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domingo, 2 de outubro de 2011

Pastores, suas vidas e seus ministérios - Pastor Fernando Marin

Estamos sentindo falta dos comentários dos nossos visitantes aos textos e também de sua adesão ao nosso grupo de seguidores no blog, twitter e facebook. Desejamos interagir mais com o leitor. Este blog é um espaço onde você não precisa ter medo de se expressar, nós somos uma família em Cristo.

Amados do Senhor Jesus e queridos visitantes. É com alegria que trazemos para sua instrução e reflexão a entrevista realizada com o Pastor Fernando Marin. Como os outros entrevitados desta coluna, só conheço o pastor Fernando através das redes sociais, mas independente do nosso contato ser superficial, é notório algumas características deste pastor como por exemplo: Participativo, atuante, colaborador, quebrantado, amante do conhecimento e simples (está última por sinal, é uma característica difícil de se encontrar em nosso “mercado”). Leia com atenção e não deixe de comentar sua visão do fatos, é dessa forma que crescemos  como pessoa e cristão.

Perguntas:

Qual é o se nome completo e sua idade ( no caso das pastoras a idade é dispensável)?

José Fernando Marin de Almeida - 54 anos



É casado(a)? Com quem? Tem filhos? Quantos?

Sou casado Com Tereza Cristina, e tenho um filho - Daniel - com 15 anos de idade


Onde reside (cidade)?

Resido em Rio das Ostras - RJ



Há quanto tempo pastoreia?

Tenho 5 anos de consagração, mas, no presente momento, não estou pastoreando.


Além de pastorear exerce outra atividade como profissão secular?

Atuo como Monitor Presencial no Polo Macaé da Univ. Metodista de S.Paulo, curso de Teologia



Em que igreja (ou denominação) se encontra no momento?

Na Terceira Ig.Batista em Rio das Ostras


Como definiria o exercício pastoral?

Um sacerdócio, que só pode ser realmente exercido por alguém que tenha sido chamado por Deus e capacitado pelo Espírito Santo, por alguém que ame a Jesus Cristo e às pessoas, e que ponha esse sacerdócio em primeiro lugar na sua vida.



O que pensa do momento que vive a Igreja (protestante/evangélica) Brasileira de uma forma geral?

Penso que a Igreja no Brasil passa por uma fase difícil, principalmente as ligadas às Denominações Históricas, que não tem podido acompanhar as mudanças sociais e se readequarem a elas para melhor atingirem a comunidade e trazer a Palavra da Salvação às pessoas. Isso tem trazido distorções e até mesmo desvios doutrinários, como consequência de uma busca não planejada do crescimento da membresia.
 Como você encara, na sua visão teologia, o movimento neopentecostal que atualmente é tão combatido pelas igrejas históricas, reformadas e pela pentecostal histórica?



Creio que o movimento neopentecostal - de uma forma geral - vem atuando de maneira descompromissada com a Palavra de Deus, pregando uma teologia própria de cada líder de igreja, em detrimento de uma pura e sã doutrina. São formas inúmeras - e criativas - de se angariar recursos ( em nome de Deus), recursos esses que vemos aplicados em programas de TV ou de obras faraônicas, e que poderiam ser muito melhor empregados em atividades sociais ou evangelísticas. Vemos líderes de igrejas enriquecendo, enquanto que as pessoas permanecem totalmente ignorantes na fé, buscando na Igreja vida material, em detrimento do que preconiza o Evangelho de Jesus Cristo.
 Você defende o movimento dos apóstolos do século XXI, como o do René Terra Nova?

Defendo qualquer movimento, desde que seja pautado na Bíblia e que leve pessoas à Jesus. Se os atuais movimentos apostólicos seguem esse caminho, eu ou defenderei, caso contrário, que Deus faça a Sua justiça.



As igrejas de grande porte (para mensurar digamos acima de 1000 pessoas) conseguem atender as necessidades do rebanho ou elas se tornam o paraíso dos crentes que não querem ser incomodados no seu caráter?

