O mundo católico brasileiro - representado pela CNBB - ensaia uma reaproximação com o governo federal, diretamente com a pessoa da presidenta.
No primeiro encontro com Dilma - nesta quinta-feira -, o representante da entidade dom Geraldo Lyrio Rocha, apresentou uma pauta de "preocupações" da CNBB relativas às reformas política e agrária e às mudanças no Código Florestal, além de propostas de parcerias para a erradicação da miséria e em trabalhos sociais voltados à portadores do vírus HIV, dependentes de drogas e deficientes físicos.
O tema “aborto” que gerou situações constrangedoras tanto para a candidata como para a direção da CNBB, é considerado pela entidade como um assunto já resolvido, tendo em vista o comprometimento da candidata, agora presidente, durante sua campanha.
Como falei em matéria anterior sobre o novo código florestal, é necessário que o mundo evangélico brasileiro também esteja envolvido em “macro causas” de nossa nação, como sempre fez a Igreja Católica.
Para isto, é fundamental uma aproximação com o governo federal, a exemplo do que acontece em países africanos – onde os cristãos se tornaram parceiros nas políticas públicas implantadas pelo governo.
O braço evangélico no Brasil é uma massa muito significativa e de certa forma estruturada, que poderia muito bem contribuir de outras formas - além da que já contribui - à nossa nação.
Fica ai o recado e o alerta aos homens de expressão em nossos arraiais.
Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira
CNBB evita discutir aborto em 1º encontro com Dilma
No primeiro encontro com a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) após a polêmica em relação ao aborto durante a campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff foi poupada de cobranças em relação ao tema.
Segundo o presidente da entidade, dom Geraldo Lyrio Rocha, o assunto não foi tratado no encontro realizado na tarde desta quinta-feira (17) no Palácio do Planalto. Durante a campanha, um braço da CNBB, a Regional Sul 1, chegou a distribuir panfletos pregando voto contrário a quem defende a descriminalização do aborto e com críticas ao PT.
No primeiro encontro com a CNBB após a polêmica sobre aborto, Dilma Rousseff foi poupada de cobranças do tema
A polêmica, que passou a nortear a disputa entre Dilma e José Serra (PSDB) no segundo turno, levou a então candidata petista a prometer que, se eleita, não proporia "alterações de pontos que tratem da legislação do aborto". Hoje, o aborto é permitido apenas em casos de estupro e risco de vida para a mãe.
De acordo com o arcebispo, ele levou uma pauta de "preocupações" da CNBB relativas às reformas política e agrária e às mudanças no Código Florestal, além de propostas de parcerias para a erradicação da miséria e em trabalhos sociais voltados a portadores do vírus HIV, dependentes de drogas e deficientes físicos.
O secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, que também participou da audiência com Dilma, contou ter se reunido ontem, a convite da CNBB, com a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos).
Segundo Barbosa, o PNDH-3 (Plano Nacional de Direitos Humanos) foi abordado. Na primeira versão do plano, posteriormente alterada, a descriminalização do aborto estava presente. No entanto, dom Dimas disse que a questão do aborto não foi objeto de discussão específica.
"Me parece que esse tema [aborto] já foi encerrado durante a campanha", disse o bispo.
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