Estamos abertos a convites para:

CONVITES SÃO ACEITOS INDEPENDENTE DO TAMANHO DE SUA IGREJA E LOCALIDADE DELA, SEJA NO BRASIL OU NO EXTERIOR. FALE CONOSCO ATRAVÉS DO E.MAIL(pauloflecha1000@hotmail.com)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Meditando com o Bispo Josué Adam Lazier da Igreja Metodista.

                                             Escola Dominical – JARDIM


OU  LAVOURA?
                               
Esta pergunta aparentemente ingênua nos remete a uma reflexão mais abrangente sobre a educação levada a efeito no espaço dedicado à Escola Dominical. As diferenças entre um jardim e uma lavoura todos sabem.

O jardim apresenta uma variedade de flores onde cada espécie tem o seu “jeito” de enfeitar, perfumar e colorir o jardim. Por apresentar flores diferenciadas, o/a jardineiro/a também oferece um “tratamento” que é diferenciado, pois ele/a observa cada flor, a qualidade, a forma, o jeitão da flor se apresentar ao mundo, etc. Assim, ele/a não trata as flores como se fossem plantas iguais umas das outras, pelo contrário, ele/a percebe as diferenças e respeita estas diferenças. É bonito ver um jardim todo florido e bem cuidado.

Já a lavoura é diferente. A planta é a mesma. Se a pessoa olhar para a lavoura verá a mesma planta que se estende por muitos metros ou quilômetros. É bonito ver uma lavoura florescendo. No entanto, o tratamento dispensado às plantas da lavoura é o mesmo, pois se trata de uma única espécie.
Assim, pensar na Escola Dominical é considerar que ela apresenta uma variedade de pessoas que se encontram para refletir sobre a vida à luz da Palavra de Deus. O/a cuidador/a da Escola Dominical deve atuar como um/a jardineiro/a, ou seja, considerar a diversidade da vida humana e o jeitão de cada pessoa se expressar e evidenciar a sua fé em Cristo. Na Escola Dominical na perspectiva do jardim existe a diversidade de raça, de gênero, de etnia, de geração, de experiências, de aprendizagem, etc. Neste tipo de escola o/a cuidador/a observa as pessoas em suas particularidades. Esta escola tem alegria.

Se a Escola Dominical for tratada como uma lavoura, não haverá espaço para a diversidade, pelo contrário, tudo será homogêneo, tudo será estereotipado e seguirá a mesma forma ou fôrma. Neste tipo de escola as pessoas não são sujeitos e sim objetos. Esta escola é muito triste.

Se as metáforas são simplistas, o fato é que na Escola Dominical não há espaço para o simplismo, para a improvisação, para a reprodução de conhecimentos sem a vivência entre as pessoas, para educadores/as que não estejam comprometidos/as com a vida na perspectiva do Reino de Deus.

Na Escola Dominical do tipo jardim o/a cuidador/a é consciente, prudente, humilde, aprendente e coerente. Que tal? Como é a sua Escola Dominical? Está mais para jardim ou para lavoura?

A situação problematiza quando um/a cuidador/a de lavoura é colocado/a para cuidar do jardim...

Bispo Josué Adam Lazier

Meus comentário ao texto do Bispo Josué:
Sabe Bispo, infelizmente sua alegoria não está restrita a escola bíblica, o que já seria lamentável, mas ela alcança também outros espaços dentro da igreja. Creio que lidar com pessoas no estilo lavoura, faz parte do pacote "queda do homem". Há dois meses fizemos em nossa igreja um tempo de repouso de 40 dias. Neste período, nenhum evento ou reunião foi realizado. Prestamos nosso culto a Deus, tivemos aulas na EB e também na "Escola de Teologia". Durante esse período só pregamos sobre o livro de São Mateus, especificamente falando do Reino. O Objetivo era uma conscientização maior da igreja em relação à vida Cristã. Estamos colhendo agora muitas coisas boas deste período, mas preciso confessar, mediante a graça de Deus, que talvez o mais tratado nessa história toda tenha sido eu mesmo como pastor. Tenho certeza que depois deste período, tenho olhado mais para igreja como um jardim do que como uma lavoura.

Um comentário: