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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Meditando com o Bispo Josué Adam Lazier da Igreja Metodista.

Visite o site do Bispo Josué:http://josue.lazier.blog.uol.com.br/index.html
A JABULANI SE CONVERTEU

A bola utilizada na última Copa do Mundo, a jabulani, ficou famosa pelas variáveis que ela tomava ao ser lançada para o gol com chutes fortes, fazendo desvios e dificultando o trabalho dos goleiros.

Ela me suscitou esta breve reflexão. O último censo do IBGE (2000) apontou que o número de brasileiros que se declaravam sem igreja era bem significativo. Provavelmente o censo deste ano mostrará que este índice cresceu em nosso país, além de outros índices que o censo registrará.

Eu me refiro “aos sem igreja” para chegar “aos que têm igreja, mas não vão à igreja”. Embora o censo do IBGE não apresente este dado, um bom observador constatará que é crescente o número de pessoas da igreja que estão deixando de ir à igreja, não por falta de fé, por apostasia, por rebeldia, seja lá o que for. Muitos estão deixando de ir à igreja porque ela tem deixado de ser em muitos aspectos a Igreja do Senhor e não tem oferecido o “descanso para a alma”, como cantou tantas vezes o salmista no passado, tampouco tem oferecido o pão que sacia a fome pelo conhecimento acerca da sã palavra de Deus e não tem sido espaço de conforto para as lutas da vida ou mesmo apresentado inspiração para uma espiritualidade sadia, sem esquizofrenias.

A jabulani me faz pensar que a igreja perdeu o “time” (tempo em inglês) e se transformou num time de aloprados que correm atrás da jabulani da prosperidade, do sucesso, do ter e possuir, não se importando com a ética, com a moral, com a dignidade da vida, com a simplicidade do Evangelho, com a justiça do Reino e com a santidade bíblica.
Eu lamento muito dizer isto, mas o número daqueles que “têm igreja, mas não vão à igreja” continuará crescendo porque as pessoas da igreja que não vão à igreja começam a descobrir que ela (a igreja) vai muito além dos muros, ou das cercas, ou dos preconceitos, ou das doutrinas personalizadas, ou dos púlpitos que se transformam em tribunais de condenação daqueles que pensam diferentemente daqueles que estão na condução da igreja.

Eu choro, em especial, ao ver a multidão de jovens que a igreja conseguiu (isto mesmo, a igreja conseguiu) levar para o caminho largo e insinuar que eles (os jovens) podem ir por este caminho, porque na igreja de hoje não há lugar para eles, a não ser que se enquadrem no “esquema eclesial” de alguns líderes que quando foram jovens... (é bom nem falar). E pensar que tem pastor que dá sustentabilidade para líderes que fazem de tudo (consciente ou inconscientemente) para que os jovens fiquem quietinhos, bem comportadinhos, enquadrados, cantando hinos e recitando salmos, num ritmo missal, dá uma dor no coração.

Eu queria dizer nesta breve reflexão que está chegando a hora de fazermos um encontro de “cristãos que têm igreja, mas que não vão à igreja”. Como afirma o profeta apocalíptico: quem tem ouvidos para ouvir ouça o que o Espírito está dizendo. Eu não tenho dúvidas de que Deus está falando para a Sua Igreja que é tempo (kairós) de rever práticas eclesiais, ministeriais e motivações para o exercício de ministérios ou funções na igreja. É tempo de voltar ao “primeiro amor”. É tempo de voltar à sã doutrina. É tempo de voltar à santidade bíblica. É tempo de colocar o Reino de Deus e a sua Justiça em primeiro lugar. É tempo de voltar para o altar de Deus e se quebrantar para viver o Evangelho que Jesus ensinou.
Escrevo para mim mesmo.
Bispo Josué Adam Lazier
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Meus comentário ao texto do Bispo Josué:

Caro Bispo Josué, Graça e Paz Lendo sua reflexão sobre esse grupo específico de pessoas “da igreja, que estão deixando de ir à igreja”, bem como seus argumentos que tentam esclarecer esse fenômeno, chego à conclusão que hoje mais do que nunca a vocação e a vida com Deus precisam ser levadas em conta na hora da escolha de um candidato ao santo ministério.
 A primeira vista, pode parecer que meu argumento não tem muita relação com o núcleo da matéria, mas não é bem assim. Todos os argumentos citados pelo bispo que contribuem para esta situação passam pela visão pastoral e ela respectivamente, pelo conhecimento e a vida que o pastor tem (de e com) Deus. Infelizmente muitos deste grupo de irmãos que chamamos de pastores, do qual me considero o menor, estão ainda com o coração distante do que representa sua vocação ministerial, dando espaço para que muitas distorções aconteçam na visão do que é ser igreja.

 Tenho agradecido a Deus pelo que Ele tem me ensinado em cada reflexão sobre sua igreja. Um dia destes estava orando especificamente sobre isso e o Espírito me pediu para tocar numa pedra de gelo. Ao tocá-la meu dedo grudou e na mesma hora meu tato capturou a baixa temperatura da pedra. Depois disso voltei à oração e ouvi de Deus: “Assim deve ser o pastor com o rebanho, quando tocar a ovelha precisa perceber sua temperatura, caso contrário, você será alguém que ainda não entendeu o seu chamado”. Abraços e obrigado por mais essa reflexão.
Pr. Paulo Cesar Nogueira



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