Estamos abertos a convites para:

CONVITES SÃO ACEITOS INDEPENDENTE DO TAMANHO DE SUA IGREJA E LOCALIDADE DELA, SEJA NO BRASIL OU NO EXTERIOR. FALE CONOSCO ATRAVÉS DO E.MAIL(pauloflecha1000@hotmail.com)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

ESPAÇO REFLEXÃO - Meditando com o Bispo Lockmann da Igreja Metodista

Há quatros anos - em março de 2007- encerrava-se  meu tempo na Igreja Metodista do Brasil.

Independente da distância, nunca deixamos de amar a denominação, seus líderes e o povo metodista em geral. Mas também como poderia? Nasci praticamente de novo nesta denominação, já que  com um mês de convertido , entrei pelas  portas da Igreja Metodista em Engenhoca e só saí de lá após oito anos , depois de entender que havia chegado a minha hora.

A Igreja Metodista foi literalmente a minha casa. Por algum tempo - um ano e meio - residi na igreja (morei em seus aposentos), onde tive a oportunidade de ter encontros com o Espírito e a santa Palavra que marcaram minha vida para sempre.

Para muitos irmãos de nossa igreja naquela época,  este foi um período  difícil, era complicado para eles entenderem porque alguém que servia ao Senhor não tinha onde morar e nem praticamente como sobreviver.

Eu pessoalmente já havia entendido, tinha certeza que era um tempo no deserto para aprendizado, sabia também que esses "quarenta anos" iriam passar, bastava apenas ter a postura de Josué e Calebe, para que quando eu saisse "do sol escaldante", pudesse ter  muita força e garra para viver minha promessa, o que faço hoje em 2011.

Muitos dos  meus amigos são da igreja metodista, apesar da distância entre os bairros na cidade de Niterói. No ano passado- em 2010- conheci pela blogosfera outro metodista que tem abençoado muito meu ministério com suas cartas pastorais, o Bispo Josué Adam lazier de Piracicaba.

Mas quero registrar nesta postagem, que abaixo você vai encontrar um texto - que certamente abeçoará sua vida - do Bispo da primeira região metodista, Paulo Lockmann.

Tive poucas oportunidades de estar com o Bispo Lockmann, mas quando acontecia algum evento com sua presença, sempre fomos muito abençoados pela "magia" que envolve o Lockmann quando ele fala do Evangelho, parece um menino entusiasmadíssimo com sua primeira pipa. É interessante que até hoje só encontrei um outro pregador com essa mesma "magia",por sinal também da Igreja Metodista: Pastor Aurélio Pereira, da igreja metodista em Maricá.

Saudações aos meus irmãos em Cristo Metodistas!

Pr.Paulo Cesar Nogueira... um quase pastor metodista.

Disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o exílio e se acham lá na província, estão em grande miséria e desprezo; os muros de Jerusalém estão derribados, e as suas portas, queimadas. Tendo eu ouvido estas palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus.(Ne 1.3-4).

1) Em tempo de chorar.
Sempre que leio estes versos de Neemias, sinto também uma desolação. Isso porque fico tomado pela tristeza que o homem de Deus sentiu por seu povo, por sua nação, por sua cidade: Jerusalém.
O quadro descrito por Hanani a Neemias era: o povo está na miséria e depressão, os muros de Jerusalém estão derrubados e suas portas queimadas. Todas as memórias que recebera de seu povo, sua cidade, dos tempos bons, é jogada por terra diante das últimas notícias.

Fomos todos tomados de tal desolação com o impacto que a tragédia da enchente e avalanche na região serrana do Rio de Janeiro nos trouxe. Ao percorrer a maior parte das áreas afetadas, fui tomado deste sentimento de Neemias, e chorei. Ao saber da morte do irmão Dario e sua esposa, fundadores da igreja de Cuiabá, ao sentar e ouvir da Luciana, secretária da Escola de Missões, de como morreram seu pai e sua mãe nesta tragédia, fui tomado de profunda tristeza e choro. Estes tantos outros relatos que ouvi como a descrição do Pr. Márcio, da 5ª RE, de como perdeu seu filho, e como foi difícil encontrar o corpo do menino. Diante de tudo isso, em meio a tanta dor e sofrimento, ouvi destas e de tantas outras pessoas que perderam muito ou tudo, palavras de coragem e fé, fui transmitir consolação e fui consolado com elas.
Nossos esforços têm sido em diminuir a dor e as perdas destas pessoas. Registro aqui a solidariedade dos metodistas, de todo o Brasil, e já muitos do exterior. Dos EUA à Coreia, há manifestações e ajudas para a reconstrução.

