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Quem é o Henrique?
Neste artigo que escrevo com muito carinho para o nosso blog, compartilho com os leitores um fato antigo, que tive acesso há alguns anos e que me deixou, como também a maioria das pessoas que conheceram à história, completamente perplexo, com o desfecho que alguém pode dá a sua vida, quando se permite ser enganado por uma cosmovisão puramente humana.
Junto com os detalhes da história, que já não são tão ricos e fidedignos devido ao tempo do acontecimento, que já vai longe, exponho também meu ponto de vista sobre o fato, exercendo a humildade de saber que minhas observações não esgotam as explicações possíveis para a mudança ocorrida na vida do personagem da nossa história, que chamaremos de Henrique, pelo contrário, apenas abre um caminho para que cada um de nós possa pensar melhor na sua vida e no destino que damos a ela através das nossas conclusões e decisões.
Minha iniciativa de compartilhar esta história tem como base a esperança de que meus leitores possam ser enriquecidos nas suas futuras decisões e também, na sua forma de perceber a vida como um todo (material e espiritual), o que significa na prática ir além das próprias experiências existenciais, que muitas vezes se transformam num buraco negro devido às escolhas que fazemos, principalmente quando atentamos para o fato que a vida é muito curta e frágil. Sim, ela é curta e muito frágil e nós já sabemos bem disso, mas quando olhamos para ela considerando apenas a ótica humana, desprezando a parte metafísica do nosso existir, o peso desta constatação se torna insuportável
Bem a história ou estória é mais ou menos assim: Um dia como outro qualquer, certo homem de nome Henrique ao acordar levantou-se de sua cama e foi direto sentar na cadeira “do papai”, que ficava no canto do quarto do casal, para tirar o segundo tempo do seu sono, como fazia todos os domingos pela manhã.
Ao se acomodar na sua cadeira foi arrebatado por um grande assombro ao perceber que já haviam decorrido 45 anos da sua vida, o que naquela manhã especificamente, soou para ele como uma grande tragédia grega. Henrique nunca havia parado para pensar sobre este aspecto da vida, até porque, sempre foi alguém voltado para as coisas naturais, nunca refletindo muito sobre o tempo da existência humana. O assombro Foi um pensamento que surgiu do nada, já que em momento algum, Henrique identificou sua origem.
É difícil entender como e porque esta sensação de pânico surgiu naquela manhã, já que aquele dia não tinha nada de especial no calendário da vida do Henrique. Não era seu aniversário e nem muito menos uma data que poderíamos chamar de importante, mas independente disto, ela tornou-se determinante para o futuro deste jovem senhor de 45 anos, da sua família, amigos e outros próximos.
Henrique era um homem normal como a maioria dos brasileiros, trabalhador e dedicado ao casamento e a família. Os amigos sempre brincavam dizendo que ele era “Caxias” com tudo, não se dando demasiadamente a bebida e nem ficando muito tempo com os amigos, ele era um homem regrado, que dosava tudo que fazia.
Na empresa onde trabalhava Henrique era respeitado por seu zelo em cada tarefa desempenhada, não sendo nenhuma sumidade profissional, mas mesmo assim, era alguém que contribuía muito para a empresa que trabalhava.
O pânico sentido pelo Henrique naquela manhã de domingo foi tão intenso que sua mente, de maneira automática, encontrou uma aparente solução para aquela grande dor. Num piscar de olhos, ele elaborou um plano de fuga para ir de encontro à verdade irrefutável da brevidade da vida, que naquela manhã fez ele se sentir tão mal.
A solução encontrada foi a seguinte: Ele usaria os próximos cinco anos para colocar toda sua vida e de sua família em ordem, estando liberado a partir daí para viver sua vida da forma que bem entendesse. Ninguém ficou sabendo de sua decisão ou do tal assombro, muito menos sua família, que gozou de cinco anos de pura satisfação familiar, já que o Henrique viveu este tempo completamente dedicado a fazer tudo funcionar com excelência.
A primeira parte do projeto do Henrique foi cumprida à rigor. Perto de completar cinquenta anos seus dois filhos estavam formados, esposa bem empregada, casa própria, carro do ano e sua família em perfeita harmonia. No seu trabalho ele havia treinado dois funcionários para realizar de forma metódica todas as atividades que ele se envolvia, tendo nos dois a ideia de backups perfeitos.
No dia seguinte ao seu aniversário de 50 anos, normalmente comemorado pelos seus familiares, Henrique saiu de casa para trabalhar e simplesmente nunca mais voltou. Sua família ficou desesperada por vários meses, amigos e parentes fizeram campanha nos jornais, no Facebook e em outras redes sociais, mas nenhuma tentativa deu resultado, Henrique simplesmente sumiu do mapa, ou melhor, dizendo, do mundo, deste para outro, onde ele imaginou que realmente viveria de forma abundante os anos de vida que lhe restavam.
Ele havia planejado tudo nos mínimos detalhes, guardou dinheiro suficiente para viver vários anos sem fazer nada, fez aplicações financeiras utilizando “laranjas” e organizou seu desaparecimento de forma que ninguém conseguisse nenhuma pista de sua fuga, uma realidade que nunca passou como possibilidade na cabeça de ninguém, principalmente dos seus familiares. Com o passar do tempo à família aceitou a tese da investigação de que ele teria sido morto em algum assalto, o que ajudou a cada um deles a seguir em frente com suas vidas.
Henrique nunca procurou saber notícias de sua família, foi como se tivesse zerado seu passado, começando a viver aos 50 anos. Infelizmente a segunda parte do seu plano não funcionou como ele esperava, muito pelo contrário, depois de um ano ele entrou em depressão ao constatar que o que faz diferença nesta em nossa existência não é onde estamos vivendo a vida, mas como a enfrentamos. Perto de sua morte ele teve um encontro com Deus na pessoa de Jesus Cristo, viveu depois disto apenas seis meses, mas foram os melhores tempos de sua vida, já que mesmo doente, descobriu que o verdadeiro gozo da vida está em descobri que Deus cuida de nós e tem uma vida de excelência para aqueles que se arrependem de seus erros.
No dia de sua morte, ele e seu confidente ( que eu também não posso revelar o nome), combinaram que ninguém saberia quem foi verdadeiramente o Henrique, muito menos a sua família. Sua história deveria ser contada para que outras pessoas não embarcassem na canoa furado que ele pegou, mas sua verdadeira identidade ficaria guardada para sempre comigo, só eu sei quem foi o Henrique.
Bem... mais o que importa nesta história não é quem foi o Henrique e nem o seu confidente, mas que você não se torne um tipo de Henrique. Por isso, abra seu entendimento para perceber que Deus tem cuidado de você leitor e que sem ELE podemos ser enganado pela nossa cosmovisão com muita facilidade, que no final da história, sempre se apresenta como insuficiente para nossa alegria. Só Cristo ´é suficiente.
Em Cristo