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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Espaço Ciência - O poder da casca de banana

O que nós não faríamos em termos de novidades nesse país, se o governo trata-se melhor nossos cientistas?

Apesar da ideia - de atrair nossos pesquisadores que estão fora do país - do Mercadante, nós estamos muito distante do ponto que poderíamos estar, se o governo investisse mais em ciência.


 A ciência não é uma coisa mágica que surge do nada e nem tão pouco privilégio de certo grupo de países, ela é resultado de uma política científica bem estruturada com visão de médio e longo prazo.


Esse universo de tempo mínimo é determinante em matéria de ciência porque ela não é feita para hoje, mas sempre no mínimo para amanhã, o que faz com muitas pessoas tenham dificuldade de entender esse lapso temporal.


Como diz o empresário Eike Batista: “O Brasil – na pessoa de seus representantes – tem dificuldade de pensar a longo prazo”.



Veja um exemplo abaixo de nossas possibilidades. Uma simples casca de banana pode ter uma utilidade tremenda em processos de tratamento de água ao invés de ir - como acontece na maioria das vezes- para uma lata de lixo.


Oremos para que Deus mude a mentalidade do nosso governo e ele passe a dar mais valor às pesquisas.


Em Cristo e também pela ciência.

Pr. Paulo Cesar Nogueira



Casca de banana pode despoluir a água

Débora Spitzcovsky 2 de fevereiro de 2011
Só na Grande São Paulo, quase quatro toneladas de cascas de banana são desperdiçadas, semanalmente, nos restaurantes. Foi esse dado, divulgado em uma reportagem sobre desperdício de alimentos, que estimulou a doutoranda em química Milena Boniolo a pesquisar uma utilidade para as cascas de banana. E ela encontrou: despoluir a água contaminada por metais pesados.
O processo é simples e funciona graças a um dos princípios básicos da química: o dos opostos que se atraem. Na casca da banana, existe uma grande quantidade de moléculas carregadas negativamente, enquanto os metais pesados são positivamente carregados. Logo, quando colocada na água, a casca da banana atrai para si os metais.
Para que dê conta do recado, no entanto, ela precisa ter suas propriedades potencializadas. Milena Boniolo também descobriu uma “fórmula” bem simples para isso: em uma assadeira, as cascas devem ficar expostas ao sol por cerca de uma semana. Em seguida, elas são trituradas e peneiradas. No fim, é essa “farofa de casca de banana” que será jogada na água para despoluir o recurso.

Segundo a pesquisadora, 5 mg do pó de banana são suficientes para despoluir 100 ml de água. Mas, para alcançar altos níveis de limpeza, é preciso repetir o processo mais de uma vez. Isso porque, em testes de laboratório, a casca de banana conseguiu “chupar”, de primeira, cerca de 65% dos metais pesados que estavam na água.

Agora, Milena Boniolo procura patrocínio para aplicar essa técnica em grande escala. Já que casca de banana é o que não falta…

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