2) Encontrando Deus em momento de trevas e de dor.
Tenho aprendido muito sobre como enfrentar momentos de total ausência de perspectivas e/ou muita dor, primeiro com a Palavra de Deus.
[Ao mestre de canto. Salmo de Davi] Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos. E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas,temerão e confiarão no SENHOR. (Sl 40.1-3).

Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. (Tg 1.2-4).

Mas também com diversos autores cristãos. Kathryn Kuhlmann, em um dos seus livros, ensina: "A vida pode triturar o ser humano e fazê-lo brilhar, tudo depende do material de que este ser humano é feito. Todo homem ou mulher pode fazer que qualquer calamidade em sua vida seja transformada para a glória de Deus e redunde para o seu bem, e isso vai depender da sua atitude em relação a essa calamidade. Certamente, todos temos problemas, todos temos nossas aflições, todos temos prisões de diversos tipos. Algumas vezes, é difícil encontrar graça em nossas prisões, mas Deus lhe dará essa graça. Ele lhe dará força. Tudo que é necessário o que precisa ser feito é pedi-la1.
A Igreja Primitiva experimentou devastação trazida pela perseguição. A História da Igreja é uma história de muitas vitórias, mas todas acompanhadas de muitas lágrimas. Não dá para acompanhar a caminhada do povo de Deus, sem nos defrontarmos com as lágrimas e dor que vivenciamos neste momento, afinal foi Jesus quem advertiu:
Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, Passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. (Jo.16.33).
3) Nosso ministério de consolação, reconstrução e esperança.
Retorno ao testemunho de Neemias. Ele não se limitou a chorar a sorte de seu povo, antes se sentiu chamado:

1) A ir aonde o povo sofrido estava.
Disse-me o rei: Que me pedes agora? Então, orei ao Deus dos céus e disse ao rei: se é do agrado do rei, e se o teu servo acha mercê em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique.(Ne 2.4-5).

2) Avaliou a situação em que estavam e o estado da cidade.
Cheguei a Jerusalém, onde estive três dias. Então, à noite, me levantei, e uns poucos homens, comigo; não declarei a ninguém o que o meu Deus me pusera no coração para eu fazer em Jerusalém. Não havia comigo animal algum, senão o que eu montava. De noite, saí pela Porta do Vale, para o lado da Fonte do Dragão e
para a Porta do Monturo e contemplei os muros de Jerusalém, que estavam assolados, cujas portas tinham sido consumidas pelo fogo. Passei à Porta da Fonte e ao açude do rei; mas não havia lugar por onde passasse o animal que eu montava. Subi à noite pelo ribeiro e contemplei ainda mais muros;voltei, entrei pela Porta do Vale e tornei para casa. (Ne 2.11-15).
3) E se dispôs a reconstruir.
Então, lhes disse: Estais vendo a miséria em que estamos, Jerusalém assolada,e as suas portas, queimadas; vinde, pois, reedifiquemos os muros de Jerusalém e deixemos de ser opróbrio. E lhes declarei como
a boa mão do meu Deus estivera comigo e também as palavras que o rei me falara. Então, disseram: Disponhamo-nos e edifiquemos. E fortaleceram as mãos para a boa obra. (Ne 2. 17-18).
Sim, nossa disposição deve ser a mesma de Neemias, contagiar o povo, Deus não nos quer deprimidos, mas confiando nEle, orando e pondo as mãos à obra, porque a "boa mão de Deus vai estar conosco".
Davi nos dá uma lição de fé e coragem num momento como este. Lembram? Os filisteus oprimiam e humilhavam o povo de Israel. Tinham o maior guerreiro do mundo, a ponto de os grandes guerreiros de Israel se intimidarem, tendo medo de enfrentar Golias e seu exército. Mas Davi acreditava tão profundamente no poder de Deus, que um gigante não podia intimidá-lo. Davi caminhou em direção a Golias, em nome do Senhor dos Exércitos. E o Senhor lhe deu vitória. Os efeitos da tragédia são o nosso grande Golias, mas, novamente, o povo de Deus que crê Senhor dos céus e da terra, unido no amor e compromisso com Jesus Cristo e os que sofrem, vai vencer.
Em Cristo

Bispo Paulo Lockmann















Nenhum comentário:

Postar um comentário