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domingo, 20 de fevereiro de 2011

ESPAÇO REFLEXÃO - Meditando com o Bispo Josué sobre a Igreja de Corinto, ela era mais um templo na cidade ou o Templo do Espírito Santo?

Acompanhe o Bispo Jusué Adam em seu blog: http://josue.lazier.blog.uol.com.br/

MAIS UM TEMPLO? Meditando à luz de I Coríntios
Introdução

O apóstolo Paulo demonstra preocupação ao tratar da presença da Igreja na cidade de Corinto quando aborda o tema do Templo do Espírito Santo. A pergunta que se coloca para motivar a nossa meditação é se a Igreja em Corinto era mais um templo na cidade ou o Templo do Espírito Santo.

É importante lembrar que naquela cidade se encontravam várias religiões e templos dedicados a diferentes deuses. No entanto, ao se dirigir aos cristãos, o apóstolo evidencia a preocupação com a presença e o testemunho dos Coríntios convertidos ao cristianismo.

Nos capítulos 5 e 6 Paulo apresenta 3 atitudes tomadas pela grande maioria dos membros da igreja que não condiziam com a idéia de ser Templo do Espírito Santo. Vejamos:
1. Impureza - 5.1-13. Paulo diz que alguns membros da Igreja estão vivendo à moda antiga e praticando atos comuns aos pagãos que viviam em Corinto e praticavam algum tipo de religião. No caso específico, um dos membros tinha um caso com a madrasta e tudo ficou do mesmo jeito. Paulo reprovou tal atitude, pois evidenciava falta de santificação.
2. Questão dos tribunais - 6.1-9. Neste caso um grupo de membros entrou na justiça contra outro. Paulo fala que na igreja de Corinto existiam muitas injustiças. Provavelmente houve um roubo e o caso, não podendo ser resolvido pela comunidade, foi levado para a justiça comum.

Paulo reprovou tal atitude, porque o sistema legal em Corinto era corrompido e injusto. Quem tem o conhecimento da justiça na perspectiva do Reino de Deus são os cristãos. Segundo Paulo os cristãos julgarão a sociedade.
Paulo foi contra tal atitude por conhecer o sistema legal. Tinha acesso aos tribunais quem tivesse recursos financeiros, pois os advogados e magistrados eram pagos. Quem pudesse pagar acabava ganhando nos processos. Também os julgamentos eram feitos durante o dia e o governador ficava voltado para Júpiter, a fim de receber a iluminação dele para as decisões.

3. Imoralidade - 6.12-18. Outra denúncia séria de Paulo é a respeito da prostituição. O que Paulo está afirmando é que muitos membros continuam freqüentando os templos existentes na cidade onde a presença de sacerdotisas/prostitutas era comum. Nas celebrações, regada a muito vinho e comida, tudo acaba em grandes bacanais. Faziam isto num sentido de adoração ao deus que estavam venerando e esta atitude não condizia com uma vida que deveria ser transformada pela presença da Graça e do Espírito Santo de Deus.
Templo do Espírito Santo:

Paulo diz que os cristãos são o templo do Espírito Santo. Usa a palavra grega naos, que quer dizer Santuário Interior. É uma referência ao lugar do Templo de Jerusalém onde Deus costumava revelar-se ao sumo sacerdote, segundo a tradição judaica. Esta Palavra aparece cerca de 30 vezes no Novo Testamento.

Logicamente que Paulo está falando isto em contraste aos muitos templos presentes na cidade. Deus não estava presente em nenhum templo ou estátua construída em Corinto. Deus se fazia presente através das pessoas alcançadas e transformadas pela Sua Graça.

Os cristãos em Corinto reuniam-se num armazém localizado na Rua do Lequeu. Paulo diz que Deus estava presente nos cristãos, fazendo deles seu santuário interior. O que isto significa? Significa que os cristãos passaram por 3 experiências:

1. Massa sem fermento - 5.6-8. Paulo fala do fermento como símbolo de corrupção e da sociedade injusta e profana. Para ele os cristãos são como os pães asmos comido no dia da Páscoa: sem o fermento. Em outras palavras, o cristão não tem compromisso com a sociedade injusta e seus valores apodrecidos, mas sim com os valores do Reino de Deus que procura sinalizar na sua vida e nas suas atitudes. O pão asmo tem o sentido de pureza e verdade.

 

2. Lavados, santificados, justificados - 6.11. Paulo afirma que antes os membros da Igreja eram injustos, impuros, etc., como a sociedade em geral. Mas agora não. Eles passaram pela experiência que os transformou em novas vidas. Podemos dizer que as 3 expressões que Paulo usa referem-se a 3 atos distintos: Lavados - conversão/batismo; Santificados - comunhão/fidelidade/intimidade; Justificados - entrada na vida dirigida pelo Espírito de Deus e com os valores do Evangelho.

 

3. Comprados por Deus - 6.20. Falando de compra para um grupo que conhecia bem o sistema de escravidão, Paulo queria mostrar que não eram mais donos de si mesmos, mas sim propriedade de Deus, pois foram comprados por um preço muito caro. Na época o escravo era uma "mercadoria" barata. Mas Deus comprou os seus por um valor muito alto. Deveriam, portanto, honrar tal compra, glorificando a Deus com seu corpo e sua vida. As atitudes que vimos anteriormente desonravam esta compra.

Podemos identificar 3 atitudes de santificação próprias de “templo do Espírito Santo”:

1. Deixar os valores injustos e impuros da sociedade. Não quer dizer separar-se da sociedade. Devemos lembrar que Jesus disse que devíamos ser o Sal da terra e a Luz do mundo. Vivemos na sociedade para influenciá-la a experimentar os valores do Reino de Deus e a Mensagem do Evangelho de Cristo.

2. Assumir compromisso com Deus e com seu Reino. Não se trata de filiação à uma determinada denominação cristã, mas sim um comprometimento com os valores do Reino que se expressam no viver diário. Desta forma, não é mais um templo, mas templos vivos que evidenciam a graça de Deus em suas vidas.
3. Submissão e obediência ao plano de Deus. A figura do escravo mostra muito bem o que devemos ser em relação a Deus: submisso, dedicados e em serviço constante para a transformação da sociedade.
Finalmente, não concluindo, mas provocando a reflexão, não devemos fazer mais um templo, mas construir templos vivos do Espírito Santo.

Bispo Josué Adam Lazier

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