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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

ESPAÇO REFLEXÃO - Por que algumas pessoas ficam frustradas com seu chamado ministerial

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Neste último ano comecei a observar que 80% das pessoas (de outras igrejas) que vinham ao nosso ministério buscar aconselhamento, estavam frustradas ministerialmente.

Confesso aos nossos leitores que no início não me dei conta que esse número era tão significativo, mas com o passar do tempo, fui percebendo que a frieza espiritual e a falta de interesse pela igreja narrado pelos aconselhados, na maioria dos casos, já que evidentemente não estamos falando aqui de uma regra, tinham origem na decepção ou mesmo, no aparente fracasso da vida ministerial de cada um deles.
 
Um detalhe curioso sobre essa questão: uma boa parte deste grupo está frustrada com um "chamdo" que nunca teve  início de verdade. Muitos irmãos confundem "chamado ministerial" com outras atividades desenvolvidas dentro da igreja durante sua permanência nela.

Neste ponto da matéria considero importante, para entendimento e organização da linha de raciocínio, trazer à memória como tudo começa na vida do crente, ou melhor, dizendo, como o processo do "chamado ministerial" se desenrola de uma forma geral na vida dos filhos de Deus.Ao aceitar Jesus somos inseridos no Corpo do Salvador. Na comunhão do cotidiano o Espírito começa a dar sinais do chamado ministerial de cada um, convencendo o cristão da vontade de Deus na vida dele. Dependendo da visão da igreja, a comunicação vai sendo estabelecida de diversas maneiras na mente do novo filho de Deus até que ele, de forma madura, tenha convicção suficiente para não duvidar do chamado específico de Deus para sua vida em relação ao Reino.

Pelo que tenho percebido em nossos aconselhamentos, é neste ponto que ocorre uma grande confusão na mente dos nossos irmãos. Ao terem convicção do seu chamado, muitos confundem suas atividades  na igreja local como sendo "a parte que cabe a eles na concretização do projeto ministerial de sua vida", ou seja, continuam a fazer as mesmas coisas que sempre fizeram, dando a Deus as mesmas respostas que sempre deram, acreditando que ocorrerá um passe de mágica e que Deus transformará os irmãos A,B,C,D em pastor, evangelista, missionário, mestre.... de um dia para o outro.Para complicar ainda mais a história, alguns deles se deixam envolver por completo com as chamadas "atividades de fogo", acreditando que um ministério ( e também o ministro) pode ser sustentado (no sentido de fazer a vontade de Deus e ficar de pé) dessa forma.

Com o nosso questionamento acima, não temos a intenção de limitar o poder de Deus na vida de quem Ele chama, até porque, O Eterno é onipotente, podendo fazer todas as coisas, mas é importante observar que Ele tem um padrão, que por sinal é demonstrado em toda bíblia, onde devemos perseverar para estabelecer nossas fortalezas de referências.

Em nosso gabinete já ouvi muitas vezes destes irmãos que “Deus não chama capacitados, mas que capacita os que são chamados”. Está frase, que muitas vezes é citada como um versículo bíblico, contribui para que essas pessoas se escondam atrás dos seus erros, que na maioria das vezes reside em não responder ao seu chamado do jeito que Deus espera, permanecendo na zona de conforto que eles estão acostumados. Na cabeça deles tudo vai acontecer como um passe de mágica. Um belo dia eles vão acordar e tudo se fez pastor, missionário, presbítero..... ou um outro chamado do Reino.

Amados Deus é sobrenatural, mas não faz mágica. Esse tipo de negócio não é com Ele e não pertence ao seu Reino. Por isso, prestem bem atenção nesses nomes: Jacó, Paulo (aos olhos dos homens alguém muito capacitado), José, Gideão e tantos outros, todos eles tiveram que ir além do que faziam antes como uma resposta os seus chamados, só desta forma, eles foram materializados. Nenhum deles foi o mesmo ou ficou fazendo as mesmas coisas ou o mesmo esforço, todos evoluíram em caráter, conhecimento e piedade no sentido bíblico. Independete disso, tudo sempre será pela graça divina, que mesmo assim não é mágica.

