Nesta segunda-feira demos início ao nosso quarto módulo da escola de teologia, que trata da história da igreja cristã.
A história de uma forma geral sempre tem muito a nos ensinar, principalmente quando paramos para estudar os fatos e acontecimentos com o devido cuidado e valor que eles merecem.
Em nossos dias, onde o “efeito microondas” está em ação, inclusive nas igrejas, é difícil juntar pessoas e convencê-las da importância de investir tempo no estudo das coisas que já passaram, mas louvo a Deus pelos nossos alunos, porque eles têm dado o devido valor ao que estão recebendo do Senhor em nessa escola, sem contar o fato que cada um deles pertence a uma igreja diferente.
Começamos esse módulo estudando o intervalo de tempo que vai da ascensão de Cristo à Pregação de Estevão, período que examinado com cuidado, nos permite identificar algumas semelhanças com o atual momento da igreja no Brasil.
Como em 2011, lá no primeiro século também tinha um STF que julgou e foi favorável ao processo elaborada pelos Judeus, pedindo a condenação de Estevão, bem como sua morte e ainda o direito de iniciar uma perseguição contra qualquer pessoa que falasse em nome de Deus, contrariando as “verdades” do povo Judeu.
A condenação veio cercear e aniquilar a liberdade de Estevão de pregar a universalidade do Evangelho e sua faceta profética, que exaltava a Palavra de Deus acima da centralidade do homem no universo e do seu direito sem limites.
Diferente do que pregaram os juízes do STF de 2011, que no julgamento da semana passada não foram corretos na sua afirmação de que “os homossexuais ganharam e ninguém perdeu”, muitos perderam com essa decisão, a começar pela família, seguida da sociedade brasileira, os próprios homossexuais que agora acreditam, diga-se de passagem, indevidamente, que uma relação homoafetiva equivale realmente a uma unidade familiar. Além desses relatados, perdeu também o Reino de Deus, que vai precisar reinventar ou voltar à origem do conceito de unidade para driblar, no bom sentido da palavra, esse novo julgamento de “Estevão” realizado no ano 2011.
Lá no primeiro século, depois do “primeiro julgamento de Estevão”, houve uma grande perseguição á Igreja, e não só por aquele grupo minoritário de judeus, levando em consideração o tamanho do império romano, mas também pelas próprias autoridades, que para ficarem “bem na fita” com a opinião pública, como dizem alguns jovens, deram força a essa perseguição que visava principalmente evitar que algum grupo religioso lutasse contra os privilégios de uma minoria em detrimento do restante da humanidade, a saber, nesse caso, a salvação que existe em Cristo Jesus para toda a humanidade.
Independente desse cenário nebuloso advindo a partir da década de quarenta do primeiro século, a Igreja, entendendo o conceito de unidade evolui na graça e no conhecimento, levando a todos os lugares o Evangelho que luta contra privilégios, seja de grandes ou pequenos, já que o Deus do Evangelho, é aquele que não faz acepção de pessoas, mas que não aceita o pecado, dentro do que Ele determina que é pecado e não o STF.
Acredito que chegou o momento da Igreja se unir, caso contrário, seremos abalados por uma minoria unida e que conta com o apoio político do partido que está no executivo desta nação.(Se você votou na Dilma, não dá nem para reclamar).
Também é importante que neste momento nosso discurso, que deve ser pautado sempre no amor de Cristo, seja claro aos homossexuais, deixando em evidência que não compactuamos com nenhum tipo de discriminação e nem agressão, seja ela física ou moral. Além disso, devemos também entender e respeitar o direito deles de viverem suas vidas do jeito que bem entenderem, tendo como decorrência disso, a regulamentação de certos direitos implícitos neste convívio.
Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira
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