Nesta madrugada acordei por volta das 04h00min e fui até o quarto do bebê para verificar se estava tudo bem, coisas de pai e não só de mãe.
Graças a Deus Miguel dormia de forma tranqüila e do jeito que mais lhe agrada, todo esparramado em seu berço, de barriga para cima, com a perna esquerda colocada em cima do protetor de lado e os dois braços jogados para trás.
Ao retornar para cama descobri que havia perdido o sono , talvez o tivesse deixado cair em algum canto entre o quarto do bebê e o meu.
Como sou uma daquelas pessoas peritas em recuperar sono perdido, já bolei para isso várias artimanhas , lancei mão de algumas estratégias que sempre funcionam bem nessas situações, colocando-as em prática, mas desta vez infelizmente, meu arsenal foi inútil para encontrar minha capacidade de voltar a dormir, já que a vontade de dormir, diferente da capacidade, continuava presente e latente.
Depois de vinte minutos sem encontrar uma solução que atendesse meu corpo que clamava por um soninho, comecei a perceber que minha avaliação estava equivocada, desta vez, a culpa pela ausência do sono não era minha, mas da minha alma que estava sentindo falta de falar com Deus na madrugada. Que coisa não? Logo na parte da noite que o sono fica mais gostoso minha alma anseia em ter um particular com Deus.Pode uma coisa dessa?Mas da mesma forma que o corpo precisa se alimentar, nossa alma também, só que não de alimentos sólidos, mas de praticas espirituais.
Como não dá para discutir com quem está com fome, resolvi levantar e ir para o andar de baixo de nossa casa alimentar minha alma, mas não na cozinha, como fazem aquelas pessoas que atacam a geladeira de madrugada, mas na sala, onde poderia ficar a sós com o Espírito Santo e não atrapalhar o restante da família.
O sofá da sala foi o local escolhido para essa conversa, já que sua posição estratégica permite uma visão do exterior da casa através da janela. Ao contemplar a noite que se desfazia e o dia que se construía, um verdadeiro milagre que pode ser traduzido como uma doação da noite em prol do dia e que acontece desde a criação do mundo, percebi que havia ali uma mesa posta para minha alma.
Não foi necessário esperar muito para compreender que minha alma começava a se saciar, se alimentando através da nossa conversa com o Eterno e também da meditação, resultante do processo de observação da ação diária e constante de Deus no mundo e também em nossas vidas.
Por mais que muitos não entendam, como o Arnaldo Jabor que alega que Deus está ausente, o Eterno é o Deus que intervém a todo instante na humanidade, independente de merecermos ou não, porque na sua eterna existência, Graça e Amor, Ele também anseia em acordar de madrugada para conversar conosco.
O problema desta história é que muitos, como eu, às vezes custam a entender que nossa alma precisa desse encontro e não é só no domingo á noite na hora do culto , é de uma maneira mais constante e íntima, como aconteceu com minha alma nessa "bendita madrugada".A visão crítica de Jabor na pretensa ausência de Deus em Realegno é corrente nas pessoas que deixaram de ter suas madrugadas com Deus e hoje tentam saciar sua alma com produtos genéricos. Com a doença física o genérico até funciona, mas com a dor da alma provocada pela ausência de Deus na vida da pessoa, ele (o genérico) não tem nehuma chance.
Por favor, não enxergue neste texto nenhum atitude legalista com relação à madrugada, apenas olhe para ela como o monte freqüentado por Jesus, um lugar para ficar a sós com Deus, porque neste particular, Ele pode saciar sua alma da fome que mata muito mais do que o assassino de Realengo.
Amados do Senhor e queridos visitantes, Deus está vivo e desejoso de se relacionar conosco. Não o mantenha fora de sua vida, Ele na pessoa de Jesus já fez o sacrifício necessário para que essa relação funcione e você tenha sua alma satisfeita e em paz.
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Em Cristo
Pr.Paulo Cesar Nogueira
Pastor Paulo.tenho lido seguidamente seus textos. Suas reflexões me alcançam pela atualidade dos temas e apelo pastoral que oferecem. Um abraço. Bispo Josué
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