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O caso Palocci (o senado pretende investigar a evolução patrimonial do ministro para verificar se houve beneficio do tráfico de influência eventualmente exercido por ele. Segundo denúncia apresentada pelo jornal Folha de S. Paulo, Palocci multiplicou por 20 seu patrimônio em quatro anos).
O caso Palocci (o senado pretende investigar a evolução patrimonial do ministro para verificar se houve beneficio do tráfico de influência eventualmente exercido por ele. Segundo denúncia apresentada pelo jornal Folha de S. Paulo, Palocci multiplicou por 20 seu patrimônio em quatro anos).
Se ele não tem culpa porque blindar? Qual o objetivo de negociar politicamente para ele não ser investigado? Se ele é culpado, até agora não sabemos já que não pode nem ser investigado, como pode passar impune e continuar como homem forte do governo?
O pior é que eu, e talvez você, dentro da atual conjuntura, não temos nem mais o direito de dizer algo do tipo: “O que mais me surpreende é que essas coisas acontecem como se fossem algo estritamente normal, sem nenhum peso moral ou criminal”, porque isso já se tornou corriqueiro para todos nós.
Essa realidade, imoral e sem nenhuma ética, cada vez mais forte no cenário brasileiro tem o poder de flexibilizar a moral de todos os envolvidos a nível de consciência, fazendo com que as estruturas morais da sociedade se tornem elásticas, aceitando-se todo tipo de desvio como se fosse alguma coisa “politicamente correta” ou o famoso jeitinho brasileiro. Será que é isso que o Palocci fez para comprar imóveis no valor de R$ 7.000.000,00? São muitos zeros não? Dá até para gente fica tonto.
Essa degradação de valores começa nos participantes ativos desse processo, no caso os favorecidos pelo poder e pelos recursos financeiros, fazendo com que suas consciências, característica inerente de todo ser humano, aceitem qualquer tipo de coisa como sendo correto, já que os padrões eternos de certo e errado se tornaram subjetivos em uma sociedade de valores pós-moderno.
Indiferente a tudo isso e completamente apático, está o outro lado dessa moeda, o povo, nesse caso o lado prejudicado, que é roubado, traído e enganado por aqueles que foram eleitos para garantir os seus direitos.
No meio desse turbilhão, em nosso caso específico, ficam soltas algumas perguntas que não querem se calar e que precisam ser trabalhadas para que haja respostas. Registro que na minha forma de pensar, não acredito que a ausência de respostas seja por conta de covardia nossa, mas sim por temor do nosso povo e líderes em fazer o que é a vontade de Deus.
Até que ponto nós como cristãos devemos não nos envolver nessas questões de forma ativa? Até aonde devemos ir só orando sem agir? É correto nós termos um envolvimento mais ativista contra essas aberrações?
Olhando nossa constituição humana, fica notório que Deus nos criou com uma parte física e outra espiritual. A parte espiritual funciona como um corredor de acesso as coisas transcendentes, como o próprio Deus (que de forma única também é imanente) e tudo aquilo que nos conduz a Ele. Seguindo o mesmo raciocínio, entendemos que a nossa parte física é um canal vivo com as relações dessa vida (evidentemente que estamos falando das coisas feitas de forma lícita e saudável).
Num determinado momento do ministério de Cristo, os judeus armam para ele uma cilada através da seguinte pergunta: “Devemos pagar tributos a Cesar (imperador romano)”?
De forma brilhante Ele não só desmonta a armadilha muito bem elaborada, mas também cria um dos princípios que devem reger nossa vida nessa terra, pelo menos até que ele volte: “Daí a Cesar o que é de Cesar, daí a Deus o que é de Deus”.
Jesus declara que por enquanto existe vida física e que nós devemos nos relacionar com ela de forma ética, saudável, mas também responsável. Seguindo a linha do dever de pagar tributo, caímos automaticamente na estrada do cobrar nossos direitos, até mesmo, no nível que nossos deveres são impostos, ou seja, através das leis que regem esse país.
Por isso quero compartilhar nessa matéria com você que serve a Deus, que no meu entendimento, nós precisamos ir além do ponto que estamos. Precisamos sim ser mais ativos na vida desse país, não só espiritualmente, mas também de forma cívica, afinal de contas, nossa cidadania celestial não anula nossos deveres e direitos terrenos com essa nação chamada Brasil e muito menos com o seu povo.
Chegar até aqui talvez não tenha sido muito difícil, já que entendo que minha conclusão é só uma parte dessa equação. Mas como fazer isso na prática, talvez seja o grande X da questão. Como não quero ser uma daquelas pessoas que criam dúvidas, mas não apresentam respostas, compartilho que alguns passos podem nos ajudar nessa mudança de atitude:
O primeiro deles é criar esse entendimento em nosso meio. As igrejas precisam trabalhar como comunidade terapêutica, esclarecendo e não confundindo o papel civil de cada cristão. Até porque, o cristão que pensa que não tem nada haver com os rumos que nosso país está tomando, também não verá problema em usar os famosos: gato net, gato luz, gato água, como já foi observado até mesmo como prática em algumas igrejas.
Um segundo passo e talvez o maior deles, seria o desenvolvimento de líderes de expressão.Explicando, não estou me referindo aqui a pessoas que só são conhecidas na mídia, mas a líderes que sejam respeitados e vistos como pessoas que tem testemunho diante da sociedade secular, não tendo envolvimento com as mesmas armações que queremos combater, como parece ser o caso do senhor Antonio Palocci.
Precisamos influenciar para não sermos influenciados. Precisamos conhecer nosso papel para não jogarmos contra esse país e seu povo. Precisamos de homens e mulheres que desejem representar o Reino de Deus, sendo referência para falar em nome Dele a essa nação que tanto precisa.
Não desmerecendo nenhum dos líderes que temos hoje na ativa, precisamos de uma nova safra de liderança que esteja descomprometida com o material, para passar o espiritual dentro de suas ações civis. Precisamos de uma liderança para representar nossa cosmovisão junto aod três poderes dessa nação.
Você conhece alguém para indicar? Gostaria de ouvir sua sugestão.
Você conhece alguém para indicar? Gostaria de ouvir sua sugestão.
Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira
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