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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Como uma lista pode enganar muita gente.

 Fiz a transcrição da matéria abaixo, porque ela é um  excelente "case" de como uma notícia "bombástica" (essa expressão está em voga na blogosfera) pode simplesmente não ter o conteúdo impactante e nem verdadeiro, observados no primeiro instante.Pr.Paulo C.Nogueira

Matéria extraida da revista época.com. Artigo escrito por Paulo Nogueira (é mera conscidência com meu nome), que é jornalista e está vivendo em Londres. Foi editor assistente da Veja, editor da Veja São Paulo, diretor de redação da Exame, diretor superintendente de uma unidade de negócios da Editora Abril e diretor editorial da Editora Globo

NOTEI, NO twitter, um alarido em torno da presença de Lula na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo feita anualmente pela Time. Havia um certo entusiasmo na fileira dos petistas e alguma raiva entre os que acham que depois de oito anos no poder já é tempo de o PT voltar à oposição.
O fato é que nem o entusiasmo e nem a raiva se justificam.
Listas não são mais nem menos que isso mesmo: listas. Os leitores gostam. São interessantes, geram discussões, animam conversas de bar. Os editores satisfazem alegremente a sede de listas da clientela. Só que têm que preenchê-las. Não é fácil. Sobretudo em casos como o da Time, com 100 nomes a cada ano. (O editor da revista explica num vídeo como foi feita a lista.) Você tem que promover rotatividade para que ela não se torne maçante. Chávez entrou em 2005 como uma liderança forte na América do Sul.
Nas edições seguintes, você não vai repeti-lo. Mas alguém da região tem que entrar, ou a lista ficará com ares elitistas. O presidente do … Peru? Bolívia? Uruguai?

Alguém falou no Equador?
Lula demorou para entrar nessa lista, feita há seis anos. Não havia motivos para que Chávez o precedesse. Mas ele não aumentará e nem diminuirá com sua inclusão no grupo dos 100. Lula é o que é. Um bom presidente, pragmático, inteligente. Cara boa, fácil comunicação com o povo. É, claramente, um facilitador, talvez sua maior virtude. Parece capaz de ver a floresta em vez de se demorar nas árvores, outra qualidade.
Sai do Planalto como um homem que, para usar a linguagem corporativa, cumpriu as metas sem, no entanto, ultrapassá-las. O Brasil em sua gestão ficou muito para trás da China e um pouco atrás da Índia.

Nota 7 para Lula. Dá para passar de ano sem exame, mas não vai receber chapéu de gênio.

Fernando Henrique leva um ponto a mais pela vitória histórica contra a inflação. Ah, mas ele não entrou na lista da Time, alguém poderá dizer. Sim, é verdade. Mas o fato é que essa lista começou a ser feita apenas em 1999, no final da era FHC. Se existisse há mais tempo, quando mas não fosse para ajudar a preenchê-la, FHC entraria fatalmente nela, e talvez a utilizasse depois para aumentar o cachê de suas palestras.

No mais, a Time é a mãe das revistas semanais de informação, e sua excelência é globalmente reconhecida. Mas suas escolhas de personalidades influentes às vezes são inacreditáveis. O Homem do Ano de 1939 foi Hitler. Hitler já publicara fazia tempo Mein Kempf e matara dezenas de milhares de pessoas a essa altura. Mesmo assim, foi o Homem do Ano. Três anos mais tarde, foi a vez de Stálin ser escolhido O Homem do Ano. Se você juntar as mortes provocadas por esses dois Homens do Ano chegará à casa de 60 milhões.
Lula, por tudo o que foi dito, demorou para entrar na lista dos 100 da Time. Mereceu.
Mas não é o caso de rojões dos seguidores e nem de lágrimas dos oponentes.
Em vez de comemorar ou chorar, é melhor voltar ao trabalho, porque o Brasil tem que dar duro para encurtar a distância que o separa de outros países, notadamente a China.

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