Levar a sério (o que deve ser sempre) o compromisso de elaborar uma palestra para casais, apesar da amplitude do assunto, passa na maioria das vezes por iniciar nossa fala destacando a capacidade de Deus e do homem de se relacionar entre si e com as outras pessoas. Além disto, o pecado original (por uma questão de lógica com o primeiro item) é outro assunto que não deve ser deixado para o final da fila.
Firmar uma relação com alguém, em nosso caso casais, não é algo tão difícil porque a maioria dos homens e mulheres herdou de Deus (criados a imagem e semelhança de Deus) essa capacidade (ou desejo) de estabelecer um relacionamento, mas o problema que reside em todos sem nenhuma exceção, é fazê-lo funcionar de forma que atenda ambas as partes até o final da vida.
Antes que todas as coisas existissem, Deus na sua forma “Una Composta” (a trindade) já exercia sua excelência relacional, o Pai, o Filho e o Espírito santo numa cabal harmonia, por isso Deus também é professor por excelência quando a questão é se relacionar. Apesar de toda essa perfeição, a qual nem me atrevo a pedir a você que tente imaginar como é, decidiu o Senhor estabelecer a criação de todas as coisas na qual o homem foi contemplado como coroa.
Feitos a imagem e semelhança de Deus nossos pais (Adão e Eva) herdaram dEle essa qualidade( comunicável) divina que adicionava ao paraíso, um (x) a mais na vida deste casal. O relacionamento desses dois, nesse período, devia fazer jus a uma frase que muitos casais proferem, mas que na maioria das vezes, são palavras vazias que saem da boca para fora: “Nosso amor é um pedacinho do céu”. Nossos pais literalmente conheceram e viveram essa declaração antes do pecado invadir sua natureza.
Mas como já sabemos através do início de Gênesis, o pecado chegou e com ele, essa capacidade de se relacionar dessa forma divina na vida da humanidade foi distorcida. Ai começou os problemas de todos os casais e também de Adão e Eva.
Muitos casais nos dias de hoje, não conseguem entender porque os relacionamentos apresentam tantas confusões. São esposas decepcionadas de um lado, maridos insatisfeitos de outro, filhos que se transformam literalmente em casulos vivos, ou quase vivos, em resumo, a família em si anda na corda bamba.
A prolongação deste meio viciado por muito tempo dentro do relacionamento, sem que ocorra uma conscientização de onde reside o problema, pode trazer conseqüências trágicas para a vida de todos os envolvidos.
Na busca de uma resposta, aqueles que verdadeiramente desejam salvar a situação em que está seu casamento, tentam ajuda em vários lugares: consultórios de terapeutas, seções espíritas, cartomantes, sexo shop e nas mais profundas e negras fontes de aparente resposta. Infelizmente ou felizmente, nenhuma destas fontes poderá resolver de forma satisfatória essa situação.
A solução deste tipo de problema passa por um diagnóstico que só pode ser obtido com a entrada do Evangelho de Cristo na vida dos envolvidos, que trará a consciência de que nós somos imperfeitos na forma de se relacionar e precisamos aprender com o Evangelho como fazer isso, independente de minha experiência de vida ou de idade. Todas as filosofias modernas e pós-modernas conduzem o ser humano a acreditar que ele é naturalmente bom, e que o mal não faz parte de sua natureza, mas sim de certos momentos e em indivíduos específicos. Só o Evangelho fala ao ser humano a verdade sobre sua natureza que ele resiste em aceitar. Ser destronado da sua arrogância e ao mesmo tempo ignorância é um processo doloroso para o homem pós-moderno, dai nasce o forte repúdio que nossa sociedade tem por esse livro maravilhoso chamado Bíblia.
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