Estamos abertos a convites para:

CONVITES SÃO ACEITOS INDEPENDENTE DO TAMANHO DE SUA IGREJA E LOCALIDADE DELA, SEJA NO BRASIL OU NO EXTERIOR. FALE CONOSCO ATRAVÉS DO E.MAIL(pauloflecha1000@hotmail.com)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ESPAÇO RELACIONAMENTO - Eu não preciso do meu pastor. Eu não preciso da minha ovelha. O que o francês Derrida tem haver com isso?

Estamos sentindo falta dos comentários dos nossos visitantes aos textos e também de sua adesão ao nosso grupo de seguidores no blog, twitter e facebook. Desejamos interagir mais com o leitor. Este blog é um espaço onde você não precisa ter medo de se expressar, nós somos uma família em Cristo.

Existe uma crise no atual relacionamento dos pastores com suas ovelhas. Ao longo dos tempos, desde a formação da Igreja, foram várias as fases deste complicado relacionamento, que apesar de difícil não deixa de ser belo. É evidente que a crise de hoje não bateu à porta de todas as igrejas ou comunidades, mas com certeza toma conta de boa parte das congregações espalhadas pelo nosso país e até mesmo no exterior, onde creio, as coisas estão bem piores do que aqui, principalmente no chamado “primeiro mundo”. Nesta área geográfica , o conceito do homem suficiente tem alcançado preeminência na vida das pessoas, até mesmo dos cristãos.

Responsabilizar apenas um dos dois lados seria cometer uma “bela” injustiça neste artigo, já que é muito provável que ambos os lados tenham culpa “no cartório deste relacionamento”. No meu entendimento, todo desencontro abordado nesta matéria está ligado à dificuldade de ambos os lados viverem os tempos pós-modernos dentro do contexto bíblico, já que por si só a visão pós-moderna nega uma variedade enorme de valores da filosofia cristã. Em nossos dias, muitas confusões (inverdades) estão se estabelecendo com força do amadurecimento (no sentido negativo da palavra) dos valores implícitos nesta nova forma de viver nossa existência.

Uma marca deste novo tempo é ao que chamamos na linguagem do conhecimento de “desconstrução” (Termo proposto pelo filósofo francês Jacques Derrida, nos anos sessenta, para um método ou processo de análise crítico-filosófico que tem como objetivo imediato a crítica da metafísica ocidental e das suas tendências). Sem entrar em conceitos mais apurados, que seriam de pouco interesse para a maioria dos nossos leitores, registro que a ideia proposta por Derrida saiu do universo literário-filosófico e tomou espaço em nosso cotidiano, até mesmo nas coisas que chamamos de simples. Uma marca deste sistema (independente do próprio autor não o considerar assim) é que a leitura crítica de um texto literária não objetiva um sentido único, mas a descoberta da sua pluralidade de sentidos.

Essa tal de “pluralidade de sentidos” acabou sendo transferida como herança do pensamento de Derrida para a forma de pensar e agir dos nossos dias e é ela, que em grande parte tem promovido a distância na relação bíblica dos pastores com suas ovelhas. Por ser bíblica, esta relação exige de ambas as partes esforços para que ela ocorra da forma que o Evangelho determina, evitando assim, que pastores e ovelhas não incorram na prática da desobediência à orientação divina que foi estabelecida para esta relação.

Como isso funciona na prática? Para entender melhor como isso ocorre em nosso cotidiano precisamos entender de forma simples o conceito de pluralismo. Para isso escolhi (já estou sendo pluralista neste ato) a “curta e grossa” definição: “Ele é o sistema que como resposta afirma a multiplicidade (que apresenta grande número ou variedade de algo) , seja qual for a área( intelectual, religiosa, ética-moral, cultural, política, econômica e outras) da pergunta” A visão em si do pluralismo é algo até mesmo muito democrática e válida, mas o seu “veneno” começa a gerar “morte” na generalidade da sua aplicação.

O pressuposto do pluralismo torna tudo subjetivo e temporal, a começar pela nossa obediência aos mandamentos das Escrituras, onde de forma clara e na orientação de princípios, podemos observar que os parâmetros da relação pastor e ovelha não são estabelecidos de forma pluralista, mas específicos, sem alternativas ao gosto do freguês, como vem acontecendo em muitas situações, sendo a figura do freguês a ovelha ou mesmo o pastor.

Hoje na mídia podemos observar um bom exemplo do que estamos falando, mais especificamente no universo da ovelha. A jovem esposa do jogador de futebol Kaká, de forma pluralista cria seu próprio conceito de relacionamento com Cristo entoado aos “sete cantos” que ela e sua família não precisam de igreja ou denominação, porque Deus está na casa deles. Talvez pela ausência de uma vivência mais próxima com seus pastores ou outros, já que tiveram problemas com os anteriores, ela está embarcando no pensamento do Derrida, negando verdades absolutas e atemporais do Evangelho, construindo sua própria forma de se relacionar pluralista com a vida, Deus e o Corpo do Salvador, que é a congregação e a comunhão dos santos.

Precisamos entender que contra o que o Evangelho afirma não existe contraponto, mas sim desobediência. Seja o pastor ou ovelha, ambos devem buscar nas Escrituras e na interpretação correta dela, sua forma de construir essa relação, que não é opcional, mas um dever de ambos.

Se você já tentou de tudo e não consegue institucionalizar essa relação, faça um favor a você e ao seu atual pastor, busque uma igreja e um pastor onde você possa andar em obediência a Deus, inclusive no campo da relação pastor e ovelha.Não é pecado mudar de denominação, mas ficar à margem do que a bíblia determina.

Em Cristo
Pr.Paulo Cesar Nogueira
Ministério Religare
Minreligare.blogspot.comFacebook Paulo E Flávia Nogueira

2 comentários:

  1. É verdade, Pr Paulo. Muitos hoje encontram no 'pluralismo', uma oportunidade para desenvolver uma 'teologia' própria adequada ao que pensam, como no caso do exemplo citado - a esposa de Kaká.
    Biblicamente, o Pastor é a pessoa chamada por Deus para conduzir as ovelhas a pastos seguros, a ensinar e orientar na melhor maneira de se cumprir com essa caminhada, a conscientizar de que o Evangelho não admite interpretações múltiplas.
    Pr Fernando Marin

    ResponderExcluir
  2. Amado irmão Paulo nogueira, eu não tenho nenhum relato dessa experiência, mas você me acendeu a ideia. Vou elaborar algo e lhe enviar, embora, já lhe estou devendo um relato sobre a minha experiência com o G12 e as Células, que ainda não enviei por não contar com muito tempo, e o pouco tempo que está sobrando, tenho dedicado aos (meus dois) blogs.
    Quando escrever, quero escrever algo que valha a pena ser lido.
    Amado, muito obrigado pelo seu comentário no blog. Foi muito enriquecedor.
    A Graça e a Paz sejam contigo e com a tua casa.
    O Senhor abençoe a sua vida, família e Ministério!!!

    Parabéns por esse texto maaravilhoso!!!

    ResponderExcluir