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Proveta premiada
Fertilização in vitro humana garante Nobel de Medicina de 2010 para seu criador, 32 anos depois do nascimento do primeiro bebê ‘de proveta’ do mundo. O prêmio é o primeiro da sequência que será anunciada pela fundação ao longo da semana.
Fertilização ‘in vitro’ de um óvulo: uma agulha injeta um espermatozoide diretamente no óvulo humano, ao centro. À esquerda, a pipeta é usada para segurar o óvulo durante o processo (foto: CC Studio/ Science Photo Library/ IBL Bildbyrå).
A técnica utilizada para tratar a infertilidade humana, que acomete mais de 10% da população mundial, garantiu o prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina para seu criador, o fisiologista inglês Robert Geoffrey Edwards, aos 85 anos.
Como outros já haviam obtido sucesso em coelhos, fisiologista investigou se métodos poderiam se aplicar a humanos
Ele foi o principal responsável pela criação da fertilização in vitro humana, método pelo qual os óvulos podem ser fecundados fora do útero para depois serem reimplantados e levarem a uma gravidez normal. As crianças nascidas por este método são popularmente conhecidas com ‘bebês de proveta’.
Desde os anos 1950, Edwards pesquisava a biologia da fecundação. Como outros cientistas já haviam obtido sucesso com fertilização in vitro em coelhos, o fisiologista investigou se esses métodos poderiam se aplicar a humanos.
O trabalho de Edwards com vários colaboradores esclareceu como os óvulos humanos amadurecem, o momento certo de fertilizá-los, os hormônios que regulam o processo e como o esperma é ativado.
O professor Robert Edwards, vencedor do Nobel de Medicina de 2010, com as três gerações Brown: Lesley, a primeira mãe de um bebê fecundado ‘in vitro’, Louise, comemorando seus 30 anos, e seu filho Cameron (foto: Bourn Hall Clinic).
Laparoscopia para chegar ao óvulo
Em 1969, Edwards conseguiu a primeira fertilização in vitro de um óvulo humano. No entanto, o zigoto produzido só se dividia uma vez, formando duas células. Para conseguir um embrião viável, o fisiologista teorizou ser necessário um óvulo que houvesse amadurecido no ovário, mas as técnicas usadas então não permitiam a extração direta de óvulos do corpo humano.
A pequena Louise Joy Brown, primeiro bebê ‘de proveta’ do mundo, no colo da mãe, Lesley, em outubro de 1978 (foto: Brian Bould / Daily Mail / Rex Features /IBL Bildbyrå).
Foi então que Edwards ficou sabendo do trabalho do médico inglês Patrick Christopher Steptoe (1913-1988), pioneiro da laparoscopia, técnica que permite visualizar o sistema reprodutivo feminino por meio de um endoscópio de fibra óptica. Edwards percebeu o potencial do método para extrair óvulos e os dois começaram uma colaboração.
Extraídos por laparoscopia através de uma incisão na região do umbigo e fecundados com espermatozóides na placa de Petri (e não em uma proveta, como o nome popular sugere), os óvulos se dividiram em oito e 16 células, comprovando o sucesso da técnica.
A partir daí, os dois pesquisadores passaram a reimplantar os óvulos fertilizados nas pacientes. Foram muitos anos de tentativas até que, em 25 de julho de 1978, nasceu a inglesa Louise Joy Brown, o primeiro bebê ‘de proveta’ do mundo.
No Brasil, o primeiro nascimento resultante de fertilização in vitro ocorreu em 7 de outubro de 1984, em São José dos Pinhais (PR). Anna Paula Caldeira, o bebê ‘de proveta’ nacional, nasceu graças à fertilização in vitro realizada pelo médico Milton Nakamura (1933-1997), pioneiro da técnica no país.
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