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quinta-feira, 7 de julho de 2011

ESPAÇO REFLEXÃO - Precisamos de um nova geração de Clives.

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Há alguns dias venho meditando sobre  nossa cosmovisão (estabelecida pela ótica do Evangelho) e nos instrumentos utilizados na sua divulgação junto à nossa sociedade. Neste artigo, compartilho minhas reflexões na esperança de que elas possam de alguma maneira contribuir na edificação do Reino de Deus, já que o Senhor, colocou esse “Grande Projeto Básico” em nossas mãos, para que o projeto detalhado possa ser desenvolvido e implantado pela Igreja de Cristo.

A nossa parte neste grande empreendimento já está definida pelo "Dono do Negócio", por isso, precisamos entender de forma clara que o detalhamento do projeto e sua implantação nos competem, evidentemente mediante graça e a misericórdia do Senhor. Isso significa:

Planejamento, união e investimento.

Dentro desse cenário de “canteiro de obra”, entre muitas atividades que temos em nosso cronograma de trabalho, estamos abordando neste artigo a questão da apologia cristã, bem como algumas de suas importantes e específicas características .

Despindo-me de qualquer tipo de arrogância, até por que estou dirigindo-me aos meus irmãos, desejo compartilhar meu entendimento dessa questão, do qual concluí que estamos fazendo algumas confusões, ou pelo menos, não estamos sabendo organizá-la de forma adequada, principalmente quando se trata de nossa comunicação com a sociedade secular. Dentro desse processo introspectivo de avaliação dessa questão, um nome veio à minha mente com muita freqüência, o do irmão Clive, por isso, falarei um pouco sobre ele, já que sua vida reflete o contexto que está sendo abordado neste artigo.

Apesar da enorme produção literária do irmão Clive ter alcançado auge no século passado, mais especificamente na época chamada de modernismo (o conjunto de movimentos culturais, escolas e estilos que permearam as artes e o design da primeira metade do século XX), sinto falta em nossos dias de apologistas com as caracteristicas dele. Para ser honesto com sua biografia, preciso acrescentar que sua literária e apologia continuam ainda na pós-modernidade falando muito alto, sendo uma grande voz cristã no meio de nossa sociedade, inclusive na secular.

Clive conseguiu algo muito especia nesse campo, ele falou à duas cosmovisões(cristã e secular) ao mesmo tempo, com muita clareza e eficiência, se tornando um excelente comunicador das verdades eternas.Nem todos que leram sua literatura se converteram ao cristianismo , mas a maioria teve pelo menos seu valores de vida transformados, se aproximando muito mais da ótica de vida cristã.

Quando expresso minha conclusão sobre a falta de aplogistas como o irmão Clive, não estou de maneira nenhuma criticando os muitos que temos nas várias denominações, muito pelo contrário, reconheço o valor de cada um deles, intercedendo e dando graças a Deus por cada um que o Altíssimo têm levantado em conhecimento de sua Palavra nas nossas igrejas.Mas... independente desta bendita realidade, é necessário reconhecermos que existe uma outra cosmovisão muito diferente da nossa e que temos tido dificudades em nos comunicar com ela, o que diferente de nós, soube fazer com muita excelência o nosso irmão Clive ou Jack, como costumava ser chamado pelos seus familiares aos três anos de idade, quando resolveu ser rotulado por outro nome.

Se nesse momento entrarmos numa livraria evangélica ou ligarmos o rádio, a televisão ou mesmo entrarmos na internet, vamos nos deparar com um número enorme de livros, programas,matérias e endereços onde estão falando de Jesus, do Evangelho, da Igreja, denominações, teologia e até mesmo sobre um curso para se tornar apóstolo por R$ 1950,00.

Cada participante da blogosfera cristã tem se tornado um apologista da fé independente do grau do seu conhecimento,mas se observamos todas essas fontes com cuidado, verificaremos que a maioria delas está falando do Reino para pessoas que já tem uma cosmovisão cristã.Com isso, não estou dizendo que esses meios de comunicação estejam errados, até porque, estão fazendo seu repectivo papel, que é manifestar a pregação da fé e o fortalecimento da Igreja.

Mas e aqueles que estão dentro da cosmovisão secular, que estão bloqueados para a pregação da fé e que criaram uma visão distorcida dos nossos valores... como serão pelo menos comunicados de forma clara de nossas ideias de vida, família, certo e errado, Pl-122, aborto e outros, num formato que seja inteligível para eles?É nessa hora que sinto falta de homens como o irmão Clive, ele conseguiu penetrar nessa cosmovisão através da sua produção literatura, se comunicando com ela e demonstrando que nossos valores, ideias e pensamentos não são irracionais e nem radicais, pelo contrário, apesar de antigos, permanecem atuais por se tratar de verdades absolutas e lícitas para todos, independente da religião de cada um.

Amados, nossas igrejas têm desenvolvido bons apologistas, mas precisamos identificar pessoas para ser um tipo de apoligista diferente, como foi o nosso irmão Clive ou, como ele é mais conheciodo: C. S. Lewis.No século passado Clive foi gerado sem nenhum planejamento, mas em nossos dias temos condições, nas diversas denominaçãoes, de investi de forma organizada para que homens específicos sejam aperfeiçoados na forma de comunicar nossas verdades a sociedade secular.

A pregação da fé tem sido feita de maneira habilidosa e temos tido bons resultados, mas existem outras pessoas( e são muitos) que precisam pelo menos repensar a forma de encarar a vida para que não sejam obstáculos, somados aos muitos que já temos, para a contrução do Reino de Deus, dentro desse canteiro de obra que nos foi proposto por Cristo.

Em resumo, as coisas não vão acontecer num passe de mágica, as denominações precisam, se assim entenderem, olhar para essa questão com muito carinho e tomarem a decisão de investi nesse tipo de pérfil de aplogista.As ideias contrárias as verdades do Evangelho não serão tão férteis, se o "campo" tiver sido trabalhado por homens como o irmão Clive.

Encerro, reforçando que no "campo" existem aqueles que a pregação da fé irá alcançar e outros que não, por vários motivos(cada denominção tem sua visão). Os não alcançados podem pelo menos serem trabalhados( com essa geração de apologistas) de outra forma, entendendo racionalmente que nossos valores são melhores do que o desse mundo.

Em Cristo
Pr.Paulo Cesar Nogueira
Ministério Religare
Minreligare.blogspot.com
Facebook Paulo E Flávia Nogueira

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