Resolvi escrever esse texto por dois motivos: 1)Devido ao grande número de pessoas frustradas ministerialmente.Dessa forma acredito que a matéria possa despertar algumas que já estão nessa situação e também prevenir outras de caírem nela. 2)Observei que em nossa igreja, apesar de ser ainda muito pequena, esse fenômeno já está se manifestando .Sendo assim, desejo deixar para os nossos leitores o mesmo conselho que já dei aos membros de nossa igreja após identificar  os sinais deste processo:

“Amados, ninguém é obrigado a responder ao seu chamado do Jeito que deve, mas em contrapartida, não alimente fantasias ou ilusão sobre a realização dele, acreditando que tudo irá se cumprir independente da sua atitude. Se você  deseja ficar na zona de conforto, essa decisão é um direito seu, mas não alimente sonhos de ser ministerialmente o que Deus chamou você para ser dentro do Reino”.

A propósito a frase “Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos. Fazer ou não fazer algo, só depende da nossa vontade e perseverança" é de autoria do cientista Albert Einstein. É certo que Deus capacita, seja alguém com algum conhecimento ou não, porque Ele é Deus e aos seus olhos todos nós somos incapacitados, mesmo que seja o maior cientista do mundo. Mas como bem observou nosso amigo cientista, é necessário vontade e perseverança.

Quer ser o que Deus te chamou? Comece a mudar sua vida, seus valores, suas prioridades hoje, busque conhecimento, experiência e acima de tudo, humildade diante de Deus e de seus irmãos. Amados, Espero que o texto responda as dúvidas de alguns leitores e de outro lado desenvolva a reflexão de muitos, já que chamado de Deus é coisa séria, que não deve ser vivido de qualquer jeito.

Em Cristo
Pr.Paulo Cesar Nogueira
Ministério Religare
Minreligare.blogspot.com
Facebook Paulo E Flávia Nogueira

4 comentários:

  1. Pastor Paulo. Li o seu texto. Gostaria de deixar um pensamento, para contribuir com a reflexão, ressaltando suas ponderações. É importante lembrar que Jesus não chama funcionários ou servidores ("servidores públicos"), mas sim servos e seguidores, cujo chamado e seguimento atribuem uma nova vida que deve ser referenciada nos valores do Reino de Deus. Talvez a frustação de muitas pessoas esteja no fato de não compreenderem que o chamado de Deus significa "sair de si mesmo" para servir aquele que é maior do que nós. Grato pela palavra pastoral. Bispo Josué Adam Lazier

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  2. Obrigado Bispo Josué por sua participação nesta postagem. Como sempre, seus comentários são muito oportunos.Como registrou, a dificuldade é "sair de si", porque está atitude implica em abrir mão de uma zona de conforto que muitas vezes está entranhada em nossa natureza humana. Só uma conscientização do que é ser servo e seguidor pode mudar isso. Mas ai nós caímos num outro problema, as igrejas estão mais preocupadas em ensinar outras coisas do que o Evangelho. Bem o Jeito é continuar escrevendo, orando e confiando na graça do nosso Deus. Abraços meu querido bispo. Pr.Paulo Cesar

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  3. Pr Paulo, creio que a chave para se entender tudo isso está na sua colocação de que todos nós devemos nos conscientizar de que somos servos (escravos) de Jesus, e não apenas meros seguidores. A vida ministerial se inicia com esta constatação, e por meio da entrega total da nossa vida ao serviço. Claro que há etapas fundamentais, como a capacitação, por exemplo. Conheço líderes que creem que, se foram chamados, serão também capacitados (acreditando na assertiva de Einstein), e não fazem qualquer esforço para adquirirem conhecimento, preparo para o seu ministério. São incapazes de ler, fazer um curso, estudar, nada, se dizem apenas 'dependentes do Espírito Santo', e , obviamente como dito, Deus não trabalha desta maneira, apesar de poder fazê-lo se quiser.
    É fundamental que a igreja pregue, ensine, discipule o Evangelho para que todos possam vir a se tornarem excelentes ministros, seja em que áreas forem, porém, todos entendendo que são servos de Jesus, com os ônus inerentes à essa servidão.
    Pr Fernando Marin

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  4. Boa tarde pastor Fernando Marins.
    Independente do que escrevemos, retornamos sempre ao mesmo ponto:Está faltando falar e ensinar as pessoas o verdadeiro Evangelho. Todas as minhas observações, do Bispo Josué e as suas, no fundo se resumem a isso. O povo e até muitos pastores estão vivendo um "evangelho" que diz coisas contrárias a "essa coisa" de ser servo,estudar, abrir mão, mudar,se sacrificar e ....Mas como comentei com o bispo, o Jeito é continuar escrevendo, orando e confiando na graça do nosso Deus. Abraços meu querido amigo. Pr.Paulo Cesar

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