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Iniciar uma nova semana é sempre um grande desafio para qualquer pessoa, principalmente para aquelas que têm muita dificuldade em acordar cedo na segunda-feira- como lemos no Facebook e nas outras redes sociais.
Mas...observando bem, dá para perceber que essa relação conturbada com o início da semana não se dá dessa forma com todo mundo de fato, pelo menos não com grupo específico. Para esses, a segunda-feira funciona como um alívio, uma terra prometida aguardada durante todo fim de semana e que começa a se revelar, quando os primeiros raios de sol aparecem na segunda-feira pela manhã. Para eles, os primeiros sinais indicando a chegada do dia são uma experiência poética.
Para essas pessoas, diferente da maioria, o problema reside em outro dia da semana, na sexta-feira, véspera das 63 horas que elas ficam ausentes do seu trabalho e daquela “maravilhosa” rotina onde apesar do ritmo frenético, da pressão da matriz por resultados, dos problemas com subordinados ou superiores, tudo flui como uma engenharia perfeita, caso ela existisse.
O tal sujeito (ele ou ela) sai de casa na segunda-feira como se estivesse indo para um hospital, com convicção interior que lá encontrará cura para sua acidez e insatisfação. Durante o trajeto, para conseguir resistir o tempo que falta até sua chegada, começa a pensar em tudo que deixou na sexta-feira em sua mesa, repassando cada pendência carente de solução e cada providencia que deve ser tomada sem perda de tempo, já que não será possível recuperar ás 63 horas gastas com a família durante o fim de semana, que insiste em se repetir toda semana.
Para alguém que lida com o trabalho dessa forma pode até parecer estranho aos nossos olhos haver pendência em sua mesa, mas não é, já que para esse tipo de personalidade nunca faltará o que fazer, pelo menos no seu trabalho. Com sua casa, com seu cônjuge, com as crianças, com o cachorro e o papagaio sua lista está negativa, ou seja, ele acha que já fez até demais em passar a eternidade de 63 horas com eles no fim de semana, mesmo que mentalmente sempre esteja completamente ausente.
A verdade é que muitas empresas, na pessoa de alguns líderes não todos, até incentivam de certa forma essa postura doente, que no meio empresarial às vezes é disfarçada ou confundida com o tal de “vestir a camisa”. Mal sabem esses “grandes líderes” que eles estão criando “um monstro”, que um dia causará estragos além da sua casa e família, batendo a porta da empresa com toda força que a enfermidade ganhou ao longo do tempo.
Ao soltar do seu meio de transporte e seguir em direção a calçada onde está instalado o seu paraíso, seu coração dispara e sua respiração começa apresentar dificuldades, como um alpinista preste a atingir o topo da montanha. Ao atravessar a rua que o separa da tão almejada calçada ele sente suas pernas pesarem e seu controle dos movimentos começar a falhar, mas ele sabe que só faltam alguns segundos, por isso, balança a cabeça e encontra forças para dar mais alguns passos. Ao tocar a calçada tem a sensação de romper a faixa do final de uma maratona, mas sua “paz” só será conquistada de fato quando ele estiver na tribuna para receber sua recompensa tão esperada: o seu trabalho, que nesse momento começa a se agitar em sua mesa sentindo que seu executor se aproxima para tomar as rédeas de sua vida. A partir daí tudo colabora com ele, desde a porta principal aberta por alguém , até o elevador que o espera para poder subir.
Quando a porta do elevador se abre no seu andar e ele vislumbra aquele cenário “quase romântico”, seu coração volta ao repouso como o do viciado, que encontra alívio ao ter contato com seu tipo de droga. Ao se aproximar da sua mesa olha com ternura para sua cadeira, seu armário, seu computador, “sua pilha de papel” e ai sim, senti-se aliviado: “agora sim, estou em casa”.
Ao sentar e praticamente ter uma sensação prazerosa, surge derrepente um pensamento desesperador em sua mente: “mas de novo chegará o fim de semana”, mas logo, logo se acalma, lembrando que ele e o seu trabalho têm pelos menos cinco dias e até algumas noites pela frente até lá.
Ao sentar e praticamente ter uma sensação prazerosa, surge derrepente um pensamento desesperador em sua mente: “mas de novo chegará o fim de semana”, mas logo, logo se acalma, lembrando que ele e o seu trabalho têm pelos menos cinco dias e até algumas noites pela frente até lá.
Nosso texto acima pode parecer uma piada ou uma construção fantasiosa de quem não tem o que escrever, mas infelizmente não é bem assim. Existem pessoas que lidam tremendamente bem com o dinamismo da vida profissional, mas não resistem à vitalidade da vida familiar onde o cônjuge, filhos, papagaio e cachorro são partes interativas de um mesmo organismo vivo chamado família.
Se você se identificou com a matéria, saiba que existe solução para esse tipo de vício. Deus pode ajudar você a se libertar dessa forma doentia de lidar com a vida, com sua família e com seu trabalho. Se você é empresário ou líder em sua empresa, faça seu papel, proteja seu negócio desse tipo de funcionário, ele não está vestido a camisa da empresa, ele está usando ela como pele e isso é extremamente perigoso para todo mundo.
Em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira
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