Creio que igrejas grandes podem, sim, atender às necessidades do rebanho, dependendo da administração que seja aplicada (creio no Colegiado Pastoral como forma de viabilizar isso) . Outras formas de se pastorear esse rebanho seriam , por exemplo, Pequenos Grupos , ou células, o que torna essa tarefa mais branda e atende às demandas das pessoas.



Baseado não sua experiência, você acredita que um pastor consegue conciliar um atendimento eficaz ao rebanho e a igreja de uma forma geral, com uma vida profissional secular com carga horária de 8hr/ dia?

Se a igreja for de pequeno porte ( até 100 pessoas), creio. Acima disso, penso que o Pastor deve dedicar-se em tempo integral ao rebanho.



A gestão (não domínio) pastoral da vida do rabanho está sendo abandonada pela maioria dos pastores? Caso afirmativo, isso pode gerar uma mutação deste dom?

Com certeza, está sim. Falta de tempo, stress, problemas pessoais diversos, tudo isso vem contribuindo para que o Pastor seja muito mais um administrador do que um líder espiritual. Com isso, há o perigo (iminente) de o pastor transformar-se em apenas um profissional de liderança, deixando de ser um sacerdote (líder espiritual) . Tenho visto esse fato acontecendo no seio de algumas igrejas, e isso me preocupa muito. Creio que há a necessidade urgente de se reciclar pastores, como forma de se resgatar a função de liderança espiritual pastoral.


Em que área do cotidiano você acredita que a Igreja está ganhando? E onde está perdendo?

Creio que a igreja está ganhando por afastar muita gente das mazelas que assolam a sociedade atual (drogas, álcool, etc), mas perde em não estar estruturada para um efetivo trabalho social, que viesse a cumprir com a responsabilidade que temos nessa área. Penso, ainda, que nos faltam pessoas que pudessem vir a serem capacitadas em diversas áreas der liderança, e que pudessem auxiliar na manutenção do rebanho. Essa falta de líderes tem impedido um maior crescimento da igreja e um melhor atendimento às necessidades do serviço, auxiliando em muito a função pastoral.



No universo da sociedade brasileira, o que você considera como sendo o maior risco para uma vida coerente como Evangelho?

O consumismo desenfreado que temos visto em nosso país. Parece que as pessoas perderam a noção do valor do dinheiro, e de que a vida não é feita apenas de materialidade, de posses. A maioria das pessoas que tenho atendido estão afundadas em dívidas ou em depressão por não poderem saciar a sua sede consumista. É aí que entram denominações neopentecostais com as suas promessas de vida material abundante, e tem afastado muitos do Evangelho.


Qual a pergunta que você faria a quem for entrevistado(a) nessa coluna e qual seria a sua resposta para ela?

Perguntaria: Você considera que está fazendo a sua parte, o que lhe é requerido por Jesus em relação às pessoas, no sentido de evangelizar, amar, servir, de ser realmente um líder espiritual?

A minha resposta: Tenho procurado fazer a minha parte da melhor maneira possível, embora as dificuldades desta vida nos criem uma séria de impedimentos. Espero poder a cada dia fazer mais pelo Reino e chegar a me dedicar inteiramente à Obra de Deus.


Entre cristãos e não cristãos temos uma média de 100 visitantes/dia neste blog. O que ao final desta entrevista você diria para eles?

Em qualquer circunstância da vida, faça o bem !

Através do sistema de comentários do blog, nossos visitantes podem emitir opiniões, discordar, concordar e opinar sobre a entrevista e as respostas dos nossos entrevistados. Pedimos apenas que em tudo haja amor na forma de se expressar e bom senso na forma de criticar. Por favor registre sua opinião, ela é muito importante para nossa reflexão, o cristão precisa deste tipo de exercício.

