Preparando material para a escola de teologia onde vamos trabalhar nesta noite, dentro do módulo de história da igreja, o período dos três primeiros séculos, deparei- me com a relação das mortes dos apóstolos e suas respectivas formas (segundo a tradição da igreja).
Mateus: Morto à espada na Etiópia.
Marcos: Em Alexandria, Egito, amarrado a um animal e arrastado até a morte.Lucas: Enforcado na Grécia, numa árvore.
João:Lançado num tacho de óleo fervente, sobreviveu. Foi exilado em Pátimosmorrendo no ano 100 d.C. de causas naturais em Éfeso.1.5
Tiago:Irmão de João – Decapitado em Jerusalém, pôr Herodes.1.6Tiago o Menor:Lançado do pináculo do templo em Jerusalém. Acabaram de matá-lo a cacetadas.
Filipe:Enforcado na Frígia, na cidade de Hierápoles.
Bartolomeu: Esfolado pelo chefe de uma tribo bárbara (armênios).
Tomé: Amarrado a uma cruz. Lá ficou testemunhando do evangelho até morrer.
André:Traspassado pôr uma lança.
Judas:Morto a flechadas.
Simão o Zelote
Matias: Apedrejado e decapitado.
Pedro: Crucificado numa cruz em forma de X, de cabeça para baixo.
Paulo:Depois de passar dois anos em Roma, preso, foi libertado e depois preso e decapitado.
Prestando atenção em alguns detalhes e refletindo sobre suas vidas, fica evidente que o martírio de cada um nos ilumina sobre as verdades do Evangelho, deixando claro que no verdadeiro cristianismo não existem “coisas doidas” como algumas que são divulgadas em muitos lugares em nossos dias do tipo: teologia da prosperidade, confissão positiva, bibelô de Cristo (indivíduo bonito ou delicado e intocável), dono da unção especial e outros.
No verdadeiro cristianismo a vida não é tão fácil como tem sido “vendida por alguns “homens de Deus”, nem tão poderosa (pelo menos como se apregoa), além do fato que a maioria das coisas não acontecem no tempo que desejamos. Em Cristo conseguimos viver porque Nele existe o ambiente da graça salvadora que nos permite respirar embaixo da água, onde parece que passamos a maior parte do tempo, justamente nos momentos em que o poder de Deus não está em realizar o milagre que desejamos, mas em nos sustentar ao nos depararmos com tantas coisas contrárias ao nosso querer em nosso cotidiano.
Independente dessa realidade, cresce (isso não podemos negar) a cada dia o número de pessoas que preferem viver a ilusão, literalmente, vendida nesse tipo de igreja. Essas pessoas, no entanto, não querem nem ouvir falar sobre a possibilidade do cristianismo não ter nada haver com a realidade em que elas se encontram, pelo contrário, defendem com “unhas e dentes” a forma que elas escolheram viver com Deus, sem ter nenhuma preocupação em saber se Deus vai viver com elas dessa maneira.
A confiança delas não está na “obra de Cristo”, mas nas fábulas produzidas por mentes que abandonaram a bíblia e sua fiel interpretação, dando espaço ao imaginário humano, que produz mirabolantes associações para satisfazer a satisfação das pessoas que enchem esse tipo de igreja. O que elas sentem, mexendo com suas emoções, tem muito mais valor do que o confronto que a verdadeira Palavra de Deus trás ao nosso caráter.
Voltando a história do Evangelho, lugar que deveria ser mais visitado pelos propagadores e leiloeiros de unção, nos lembramos do ano 380 d.C., quando o Édito de Tessalónica foi assinado, considerado como religião oficial do Império o cristianismo. A partir desse momento vivemos uma situação até então desconhecida, a igreja passou a ter dois tipos de elementos no seu “rol de membros”, os regenerados e os não regenerados, tendo em vista o grande número de pessoas que fluiram para o Evangelho por interesses diversos, diferente do arrependimento.
Encerro essa matéria, dizendo aos leitores que hoje nós estamos vivendo um inchaço muito semelhante a este produzido com o edito de Tessalônica.Como dizem os historiadores, “mais uma vez a história se repete."
Em Cristo
Pr.Paulo Cesar Nogueira.
Ministério ReligareMinreligare.blogspot.com
pauloflecha1000@hotmail.com
Facebook Paulo E Flávia Nogueira
"Inchaço". Esse termo bem descreve a situação hoje.
ResponderExcluirPr Fernando Marin
Fernando, voltamos ao ponto do seu comentário anterior, mas o que fazer?
ResponderExcluirComo resposta volto também para seu comentário anterior, quem sabe um grupo com boas intenções não pode produzir algo para ajudar?
Pr.Paulo Cesar
Ministério Religare