O bom pastor também era homem.
(João 10.11 parte a).
O Evangelho chama Jesus de “O bom
pastor”. A linguagem figurada é óbvia no texto, mas neste título
especificamente existe também outra explicação para esta atribuição: “No
pastoreio exercido por Ele, sua humanidade perfeita, ou seja, o Jesus homem
(trabalhado pela parcela divina existente Nele) teve papel fundamental na forma
com que seu rebanho foi e é apascentado”.
De igual forma o texto bíblico nos
convida a sermos bons pastores, seja: da igreja, da família, do casamento, dos
filhos, de tudo e de todos que estão à nossa volta. Mas independente desta
orientação clara destinada a cada um de nós que aceitamos a salvação existente
em Cristo, atuamos muito pouco dentro dos parâmetros que foram utilizados pelo
“bom pastor”, beirando, no nosso caso, muitas vezes a porta da
irresponsabilidade, e pior, sendo insensatos com aquelas pessoas que apregoamos
a quatro cantos amar até o último respiro.
Argumentar
Para justificar nosso pequeno
desempenho como “um bom pastor (não O Pastor, mas um bom pastor)”, alegamos
sempre como justificativa o fato de Jesus
ser Deus, o que facilita sua atuação exemplar de Pastor, mas isso não é
literalmente uma verdade, já que o mesmo Jesus, que é “O bom Pastor” nos
concedeu o Espírito Santo, para que auxiliados por Ele, sejamos bons pastores
daquilo que foi colocado sobre nossa responsabilidade.
No caso específico de Jesus toda
humanidade caiu sobre sua responsabilidade,
mas independente disso, não observamos lamento de sua parte pela falta de tempo
para outras ocupações, já que nem mesmo sua família foi obstáculo para que seu
chamado de “bom pastor” fosse exercido. Quando confrontado a interromper o
pastoreio que fazia por conta de sua mãe e irmãos que estavam à porta, sua
resposta foi que o seu Corpo (a igreja que estava sendo fundada) estava em
primeiro lugar, já que ela era a sua missão.
Este é um dos pontos mais difíceis
para a igreja pós-moderna se transformar na igreja verdadeira, ela está confusa no que se refere à sua missão.
Para muitos a missão se tornou algo extremamente subjetivo, podendo mudar a
qualquer momento e sendo qualquer coisa, desde que esteja de acordo com aquilo
que desejamos e consideramos certo.
Isso definitivamente não é se
comportar como um bom pastor. No Getsêmani a reflexão de Cristo sobre passar o
cálice não impediu sua missão de ser “O bom Pastor”, ele foi fiel a ela
morrendo na Cruz para salvar seu grande rebanho. Sua mãe, irmãos, discípulos e
amigos não tiveram vez diante deste grande compromisso.
Outra característica deste grande
pastor era não furtar sua presença da Igreja. Lendo os Evangelhos com atenção
iremos observar que a todo tempo Jesus estava com ela, com sua amada, sua amiga
que ainda embrionária era gerada a cada minuto. Os seus momentos distantes
dela, eram sempre dedicados a interceder por ela, seja nos montes ou onde Ele
tenha buscado refúgio para afinar sua comunhão com o Pai.
Como homem que tem o Espírito de
Deus, como anda seu chamado para ser um bom pastor?
Pr. Paulo Cesar Nogueira
Facebook: Paulo Cesar Nogueira
estrutura.religare@hotmail.com
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