Em Cristo

Pr.Paulo Cesar Nogueira

Ministério Religare

Minreligare.blogspot.com

pauloflecha1000@hotmail.com

Facebook Paulo E Flávia Nogueira

9 comentários:

  1. Congratulações ao entrevistado desta semana,demonstrou seriedade e bom conhecimento de causa. Creio ser pessoas assim com maturidade e seriedade no pensar e agir que fazem diferença na igreja do seculo 21. Pr. Adilson Almeida

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  2. Caro Pastor Adilson, agradecemos mais uma visita sua a nossa coluna. Com certeza é também de pastores participativos como o irmão, que a Igreja do século XXI precisa.

    abraços em Cristo
    Pr. Paulo Cesar Nogueira
    Ministério Religare

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  3. Acredito que há bastante coerência no que o Pr. Marin respondeu. As perguntas foram atuais, mas quase sempre as repostas são as mesmas. Isso só é a constatação de uma sociedade que descamba para um derradeiro declínio moral. Percebo que igreja precisa repensar suas práticas a partir das necessidades de sua comunidade e das demandas sociais. Uma ação contundente, não abandonando a prática da oração, mas agindo mais do que apenas falando. Não viver apenas na retórica que se esvazia. Temos que aprender a responsabilizar, de exigir justiça, de intervir quando necessário. Nisso concordo com o pastor. A meu ver a igreja deve denunciar e cobrar do poder público e de outros segmentos sociais, que ajam com mais responsabilidade no trato com o dinheiro público, bem como, deixem de reforçar princípios não éticos. A briga agora é contra a família, ressalte-se quase idolatricamente a sexualidade ou a sexualização de tudo. Uma sociedade do espetáculo que desenvolveu patologias que saltam aos olhos, a exposição a qualquer preço, sem escrúpulo, a patifaria é aceita como normal. Isso vende, da ibope, tem retorno, dá lucro. Elementos fundantes de uma sociedade tornaram-se fúteis e sem valor. O que vale é instinto básico e selvagem. Em uma sociedade capitalista e amoral, a violência torna-se um sub produto , bem como a imoralidade, o individualismo e o egoísmo, práticas comuns entre nos outros. Esta instabilidade gera a impotência e necrose do tecido social. Concluo dizendo que não deixei de acreditar na igreja, na comunidade consciente e que se conscientiza do seu papel transformador, que reafirma os seus princípios bíblicos teológicos, sem se deixar levar por qualquer vento de doutrina ou qualquer outra estória de conto de fadas que venha a bater a nossa porta.

    Rony Batalha (Servo inútil)

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  4. Tenho o privilégio de conhecer o pr Fernando Marin e sua abençoada família. Acrescentaria em sua descrição as qualidades de: amigo, conselheiro, excelente ouvinte... e pastor. É pastor pois mesmo estando sem ministério neste momento ele continua a atuar e a desempenhar seu papel de homem chamado por Deus para cuidar do rebanho do Pai Celeste preocupando-se unicamente em estar no centro da vontade de Deus. Concordo com todas as palavras que ele declarou e conheço a preocupação do mesmo com a mundanização do cristianismo e a acomodação da igreja diante das mazelas sociais.
    Registro aqui todo o meu amor e gratidão ao pr Fernando e Tereza que sempre estão dispostos a ouvir e aconselhar sendo guiados pelo Espírito Santo. Que o Senhor possa continuar a cobrir esta família com seus cuidados e seu mui grandioso amor.

