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terça-feira, 15 de março de 2011

ESPAÇO REFLEXÃO - Meditando com o Bispo Josué da Igreja Metodista sobre o crescimento da Igreja

Amados do Senhor, os textos do Bispo Josué dispensam comentários, seja pela qualidade da escrita em sí ou pelo seu conteúdo, por isso, meu único acréscimo é o endereço do blog do bispo, que com certeza vai abençoar sua vida :


Em Cristo. 
Pr. Paulo Cesar Nogueira

DIZEM QUE A IGREJA NÃO CRESCE...
Introdução
O crescimento da Igreja tem sido o grande alvo das diversas denominações cristãs e evangélicas. Para isto, vários livros têm sido produzidos com a descrição de uma variedade de métodos, estratégias, modelos e técnicas, e a oferta de que o crescimento vai acontecer. Surgem propostas mirabolantes, estratégias geográficas, geopolíticas, culturais, etc. Há quem diga que a igreja não cresce. Há quem diga que a igreja apenas incha, ou enche de consumidores da fé.

Eu costumo partir de outra perspectiva, ou seja, de que a igreja cresce. Na verdade elas têm crescido, pela dedicação e empenho de membros leigos e clérigos. Mas o crescimento tem sido aquém do seu potencial missionário e evangelístico. Isto não quer dizer que nossas igrejas não evidenciem os aspectos do crescimento natural e equilibrado. Pelo contrário, evidenciam crescimento, mas têm potencial para crescer ainda mais e em todos os aspectos desse processo. Algumas igrejas têm tido mais êxito no crescimento numérico, enquanto outras têm sido mais bem sucedidas em outros aspectos. Há igrejas que passam por um período de estagnação e que necessitam da força do Evangelho e do poder do Espírito Santo para a revitalização.

O crescimento da Igreja é natural
A Igreja, sendo fiel à missão de Deus, cresce, como um corpo vivo (Ef 4.13-16). Desde o nascimento da Igreja, com o Pentecostes, ela é um “corpo” que cresce (Atos 2.41 e 47; 5.14; 6.7; 8.4 e 25; 9.31; 11.21; 13.48-49; 16.5 e 21.20). O poder impulsionador que leva a Igreja a experimentar o crescimento é a ação dinâmica e soberana do Espírito Santo (Atos 2.4-13; 6.8-10; 8.29 e 39; 9.15-17 e 31; 10.44-47; 11.12 e 24; 13.2 e 4; 15.28 e 16.6-7), que encontra pessoas, cooperadoras com Cristo, o cabeça da Igreja, disponíveis a cooperar com ela, na força e na inspiração que nasce da fé.[1]

O crescimento da Igreja é consequência natural da conversão em Cristo, do ser nova criatura, da regeneração, do novo nascimento e não um fim em si mesmo, ou seja, ela é o resultado das bases da ação missionária, do compromisso com o Evangelho e com a evangelização, do desempenho dos diversos dons e ministérios, da mordomia cristã, do zelo pelas marcas essenciais da Igreja, etc.
Schwarz oferece as marcas do crescimento natural da Igreja: liderança capacitadora; ministérios orientados pelos dons; espiritualidade contagiante; estruturas funcionais; culto inspirador; grupos familiares (discipulado); evangelização orientada para as necessidades e relacionamento marcado pelo amor fraternal.[2] Carlito Paes, no seu livro Igrejas que Prevalecem, apresenta 24 princípios para um crescimento saudável e equilibrado.[3]

Na década de 80, a SEPAL (Serviço de Evangelização para a América Latina) oferecia um curso sobre crescimento equilibrado da Igreja, através de uma apostila preparada pelo Dr. Lourenço E. Keyes, que abordava três aspectos do crescimento equilibrado:[4] crescimento orgânico – que tem a ver com o relacionamento entre os diversos membros do Corpo de Cristo e o exercício mútuo dos dons e ministérios; crescimento qualitativo – indica o crescimento na vida cristã e na maturidade cristã; crescimento quantitativo – é o crescimento numérico da igreja. Podemos ver estes aspectos do crescimento da igreja, além de outros, na Igreja Primitiva (Atos 2 a 5): havia perseverança na doutrina, na oração, no partir do pão, no louvor a Deus, etc; havia o batismo de novos convertidos pois muitos aceitavam a mensagem do Evangelho; havia comunhão e solidariedade entre os membros daquela igreja nascente.

Considerando as igrejas primitivas (Jerusalém, Antioquia, Corinto, Filipos, Tessalônica, Éfeso, Colossos e outras), o crescimento da Igreja revela compromisso e é acompanhado também do crescimento na sinalização do Reino de Deus: justiça, paz, solidariedade, liberdade, amor, esperança, vida abundante, vivência do discipulado, entre outros aspectos que indicam a presença deste Reino. Ao lado do crescimento quantitativo deve estar o crescimento na espiritualidade, na prática dos dons e ministérios, na prática de atos de piedade e obras de misericórdia, no exercício da cidadania, na observação de valores éticos e morais, no testemunho profético e na compreensão da integralidade do Evangelho.

Para não parar a reflexão

O crescimento da igreja é algo simples que se problematizou quando se transformou em fim e objetivo maior das denominações, pelo menos da minha. Seguir a ótica do mercado que estabelece alvos a serem alcançados pela vendagem de produtos e a gratificação e promoção para as pessoas que alcançam estes alvos é, no mínimo, desqualificar o anúncio do Evangelho de Cristo que tem a força de transformar as pessoas para serem cristãs e não necessariamente desta ou daquela igreja.

Logicamente que a identidade confessional é importante, bem como a tradição de fé que dá suporte às convicções religiosas, mas o sinal de que isto está ocorrendo numa determinada igreja não é o crescimento numérico, é sim o testemunho transformador no contexto social e cultural, e não trancado dentro de templos celebrando a Deus que se faz presente, especialmente, entre os que sofrem.
Eu afirmo que a igreja está crescendo.
Bispo Josué Adam Lazier
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[1] IGREJA METODISTA, Plano Nacional – Objetivos e Metas, São Paulo, Editora Cedro, 2002, p. 14.
[2] SCHWARZ, Christian, O Desenvolvimento Natural da Igreja, Editora Evangélica Esperança, 2000, pg. 15-48.
[3] PAES, Carlito, Igrejas que Prevalecem, Editora Vida, São Paulo, 2003.
[4] KEYES, Lourenço Eduardo, Crescimento Equilibrado na Igreja Local, SEPAL, 1981.

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