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terça-feira, 26 de julho de 2011

ESPAÇO REFLEXÃO: Quem está sentado na sua "cadeira de exemplo"... é a Amy Winehouse?

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Devido à importância deste tema para nossa sociedade e também para a vida cristã, hoje vamos refletir um pouco sobre o conceito da palavra "exemplo", já que ao observamos nosso cotidiano, percebemos uma grande confusão a respeito deste assunto, que de uma maneira muito influente, participa de todos os momentos e decisões de nossa vida, mesmo que conscientemente não tenhamos essa percepção.

Nossa análise compartilhada neste texto está baseada nos conceitos expressos por esses dois respeitados dicionários, que tomamos a liberdade de citar abaixo:

Definição do dicionário Priberam da Língua Portuguesa: Exemplo > “Aquilo que pode ou deve ser imitado”.

Do dicionário Houaiss: Exemplo> “Tudo que pode ou deve ser imitado; modelo”.

Ambos os instrumentos de coletânea da nossa língua, nos direcionam a entender que a palavra "exemplo"(no sentido que estamos abordando) está ligada a um padrão que pode, ou até mesmo deve ser adotado de forma imperativa por todas as pessoas. Considerando esta característica da palavra "exemplo" como uma verdade universal, pela lógica clássica, pode-se deduzir que exemplo é algo certo, correto, aprovado, saudável, legal e justo.

Seguindo em direção a plenitude desta definição encontraremos apenas Um que pode ser considerado como exemplo para nossas vidas. Sim, ninguém além de Jesus pode ocupar este lugar neste nível que chamamos de ápice. Mas como desejamos nos alongar um pouco mais nesse assunto, vamos trabalhar nosso texto num nível abaixo do patamar da plenitude, onde alguns seres humanos podem e devem, desde que guardadas as devidas proporções, serem encaixados de forma lícita como "exemplos", enquanto outros, de forma clara, devem ser rejeitados como exemplos, bem como sua prática de vida.

É interessante observar, dentro deste contexto, que muitas pessoas escolhem seus exemplos de forma “romântica”(no sentido do exemplo não ser exemplo literalmente), sem levar em consideração o verdadeiro sentido desta palavra e sua realidade na vida das pessoas que foram escolhidas como exemplo.

Uma amostra recente “deste romantismo” está no conjunto de pessoas que considera a jovem cantora Amy Winehouse como exemplo para suas vidas. Infelizmente não tem como negar que uma escolha desta é algo irracional.

Quando estou aconselhando, sempre faço o seguinte exercício com meus aconselhados, pergunto a eles quem são seus exemplos de vida, para que em seguida possa confrontar o caráter dessas pessoas com alguém que verdadeiramente se pareça um  exemplo.

Ao fazer isso, não são poucas às vezes que encontro “pessoas” completamente desqualificadas “sentadas nas cadeiras de exemplo” dos nossos  aconselhados, o que de certa forma, influencia negativamente na vida deles. Em muitos casos a explicação para essa escolha irracional está no fato da pessoa considerada como exemplo, apresentar algum dom natural na área das artes. Como é o caso da cantora Emy.


Como falei acima, sem entrar em questões da psicologia, essa escolha acontece muitas vezes de forma puramente romântica, sem nenhuma razão lógica. Para elucidar melhor nossa exposição, vou relatar um aconselhamento muito especial que fiz há alguns anos.

Certa vez aconselhei uma jovem cristã que sempre traia seus namorados, independente do seu temor a Deus e seu sentimento por quem estava namorando. Para glória de Deus hoje ela está casada, bem casada e completamente....vamos dizer: curada desta dificuldade.

Sua vitória se deu mediante graça divina que plantou no coração de seu jovem namorado fé na sinceridade da jovem, apesar dela o ter traído. Juntos vieram para o aconselhamento e abriram o verbo. Ele contou que ela o havia traído, mas que acreditava no amor dela e também que ela poderia ser curada desta “pré-disposição”. Ela por sua vez declarou que não agüentava mais essa situação, já que não era isso que ela queria para sua vida. Relatou também que muitas vezes oraram por ela tentando expulsar algum demônio, mas em todas essas situações nada aconteceu.

No primeiro aconselhamento fiquei praticamente em silêncio todo o tempo, já que os dois estavam com necessidade de desabafar. Ao final da conversa, pedi que ela retornasse sozinha no dia seguinte, o que ela fez com fidelidade de horário. Iniciamos o aconselhamento orando e meditando na Palavra. A seguir, de forma rápida, perguntei a ela, quem era o seu exemplo de vida. Mais rápido ainda ela respondeu-me que era seu pai, relatando o esforço dele para criar ela e seus irmãos, bem como o carinho e amor que ele sempre dedicou a família, principalmente a ela.

Confesso que a resposta dela me pegou desprevenido, já que esperava algo diferente, mas mesmo assim não fiquei bloqueado. Sendo ainda mais rápido, me voltei para ela com outra pergunta: “Mas qual é o pior defeito do seu pai”? Ela ameaçou abrir a boca para responder quase que automaticamente, mas se calou, levando as duas mãos ao rosto e se desmanchando em lágrimas.

Naquele momento percebi que nosso aconselhamento havia atingido seu propósito, ela se deu conta que ao escolher seu pai como exemplo de vida (tendo em vista o carinho dele e seu esforço para com a família), acolheu também seus defeitos, sem percebe o quanto eles eram danosos. O pai da nossa jovem era um homem muito esforçado e amoroso, mas  infiel a sua esposa, tendo vários casos amorosos por ano.

Depois de alguns minutos, conduzimos essa jovem em oração, pedindo ao Espírito que Ele ajudasse ela a separar as coisas, já que ela precisava conscientemente aceitar que seu pai errava muito ao trair sua mãe, seu casamento e a aliança construída junto a Deus.

Com carinho expliquei que admitir o erro do seu pai não implicaria em deixar de amá-lo, mas apenas rebaixar ele da posição de exemplo, já que ele era muito falho em uma área tão importante da vida.

Esta tomada de consciência ajudou essa jovem a resolver sua “pré-disposição”. Ela continuou amar seu pai, mas escolheu exemplos mais consistentes para sua vida( que em muitos casos foi o próprio Cristo), o que a fez reestruturar suas ações, comportamentos e decisões.

A análise do "exemplo" na vida das pessoas, quando realizada de maneira séria e sem rigor no questionamento, pode se transformar numa experiência muito interessante a todos que desejam entender melhor as decisões e opções humanas. Particularmente, tenho indicado esta atitude especialmente aos meus colegas de ministério, já que ela acaba se tornando uma excelente ferramenta de aconselhamento.

Com esta reflexão chamo nossa atenção para "o tipo de exemplos" que estão sendo acolhidos no meio do povo de Deus, já que a cada dia, parece que a Igreja está mais aberta para receber exemplos românticos do que racionais (no sentido de coerente com aquilo que cremos), baseados em outras mentes que passam distante da de Cristo e de sua Palavra.


Lembrem-se, os exemplos que acolhemos, influenciam nossa vida.

Em Cristo

Pr.Paulo Cesar Nogueira.
Ministério Religare
Minreligare.blogspot.com
pauloflecha1000@hotmail.com
Facebook Paulo E Flávia Nogueira

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