    Andréia Paula.
    "Os cedros do Líbano que Ele plantou"
    Sl 104:16

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  5. Muito relevante para nossos dias, creio que numa sociedade contemporânea e num mundo totalmente globalizado é preciso ter uma identidade cristã, baseada numa caminhada sólida.
    O Pr. Fernando é uma referência, pois vejo que seu ardor pela obra perpassa as paredes do templo, digo isso pois sou aluno dele e percebo que ele trata os alunos como se fossem suas ovelhas e isso faz a diferença nos dias atuais onde o descaso com o próximo toma conta de inúmeras oranizações, destaco também o incentivo que o Pr. Fernando me dá sempre me apoiando nos estudos e nas minhas publicações.
    Por fim eu quero destacar a importância deste blog que a princípio não conhecia e sinceramente gostei muito pelo compromisso com os princípios da palavra de Deus aqui apresentados, Parabéns ao Pr. Paulo Pr. Flávia pela organização deste blog aproveito para deixar o meu também para troca de experiências seminarista-alexandre.blogspot.com

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  6. Agradeço ao Pr Adilson, ao Rony, colega teólogo metodista, à Andréia, ao Alexandre, um bom aluno, comprometido com o Reino.
    Mas, agradeço principalmente a Deus por me permitir servi-Lo e ao próximo, seja quem for. Comentários como esses nos deixam com a certeza do caminho a seguir. Obrigado, ainda, ao Prof Pr Luiz Carlos Ramos (FATEO UMESP), pelo comentário que me enviou ( foi meu professor de Homilética e de Práticas Liturgicas).
    Obrigado, Pr Paulo, mais uma vez, por essa rica oportunidade !
    Creio que ainda receberemos mais opiniões, palavras de servos fiéis e que estão dispostos a se sacrificarem pelo Evangelho.
    No mais, podem contar com o servo aqui.
    Abraço a todos!

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  7. Parabéns por essa maravilhosa entrevista com o meu amigo e irmão em Cristo, o Pr. Fernando Marin. Muito mais maravilhas foram asa resposta do Fernando.

    Fernando é realmente um homem sério, um servo do Altíssimo e um grande Teólogo. Li em suas respostas, as respostas que eu daria, exceto que não concordo com igreja em células, pois todas as minhas experiências com essa forma de Evangelização e Eclesialidade foram muito negativas, e pelo que tenho acompanhado bem de perto, aqui no Espírito Santo, o G12 e todo tipo de trabalho em célula tem sido motivo de discórdia, discenção, divisão, competição, evasão da membresia, mágoas, fofocas... Resumindo: problemas crônicos para o corpo, para as instituições e para o pastor. Por esse motivo, atualmente, estou observando a instituição da qual faço parte, pois esta está firmando aliança com esse tipo de eclesialidade, cuja essência quero distância. Eu vim de lá (G12 e células)e para lá não quero mais voltar.

    Parabéns pelo blog. Estou lhe seguindo, quando puder faça-me uma visita.
    Paz e Bem!!!

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  8. Austri,
    sei que há dificuldades na questão de células, pequenos grupos, ou o nome que se queira usar.Na verdade, não acredito em nenhum modelo pronto, copiado, mas sim eu uma forma própria, dentro das características de cada igreja. Já tive a oportunidade de trabalhar com pequenos grupos (de estudo) e a experiência deu certo, porém necessita de um acompanhamento de perto do pastor ou de um pastor designado para isso.
    Mas, claro que respeito a sua opinião e, confesso, estou até mesmo refletindo melhor depois de conhecê-la.
    Com certeza, ainda conversaremos sobre essa sua experiência, e, através do que você me ensinar, vou repensar melhor essa questão.
    Muito obrigado pelo seu comentário e um grande abraço, meu irmão!
    Pr Fernando Marin

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  9. Parabenizo o irmão Fernando pela entrevista, pois enfrentou todas as questões de forma direta, clara e com a simplicidade que é requerida de um servo de Deus.
    Suas respostas se coadunam com o seu perfil: sério, honesto e comprometido com tudo o que se propõe a fazer.
    Que Deus o ilumine cada vez mais, para que cumpras o Seu propósito: ganhar mais vidas para o reino, com ou sem ministério, pois Deus sonda o coração de seus servos e conhece muito bem o coração e os bons propósitos do irmão.
    Que a paz e o amor do Senhor permaneçam em seu coração.
    Um grande abraço,
    Marcia.

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