Um amigo antigo faz aniversário neste dia.
O meu amigo Walter faz aniversário nesta data, há dez anos que não o vejo pessoalmente, por isso, confesso não lembrar exatamente quantos anos ele está fazendo no seu natalício, mas acredito que esteja “beirando” a minha idade, que por sinal, é uma bela fase da nossa existência.
Nela, já somos veteranos em algumas coisas, o que nos conduz a errar menos com as pessoas que estão à nossa volta e também, não nos enveredar em projetos que não tenham chances de bons resultados. Por conta dessa nova visão que adquirimos com nossas experiências , muitas pessoas dizem que ficamos “chatos” ao atingir esse ponto da vida, o que particularmente discordo e até apresento meu contraponto no próximo parágrafo.
Nessa fase da linha do tempo, que estou bem como meu amigo Walther, o que acontece verdadeiramente é que nosso idealismo se torna muito mais realista, continuando a brotar em nossas vidas como água numa nascente, só que agora, vem revestido de uma característica nova chamada maturidade, que em hipótese alguma desconsidera a essência do idealismo, que é o romantismo, mas o apresenta em suas atitudes cotidianas de uma maneira muito mais sensata, sem nenhuma compulsão e ansiedade, que muitas vezes são as raízes dos grandes fracassos da vida do ser humano.
Nessa nova fase, apesar de representar mais tempo de vida ela é nova no sentido de fazer diferente, nós desenvolvemos algumas capacidades importantes para vivermos melhor. Agora, conseguimos:
Amar melhor.
Entender a vida com mais profundidade.
Ser sexualmente um(a) melhor parceiro (a).
Como pais, atuar melhor como conselheiro.
Como filhos, nos preocupar com nossos pais.
Como cônjuge nossa tendência é de valorizar mais o interior do outro do que seu exterior.
Como ser (indivíduo) começamos a refletir mais sobre nossa existência e sobre Aquele que nos criou.
Mas voltando ao meu amigo, preciso dizer que nos conhecemos há mais de vinte anos, quando iniciamos nossa carreira profissional na mesma empresa no mercado de engenharia consultiva, ele na área de TI e eu na Administração, e seguimos juntos profissionalmente até alcançarmos o nível de gerência.
Nesse período: almoçamos juntos tantas vezes que nem daria para contar, aprendemos a jogar squash (até hoje tenho minhas dúvidas se aprendemos de verdade), fomos a muitos lugares e até pensamos em desenvolver uma empresa de atuação gerencial. Mas há doze anos, uma reestruturação da empresa nos levou a fazer caminhos bem distantes, o Walther foi dar continuidade ao seu “chamado” gerencial numa outra empresa e eu acabei descobrindo que meu “chamado na área de administração” não era meu foco principal, mas sim o sacerdócio que me foi oferecido por Cristo Jesus.
Por conta das exigências do meu novo chamado tive que reservar um bom tempo de dedicação exclusiva a ele, já que diferente da administração de negócios, na área sacerdotal meu conhecimento era zero, tendo que iniciar na fase de alfabetização. Esse longo período me fez ficar ausente do mercado de engenharia, o que também acarretou na minha distância de bons amigos daquela época como o Walther e o Paulo Heller. Mas, como tudo na vida, precisamos sempre fazer escolhas.Muitas vezes elas se encaixam com tudo que já fizemos, outras, porém precisamos recomeçar do zero e ,"de certa forma, abrir mão " da convivência de bons amigos.
Diferente do passado, hoje não comando mais pessoas como fazia no segmento de engenharia, mas procuro servir àquelas que me foram confiadas por Cristo para receber Seu amor através da minha vida.
Ao meu amigo Walther: Saiba que você foi um grande amigo e continua (dessa nova forma) sendo, mesmo que nossas obrigações nos mantenham distantes fisicamente um do outro.
Que a revelação máxima de Deus na pessoa de Cristo seja iluminada a cada dia em sua mente.
Abraços
Pr. Paulo Cesar Nogueira.
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