O dia do pastor. Preciso confessar que não me lembrei do dia do pastor, até porque, estive mais envolvido com o romantismo que cerca o dia dos namorados – não estou falando do “tal romantismo remoto, vide matéria anterior do nosso blog.
Como eu, nossa igreja também não se deu conta dessa data, e do jeito deles tentaram se desculpar comigo, mas foi notório que o rebanho não atentou muito para esse dia e sua necessidade de comemoração.
Mas quero adiantar “aos pastores caçadores de erros das ovelhas” que isso não causou em mim nenhum sentimento de desprezo ou de rejeição, muito pelo contrário, no fundo, sei que eles só se permitiram esquecer a data, porque a nossa igreja tem convicção que eu creio no amor deles por mim, não sendo necessário eles terem a preocupação de provar isso em todas as datas comemorativas.Não lembrar de uma data não significar não amar a pessoa envolvida.
Mas também preciso reconhecer que nem sempre foi assim. Se esse fato tivesse ocorrido há algum tempo, talvez isso fosse motivo para certo desconforto de minha parte, mas hoje, minha visão está mais centrada neles do que em mim mesmo, o que me leva a ficar mais atento para não falhar com eles, do que preocupado em verificar se eles estão errando e onde estão falhando com a minha pessoa na figura de pastor.
Para o leitor, que não seja alguém do ministério, o comentário feito no parágrafo acima talvez pareça algo estranho, mas isso realmente acontece dentro de algumas igrejas onde alguns pastores vivem seus ministérios caçando as falhas do rebanho em relação a eles, dando tanto valor a tudo que encontram que acabam se sentindo desprezados pela comunidade, o que levam muitos a desenvolverem doenças físicas e espirituais, gerando em contrapartida, a mesma reação no corpo de Cristo.
Com o passar do tempo, apesar do trabalho que dou ao Espírito para me fazer pastor, estou aprendendo com o Senhor a ser pai do rebanho. Tenho entendido que não tem outro jeito, só como pai eu posso amar minhas ovelhas da forma que funciona, já que são muitas pessoas, errando ao mesmo tempo com apenas uma. Se essa relação não for colocada no patamar paterno, dificilmente funcionará, tendo como conseqüências pastores estressadas e ovelhas feridas e machucadas.
Dessa forma tenho olhado para as falhas deles, como olho para as pirraças do Miguel (meu filho de um ano seis meses) e os erros do Caio (meu filho de vinte e três anos), sempre cobrindo eles com meu amor de pai, o que me permite disciplinar para o bem deles e não para satisfazer minha condição de injustiçado por eles. Deu para perceber a diferença? Até porque, foi assim que o Pai dos Céus fez conosco, ele quando olha para nossas falhas, enxerga antes delas o amor manifesto por Cristo na cruz do calvário. Se Deus não fosse pai, Ele não conseguiria nos amar. O mesmo acontece conosco, se não agirmos em nosso ministério como pai do rebanho, não conseguiremos cumprir o propósito de Deus em nossa vida e na vida deles.
Quanto à comemoração e o presente do pastor. Lembre-se, Deus nunca se esquece de nós, e foi exatamente o que aconteceu ontem à noite, Ele não se esqueceu de mim, me mandando o melhor presente que um pastor pode receber no seu dia, encheu a igreja do nada de muitos adolescentes que precisam de Jesus e de um pastor para amá-los.
Obrigado Senhor pelo meu presente do dia do pastor, não poderia ter sido melhor.
Parabéns a todos os pastores que já aprenderam a ser pai, quanto aos outros, sugiro que comecem o caminho de ser pai do rebanho, pela sua vida, pelo seu ministério e pelo rebanho que lhe foi confiado, o mesmo que Deus lhe pedirá conta um dia.
Em cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira
que texto maravilhoso, como é lindo aprender com o Espírito Santo...
ResponderExcluirconfesso meu pastor que fiquei lembrando as ovelhas que dia 12 não era somente o dia dos namorados mas também o do pastor...srsrs
sinto vergonha por isso, mas ao mesmo tempo louvo a Deus por sua vida, pois hoje entendi mais um pouco da minha missão aqui na terra!! Feliz dias dos pastor consciente do seu chamado!!