News, o senhor definiu o poder como duro, difícil e sofrido. Qual é o real poder de um presidente no Brasil?
É o de convencimento. Ele tem de convencer o País e o Congresso a ir num certo rumo. Caso contrário, as forças constituídas não mudam nada, ficam repetindo o que elas são. Para exercer de fato o poder no sentido pleno, ao exercê-lo, ele tem que mudar as coisas numa determinada direção. Fora disso, não consegue. A sociedade tem que cobrar mais. O que a sociedade quer? Se o presidente tiver visão das coisas, ele pode até capitanear a mudança, mas ela nunca é dada só pela vontade do presidente. Ela capota diante das instituições e da tradição do que está estabelecido.

Existe uma versão “criminalizadora” da política e do poder, sugerindo que pessoas boas entram na política e aí se tornam más e corruptas. Poder corrompe ou revela o caráter?

Mais revela. É claro que o poder absoluto dá mais chances aos mais fracos de ficarem maus. Veja, vamos falar português claro: uma pessoa que tem posição de mando (não precisa ser presidente) tem enormes possibilidades de enriquecer. Ele tem informações e pode usá-las. O que freia isso, o que inibe? É você mesmo. Quando você não o faz, é você mesmo que deixa de fazê-lo. Não é que o poder está impedindo. Então, acho que poder revela muito mais do que cria ou deforma. É claro que a permanência no poder deforma, porque essas chances vão se repetindo, repetindo… e aí chega um momento em que o risco de você incorrer em erro é maior.

Vou lembrar a frase de que o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente. Antes de corromper, o poder não deslumbra?
A muita gente, sim. Vou falar em termos pessoais: eu nunca me deslumbrei.

Quem o conhece, diz que o senhor era uma pessoa antes de assumir o poder, a mesma pessoa durante e a mesma quando saiu. Mas dentro do senhor, o que mudou no exercício do poder?
Dentro muda. Você vê que as coisas são muito mais difíceis do que você pensava. Você vê que a ambição humana é muito maior do que imagina. Pessoas que são próximas, e você nunca vislumbrou a possibilidade de elas terem uma ambição desproporcional, pedem a você o que não devem pedir. O poder dá uma percepção talvez mais realista do ser humano.

Como isso mudou o senhor como pessoa?

Talvez endureça um pouco, porque você desconfia, a pessoa vai te procurar e você pensa: “O que será que ela quer?”. Em vez de partir do princípio de que não quer nada que seja negativo. Começa a ficar com um pé atrás, fica esperto, astuto para o mal que possa vir. Mal no sentido do inapropriado. A Ruth pesou muito também no meu estilo, porque era muito direta, muito simples, sempre teve horror de ostentação de poder e dessas coisas. Minha família não ficou deslumbrada. Até hoje, quem são os meus amigos mais próximos? São os da universidade, que eu já tinha antes. Com quem eu convivo? Com as pessoas que sempre convivi. É claro que acrescentei, mas nunca mudei de grupo, de camada, de círculo.

Quando o senhor saiu do poder, teve síndrome de abstinência?
Não, não tive. E tomamos uma resolução, Ruth e eu. Imediatamente saímos do Brasil. Por três meses ficamos na França e tomamos decisões claras: não vamos ter automóvel, segurança, assessores. Vinha um rapaz da embaixada brasileira uma ou duas vezes por semana trazer correspondência e conversar. Andei de metrô. Fiz isso logo para me dizer: não sou mais presidente. E passei a desfrutar das coisas que eu gosto. Ir a museus, comprar livros, comecei a me preparar para escrever um livro, via meus amigos, ia comer em restaurantes que eu gostava, ia ao teatro, andava a pé. Foi uma terapia de choque, digamos assim.

Como é o poder para o senhor hoje em dia?

Hoje não tenho poder nenhum. Posso ter é influência, que é uma outra coisa. É a capacidade de a partir do que você fala e faz, influenciar o comportamento de terceiros. Poder é quando você pode obrigar, eu decreto tal coisa e passa a valer. Você tem a capacidade de coagir o outro, pela lei no caso da democracia, mas mesmo a lei está baseada na força, tem autoridade.

O poder leva ao autoengano? Por exemplo, muita gente critica que o senhor deveria ter feito muito mais marketing dos coisas que conseguiu fazer durante seu governo, em lugar de esperar que a história lhe fizesse justiça.

É possível que o poder iluda. No caso do marketing, eu mesmo tinha muita resistência. Por outro lado, naquela época isso não seria tolerável, as finanças não eram tão favoráveis assim. A Bolsa Escola, por exemplo, foi a origem de todas as bolsas. Distribuímos 5 milhões de bolsas e eu não usei isso como se fosse dádiva.

O senhor achava que haveria um reconhecimento natural ao seu governo?

Eu não estava nem pensando nisso. Tinha uma dúvida profunda: não sei se estou constituindo um começo ou um interregno. Eu dizia isso: essas coisas que nós estamos fazendo, eu não sei se é o começo de uma mudança ou se é um momento que depois vai regredir. Vendo hoje, algumas coisas foram um começo, a estabilidade foi uma delas, assim como a área social. Outras foram um interregno, como a concepção de secularizar mais a política e não ficar nessa coisa patrimonialista.
Mas e o marketing?

Nunca tive a preocupação de fazer propaganda em termos pessoais, realmente não pensei. Alguém me perguntou como vou ser visto daqui a 100 anos. Será que eu serei visto? E se eu for bem-visto, estarei morto. De que adianta? (risos) E tem o seguinte: a História modifica o julgamento. Dependendo de cada momento da História, você é bom ou é mau, isso vai variando. Se você fez alguma coisa que mereça ser vista por ela, ótimo. Mas isso não quer dizer que sua posição está assegurada, porque alguns vão dizer que foi bom e outros que foi mau. Depois muda a geração, o que era bom virou mau, o que era mau virou bom. Isso é muito comum, não só no poder. Eu estava lendo hoje numa revista: “Baudelaire não conheceu a glória quando vivo”. Pode ser. Mas de que adianta conhecer a glória morto?