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Mas qual é a dose certa?
Encontrar uma resposta equilibrada para esta pergunta é com
certeza um grande desafio para qualquer indivíduo, principalmente para as
pessoas que têm em Cristo um relacionamento com Deus. Esse diferencial, ser
cristão, faz brotar em nós um desejo e uma busca por fazer a coisa certa (ou
pelo menos deveria) segundo a visão de Deus, levando-nos a parar sempre diante
da mesma “porta”, que neste caso, é a nossa pergunta da “vez”:
“mas qual é a
dose certa para isso ou aquilo”?
Se não
tivéssemos a relação com Deus citada acima, poderíamos fugir aparentemente
desta questão como muitas pessoas o fazem, apelando para pluralidade e
subjetividade, alegando que existe uma dose certa para cada pessoa, o que
politicamente parece até ser uma coisa muito correta, mas na realidade, é apenas
uma resposta extremamente cômoda, já que ela dispensa qualquer tipo de esforço dos
envolvidos e também, reconhecimento dos seus respectivos erros.
No ofício
pastoral essa pergunta parece fazer parte do nosso cotidiano, habitando com
muita frequência nossas reflexões, nos conduzindo sempre a intermináveis
dúvidas, onde nosso desejo de acertar está potencializado pelo nosso amor e
temor a Deus. Independente
dos muitos noticiários que acompanhamos sobre desvios de caráter de pastores,
esses maus exemplos não são a maioria da nossa classe, são pessoas equivocadas,
que não estavam preparadas para compreender sua missão ou mesmo, eram apenas
aproveitadores que viram no santo ministério uma forma de conseguir o que a
vida os negou, pelo menos no entendimento deles.
Como pastor
de rebanho de uma pequena igreja, onde tudo se torna muito presente e visível,
muitas vezes fico em dúvida sobre que dose usar com cada uma das nossas ovelhas,
já que o rebanho demonstra uma grande sazonalidade, mesmo aquelas ovelhas que
teoricamente já deveriam está maduras. O que elas não imaginam, pelo contrário
acreditam que é prazeroso para nós, é que não é fácil na época que vivemos
colocar em prática o ofício pastoral segundo o Evangelho. Dentro de uma
cosmovisão pós-moderna, é estranho e até mesmo antiquado alguém ( no caso eu e
outros pastores) ser encarregado deste tipo de função, ou seja, consolar, amar, exortar,
corrigir, advertir, aconselhar e mesmo disciplinar (no sentido Latus), quando
for necessário.
Um extra que
complica mais ainda é que nem sempre o rebanho entende nossa posição, muitas
vezes somos vistos com intransigentes porque estamos zelando pelo ministério que
nos foi delegado, que inclui em seu escopo, como já disse acima, ser alguém
chamado para gerenciar (no sentido da qualidade espiritual) os processos da vida
de suas ovelhas.Este artigo
tem como base uma ligação que recebi há algum tempo e outras experiências
minhas e de terceiros, onde um pastor amigo manifestava sua indignação pelo
telefone diante da falta de reverência do seu rebanho com seu lugar de pastor
na vida deles. Depois dele extravassar bastante, lembrei a ele que a falta de
valor negada pelo seu rebanho, com certeza será suprida por Deus em Cristo na
vida dele.
Aos nossos leitores pastores deixo a seguinte mensagem:
“não se
deixem abater pelo pouco valor que muitos rebanhos demonstram por seus pastores,
Deus tem sido testemunha de nossa luta incansável no Espírito, por encontrar em
cada caso a dose certa para cada pessoa e situação”.
Que o Senhor
nos ajude como ministros a nunca deixar o coração endurecer, já que a
recompensa do nosso pastorado (eu digo daqueles que se colocam como manda as
escrituras e não os semideuses extremamente valorizados por suas ovelhas) será
dizer para nosso Senhor:
“ Cristo, na força do Espírito e na tua graça,
buscamos fazer tudo segundo a tua vontade”.
Em Cristo
Pr.Paulo Cesar Nogueira
Ministério Religare
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Minreligare.blogspot.com
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